Meu melhor amigo | Namjin

13. Briga pelo banheiro

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Seokjin

Quarenta minutos depois, o fogo diminuiu pelo menos um pouco. Tempo suficiente para Namjoon e eu voltarmos a fazer o que sempre fizemos tão bem: Brigar para usar o chuveiro.

— Ganhei a aposta do beijo com folga — digo, tentando beliscar o braço dele, caído sobre minha barriga. — Aquele beijo foi péssimo, eu tomo banho primeiro. Um mês inteiro. Era o trato. Agora me deixa levantar.

— Sem chance. O beijo de ontem não foi péssimo. Prensei você contra a parede da cozinha e rolou total.

— Esse foi o segundo beijo — argumento, torcendo para que ele note meu tom de voz professoral. — O trato era referente ao primeiro.

— Não teve segundo beijo, foi uma continuação do primeiro. Achei que a gente tivesse concordado com isso ontem à noite. Você até me deixou escolher o canal.

— Bom, agora tive tempo de repensar as coisas e decidi que quem ganhou fui eu.

— Ah, você decidiu — ele responde, se apoiando no braço para me olhar. — Então é assim?

Finjo pensar a respeito. 

— É. Bem isso mesmo. 

Ele estreita os olhos. 

— Fiz você gozar. Duas vezes. Não pode ter dois orgasmos e ser o primeiro a tomar banho.

— Também te fiz gozar duas vezes. — Consigo levantar seu braço o suficiente para me desvencilhar. — E é justamente por causa dos orgasmos que preciso de um banho. Estou todo... grudento.

Ele ergue uma sobrancelha, depois senta, sem nenhuma vergonha de sua nudez. 

— Ah, você quer entrar na parte logística da coisa? Você gozou na minha barriga. Acho que venço no quesito "grudento".

Penso em algo para contra argumentar, mas, como não consigo, apenas saio correndo para o banheiro e dou um grito quando ouço seu "Nem fodendo!", seguido do som de seus pés no chão.

Estou quase fechando a porta quando ele a segura com a mão espalmada e entra comigo no banheiro.

— Seja gentil pelo menos uma vez na vida, Kim Namjoon. — digo aos risos.

— Seja você educado, Kim Seokjin.

Estamos sorrindo um para o outro feito dois idiotas, e não entendo por que pensei que talvez não fosse dar certo. Claro, foi meio esquisito por, tipo, meio segundo, quando ele tirou minha blusa, mas depois foi... bom. Não, foi perfeito. E, o melhor de tudo, foi divertido. Não é por isso que as pessoas fazem sexo?

Ele se aproxima de mim e dou um passo para trás, notando que não existe mais espaço entre eu e a banheira. Quando percebe que não tenho para onde ir, ele para e se inclina um pouco na minha direção, então um pouco mais, e aí... Ele enfia a mão atrás da cortina e abre a torneira.

— Espero que esteja esquentando a água para mim — digo quando ele endireita o corpo.

— Não. — Namjoon puxa a cortina. — Estou esquentando pra gente.

— Quê? Ah... ah! — exclamo quando suas mãos encontram minha cintura, me conduzindo para a banheira. Ele entra comigo, fechando a cortina.

— Espertinho — digo com a voz meio aguda, enquanto suas mãos sobem pelas laterais do meu corpo.

— Ah, é? — Ele se inclina para a frente e morde de leve minha orelha. — Pensei que todo mundo sairia ganhando assim.

Sua boca desce para meu pescoço, e meus olhos se fecham. Sempre fui louco por isso, e Namjoon descobriu rapidinho. Ele chega mais perto, e quando encosta seu quadril no meu, meus olhos se arregalam.