38 - Willy Wonka

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Luna Narrando

Camila, minha mãe biológica me disse que embora o mundo estivesse cheio de maldade eu não deveria nunca desacreditar do amor. Ela se foi a um tempinho, e depois disso eu duvidei muitas vezes da fala dela... mas eu estava errada! Até no momento mais sombrio existe o amor, com a partida da Camila, Mathias não conseguiu mais se controlar, por mais que doesse muito tudo que ele me falava e as agressões, eu entendia ele, Camila era a âncora dele aqui na terra, com sua ida, uma parte dele também se foi, uma pena ter sido a melhor parte dele. Sinto saudades dos momentos com Camila e Mathias, eles me colocaram no mundo, mas Alicia e Bruno é quem me ensinam a encarar a realidade...
Viajei um pouco me olhando no espelho, com o colar que meu pai de coração havia me dado no meu aniversário. Com minha mãe sem acordar em cima daquela cama, não tiveram comemorações, acabei descobrindo que curiosamente faço aniversário no mesmo dia do meu irmão, se fecho os olhos consigo lembrar do meu primeiro momento com 14 anos, me ajoelhei perto da janela do meu quarto, olhando aquela Lua linda bem iluminada, fiz uma oração pedindo a Deus que protegesse meus pais e meu irmão de todo mal, o presente de aniversário que pedi foi ter a minha mãe aqui comigo e hoje tive a notícia que esse ela finalmente acordou!
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Terror Narrando

Tentei pra caralho entrar na mente da Alicia pra ela esquecer essas parada de fazer parte do corre, porra, tem um menó lá dentro e dois aqui fora... se nós morrer fí, fudeu
Essa desgraçada tem que entender que crime não é bombom não, uma hora ou outra tu dança, cadeia ou cemitério tô ligado na porra do meu destino, sigo fazendo minha responsa, fortalecendo a firma mermo porque se eu tiver que cair, ela fica na paz com meus bacuri, minha preocupação é só eles parça, minha família... se eles tão bem, eu fico mec... contrário disso, alemão conhece o Terror
Alicia apertou pra caralho minha mente falando que queria ver as cria, tava estressadão na porra daquele hospital, brotei rapidão na Rocinha, marolar um pouco na minha goma e levar os menó pra ver a mãe deles.
Parça papo reto mermo, a paciência que eu já não tenho, a Luna tira o resto todinha
A mina passa mó cota de tempo pra se arrumar, e eu tenho que ficar igual um palhaço esperando pra essa porra me aparecer igual essas marmita que fica ciscando lá na entrada da boca

Terror: ihhhhh Coé, tá de marola que tu vai sair assim? - olhei pro Gnomo que se admirava no espelho, essa porra é perturbada igual a mandada da mãe dela - Cobre esse cu de grilo aí que eu tô pra brincadeira não

Luna: Mas pai - murmurei um "fala" já puto da vida - tá calor

Terror: Esqueci de mandar um papo aí pra tu - ela me encarou - se liga menó, tu mora no Rio caralho, ou tu se acostuma com o calor ou tu morre tentando, bora cobre essas perna aí que tu vai pra um hospital não é pra baile não, mo perna de pernilongo desfilando por aí

Ela me olhou e começou a chorar, ainda mais essa, tô fudido meu parceiro

Luna: Você é bruto, parece um cavalo

Falou gritando, ihhhh rapá o respeito enfiaram no rabo né

Terror: Ô tu me respeita, grita comigo de novo que eu te jogo dessa janela, aí tu aprende a voar na merma onda mosquitinha

falei na humildade porra, só gastei a menó e a mina começou a chorar mais alto, Deus me livre mermão tenho mais idade pra resolver esses b.o não

NC: Late

Terror: Coé porra, Marília tá aí?

TIPO ESCOBAR - MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora