Capitulo 57

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Se passou 1 semana desde a leitura do testamento, fui até o hospital aonde fiz exames e o ultrasson. Estou grávida de 1 mês e meio, antes de partir ele me deixou esse presente.

Linda: chorando de novo?

Any: não consigo evitar

Linda: por mais que seja difícil você precisa ficar bem, porque esse bebezinho aqui

Ela passa a mão na minha barriga.

Linda: sente tudo oque você sente.

Any: um filho do Poncho

Linda enxuga minhas lágrimas.

Linda: vamos terminar de fazer essas malas?

Any: já tinha até me esquecido

Como Poncho não embarcou para Portugal eu terei que ir, Conrado não pode pois está cuidando do Bruce, e como sou a herdeira eles me querem lá  para assinar um contrato.

O sócio, o tal do Senhor Parker quer minha presença.

Antes de embarcar mandei chamar Bruce, os documentos do chalé quero dar há ele pessoalmente.

Bruce: estranhei quando me disseram que queria falar comigo, logo você

Respiro fundo e Engulo seco criando coragem de encará-lo.

Any: pois é, a documentação do chalé está aqui, queria te entregar antes que eu fosse viajar.

Estendo o envelope pardo para ele

Any: aceita beber alguma coisa?

Bruce: um uisque, não vou dizer para me acompanhar afinal está gravida

Seu olhar me causa repulsa, enquanto preparo sua dose de uisque ele analisa os papéis do chalé. Após preparar a dose entrego a ele.

Any: vou te acompanhar com uma água

Dou um gole generoso na água e assisto cada movimento dele, após terminar de analisar os papéis ele vida a dose de uisque de uma vez na boca.

Bruce: esse é dos bons

Any: concordo com você, esse uisque é especial!!

Coloco meu copo na mesa e o encara comprimindo os lábios, vejo o exato momento em que ele debruça sobre a mesa.

Bruce: oque você fez?

Any: nada apenas te dei uma dose especial de uisque

Ele se levanta cambaleando.

Bruce: sua louca

Any: louca porque? Eu não fiz nada

O vejo tentar se apoiar sobre a mesa.

Bruce: me...ajude...

Ele cai no chão e começa a agonizar.

Bruce: So...corro

Me aproximo dele.

Bruce: por...favor..

Any: eu disse que iria pagar pela morte do Poncho

Bruce: oque...você...fez

Any: nada, apenas algumas doses de metanol

Tiro o pequeno frasco do sutiã e o coloco sobre a mesa. Com o salto 15 piso no peito de Bruce, que agonizava.

Any: isso ainda é pouco perto do que você merece

Olho no fundo de seus olhos.

Any: você vai arder no fogo do inferno.

Com muita dificuldade ele deu o último Suspiro ali, na minha frente, diante de mim. Chamo Conrado que estava na casa, ao entrar no escritório ele se assusta com a cena.

Conrado: oque você fez?

Any: eu disse que ele iria pagar pela morte do Poncho, eu queria a cabeça dele então eu mesma consegui.

Respiro fundo e meus olhos se enchem de lagrimas.

Any: essa foi pelo Poncho...e por todo o mal que esse infeliz causou na vida dele

Conrado me dá um abraço confortante.

Any: eu quero que você dê um fim no corpo, e que ele jamais seja encontrado

Conrado: seu desejo é uma ordem

Any: se livre das provas também

Conrado: pode ficar tranquila

Por um lado estou com a sensação de dever cumprido, e por outro lado estou me sentindo mal, pois nada disso trará Poncho de volta pra mim.

A viajem para Portugal foi longa, o lugar incrivelmente lindo, ficaria mais lindo se estivesse com o meu amor, cheguei exausta e muito enjoada, tomei um banho e me deitei na cama, tenho algumas horas para o encontro com o Senhor Parker, que para o meu azar descobri que será em um baile de máscaras.

Após acordar pedi minha comida e comi na cama, fiquei lá até a hora de me arrumar. Não estou com ânimo pata ir nesse baile, só quero ficar no meu canto com a minha dor.

Mesmo sem nenhuma vontade tomei um banho, o cabeleireiro e o maquiador vieram até meu quarto. Os cabelos deixei soltos e em leves cachos, a maquiagem própria para a noite, optei por um vestido preto, longo e cheio de brilho, tudo para combinar com a droga da máscara.

Quando finalmente cheguei no tal baile o lugar estava muito cheio, quando parei na porta todos olhares se voltaram para mim, então um homem se aproxima.

Tadeu: você deve ser a Senhorita Portilla, sou Tadeu e estou ao seu dispor, o Senhor Parker já aguarda, queira me acompanhar

Tadeu é um jovem ruivo muito simpático por sinal, realmente o Senhor Parker já me aguardava.

Sr.Parker: Senhorita Portilla é bom finalmente conhecê-la

Senhor Parker é um simpático homem de meia idade, pouco mais alto que eu, cabelos brancos e olhos castanhos.

Sr. Parker: queria te receber pessoalmente e dizer que estou encantando com tanta beleza

Any: obrigada

Sr. Parker: gostaria de falar de negócios agora com você, mas meu sócio ainda não chegou

Any: não se preocupe

Força um sorriso

Sr.Parker: espero que curta a festa e assim que ele chegar iremos tratar de negócios

Any: por mim tudo bem

Ele beija o dorso da minha mão

Sr.Parker: você é minha convidada de honra.

Converso mais um Pouco com o simpático senhor Parker, e logo ele precisou se afastar pois chegou mais convidados e ele é o anfitrião.

Olho em volta me sentindo totalmente sozinha e deslocada, pego uma taça de vinho e entro pelo enorme corredor do castelo, ao fundo a música do salão ecoando, paro em uma sacada olhando para o céu estrelado as lágrimas vieram. Me recordei de Poncho, de quando nos conhecemos, dos nossos momentos, dos seus beijos.

Fecho os olhos ao me recordar de suas caricias e das vezes em que fizemos amor. Abro os olhos levanto a cabeça, respiro fundo e em seguida dou um gole generoso no vinho, coloco a taça no beiral da sacada.

Apoio as maos no beiral, a música lenta vindo do salão só serviu pra me deixar pior.

Any: como queria que as coisas fosse diferentes

*****: e serão, basta você querer...

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