Capítulo 31

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Quando voltamos para o apartamento dele já era madrugada, ele parecia exausto, subimos direto para o quarto, aonde tomamos banho e fomos para a cama. Jantamos no cassino.

Poncho: ainda está chateada?

Any: não

Ele respira fundo.

Poncho: você quer mesmo saber sobre mim?

Any: sim

Poncho: sou filho unico, Virginia me abandonou quando eu era pequeno, fui criado por Charles ou melhor pelas empregadas, minha relação com Charles era a pior possivel, sempre me ridicularizando nada do que eu fazia era o suficiente pra ele, cresci vendo ele chegar bebado em casa cada dia com uma prostituta diferente, as tratando como lixo.

Any: desculpa eu não....

Poncho: tive que aprender a me virar sozinho quando ele despediu Graziela, ela era minha babá e foi uma mãe pra mim.

Sua voz saía carregada e cheia de magoa, me arrependi amargamente por força-lo a me dizer mais sobre ele. Alfonso carrega muita magoa dentro dele.

Any: eu sinto muito...

Poncho: sim Anahi, meu passado é uma merda agora você já sabe! 

O puxo para os meus braços e faço carinho em seus cabelos

Any: eu não deveria ter feito você relembrar isso

Poncho: eu deveria ter dito antes, só não sabia se estava fazendo a coisa certa

Ele olha em meus olhos.

Poncho: me desculpe

Any: não tem oque se desculpar

Volto a acariciar seus cabelos, ele estava tão exausto que pouco tempo depois já estava dormindo pesado, já eu fiquei rolando na cama. Como não consegui dormir levantei e desci pra sala.

Passo os dedos pela mobília, me deparo com um porta retrato. Nele havia um menino que aparentava ter entre 6 ou 7 anos, deduzi ser Alfonso, esboçando um sorriso banguela. E segurava seu dente de leite.

Um sorriso doce e inocente, um olhar solitario, uma criança carente de amor e de afeto, senti um aperto no coração ao imaginar tudo oque ele passou. Coloco o porta retrato no lugar e continuo a caminhar pela sala, perco a noção de quanto tempo fiquei ali.

Quando fui me deitar se passavam das 3 da manhã, ele me acolheu nos braços dele e eu apaguei. Na manhã seguinte acordei ao sentir beijos pelo meu corpo.

Poncho: bom dia

Any: hum...bom dia

Ele estava com um lindo sorriso no rosto.

Poncho: trouxe seu café da manhã sua dorminhoca

Me sento na cama.

Any: que horas são

Poncho: 10:30

Any: dormi demais

Ele coloca a bandeja no meu colo.

Poncho: dormiu bem?

Any: sim

Ele pega uma rosa e me entrega

Any: obrigada

Durante o café conversamos banalidades, após o café saímos Poncho me levou para conhecer a cidade, fomos ao um parque que havia ali, fomos ao circo, há uma loja de penhores, fizemos compras, nos divertimos muito.

Any: nossa quase enfartei quando fomos na montanha russa

Poncho: para de ser medrosa, nem é tão alta

Any: não!! imagina quase nem dá pra vez toda Vegas de lá de cima

Ele me abraça por trás

Poncho: eu te protejo

Any: nossa agora sim posso ficar tranquila- ironica

Nunca me diverti tanto.

Na manhã seguinte voltamos para o Mexico.

Any: vou sentir falta de Vegas

Poncho: iremos mais vezes 

Any: olha que vou cobrar hein

Finalmente chegamos na casa dele, quando cruzávamos a sala, tivemos uma surpresa.

Bruce: olá querido sobrinho!!

Sobrinho???

Poncho tenciona o corpo, quando olho na mesma direção que ele, não consigo sentir minhas pernas. Era ele, o homem da boate, jamais me esqueceria de sua afeição, sinto um arrepio percorrer pela minha espinha, esse homem me causou medo deis da primeira vez que eu o vi na boate.

Poncho: oque você está fazendo aqui?

Bruce: que mundo pequeno

Seu olhar cai sobre mim

Poncho me puxa pra trás dele.

Bruce: essa fruta não caiu muito longe da arvore...então a mulher que mexeu com você é uma dançarina de cabaré!! olha você tem um otimo gosto!!

Poncho: vai embora

Bruce: por acaso ela sabe quem é você de verdade?

A voz daquele homem estava me deixando amedrontada, sinto um aperto no coração.

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