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Luísa Parker.

Hoje está bem animada.

George comenta assim que me sento na mesa mais próxima do seu balcão.

Oque meu colega e amigo disse é verdade.Isso acontece porque não tive que encarar o meu chefe hoje.Desde mais uma de suas grosserias ontem fiquei com ainda mais certeza de que não quero vê-lo.

Ao que parece ele também pensa do mesmo modo, já que não me chamou hoje e agradeço por isso.

— Só aproveitando o dia que esta menos cansativo.

Balança a cabeça enquanto me passa uma garrafinha de água. – Fiquei sabendo que arranjaram mais uma pessoa pra fazer as entregas aqui.

O olho com curiosidade.

— Serio? Mirko não falou nada pra mim. - digo com estranheza.

Da de ombros. — Foi oque me falaram, mas você deveria estar feliz. – coloca uma mão em minha cabeça e bagunça meus cabelos. — Não vai fazer tudo sozinha.

Sorrio dando um tapa em sua mão. — É verdade. – olho a hora no relógio que está em meu pulso, e levanto da cadeira. — Bom já que não tem mais nenhum pedido e faltam apenas dez minutos pra fechar por aqui...bem que você podia me liberar.

Saio da empresa por volta das dez horas, pelo menos aqui tenho a Liz, antes eu tinha que voltar pra casa sozinha.

George coça o queixo fingindo estar pensativo e depois me olha. — Claro, mas só hoje! Não pense que vai sair cedo todos os dias. – rio da sua encenação. — Só são dez minutos Luiza, pode ir.

— Obrigada.Ate amanhã. – dou um tchauzinho pra ele e saio pelos fundos.

Tenho que andar um pouco pra chegar até o estacionamento onde está o fusca de Liz.Ela demora mais alguns minutos pra chegar.Pensando por esse lado não sei porque quis tanto sair cedo.

Assim que boto os pés no estacionamento sinto rajadas de um vento mais gelado, com isso me vêm a memória um filme de terror que assisti uma noite, era exatamente assim, um estacionamento vazio e frio.

Balanço a cabeça afastando esse pensamento e continuo andando.É impossível não ver o fusca cor verde caribe.Como chego uns minutos mais cedo, Elizabeth me da as chaves para que eu espere dentro do carro.

Aperto o botão pra que a porta destranque e quando já estava prestes a abri-la sinto um peso em meu ombro.

Acabo gritando com o susto.Me viro totalmente aterrorizada e pronta para gritar mais.Mas logo vejo meu amado chefe com uma cara sínica.

Relmente parece um filme de terror.

— Calma, sou apenas eu.

— Ah isso me tranquiliza bastante. – falo baixo, não sou a pessoa mais debochada do mundo, mas essa saiu da minha boca sem nem pensar.

Ele segura sua maleta em uma mão com a típica carranca em seu rosto.

— Vejo que esta bem, pensei que estava precisando de ajuda e como estava por aqui resolvi ver oque era. – ignora meu comentário anterior e retira sua mão do meu ombro.

— Na verdade só ia abrir a porta do meu carro. – me afasto mais um pouco dele. — Agradeço sua atitude de qualquer forma.

— Não vi você o dia inteiro. – fala repentinamente e o olho interrogativa.

— Não entendo.

Ele coloca sua mão livre no bolso da calça e dá uma passo pra frente.

— Você é surda? Falei que não lhe vi o dia inteiro.

Corações Em Chamas (EM ANDAMENTO)Onde histórias criam vida. Descubra agora