Capítulo 3O Act more than I already do

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NOTAS DA AUTORA:

Oie!!!

Quero conversar uma coisinha importante com vocês que tá me incomodando um pouco, então não deixem de ler as notas finais. Por favor :)

Anyway... perdão por qualquer erro de digitação e aproveitem ^^

Tradução do capítulo: Agir mais do que já ajo

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Minhas mãos estão trêmulas e geladas mesmo a salva de palmas tendo parado há dez minutos

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Minhas mãos estão trêmulas e geladas mesmo a salva de palmas tendo parado há dez minutos. Senti o estômago embrulhado durante todo o breve momento que precisei palestrar acompanhada dos outros ex-estagiários. As palavras de confiança e incentivo que Steve me mandou por mensagem chegaram a me dar uma força que nem eu mesma sabia que tinha.

Agora, quem discursa é a Sra. Jenksey. Alguns médicos psiquiatras e pesquisadores psicólogos se juntam às apresentações para nos trazer fotos, estudos e registros do que fizeram pelas missões na África e países árabes.

Uma outra doutora nos aponta seu quadro de evolução à terapia que concedeu aos refugiados da guerra na Síria. A maioria são crianças que perderam os pais, mas há inúmeros outros casos tão tristes e traumatizantes quanto, como mulheres e até mesmo outras crianças que foram violentadas pelos rebeldes. Noivas e esposas que foram expulsas de casa e apedrejadas na rua por terem sido estupradas, pois isso vem a ferir a honra da família.

Eu me esqueço de tudo que estava me fazendo feliz há minutos atrás e me compadeço com a dor de todas essas pessoas. A regra número um da Psicologia é a imparcialidade. Jamais devemos nos deixar conduzir por nossos pacientes, mas é impossível não demonstrar um mínimo de compaixão e empatia por todos esses relatos revoltantes e trágicos.

Mulher alguma pede para ser violentada. Muito menos crianças! Como puderem abandoná-las? Que cultura é essa que passa por cima da dor e da humilhação de um estupro em prol de uma tradição arcaica? Isso me dá arrepios!

Os outros depoimentos que assistimos são de pessoas que se assumiram homossexuais para suas famílias ou acabaram sendo descobertas. E, por fim, sofreram retaliações físicas, morais e psicológicas. Foram acusadas de crime, bruxaria, maldição. Não consigo sequer acreditar no que ouço. Estamos em pleno século vinte e um. Como pode o amor, qualquer amor, ser um pecado assim aos olhos de Deus? Se defendem tanto uma fé suprema a esse ponto, se a justificativa é o orgulho temente a Deus, como podem usar Sua proteção e Sua luz como ponto de defesa para tamanha ignorância? Como Deus alguma vez poderia castigar assim, tão impura e impetuosamente, por simplesmente... amar?

A psicóloga palestrante da vez discursa sobre sua participação e colaboração ao projeto Médicos Sem Fronteiras. Tudo isso começa a criar reflexões dentro de mim. Eu começo a me imaginar no lugar dessa psicóloga. Começo a me imaginar atendendo a todas essas pessoas, a todas essas mulheres, a todas essas crianças. Eu começo me imaginar visitando todos esses lugares, resgatando todos esses inocentes de todas essas causas de guerra, fome, doenças, pobreza — eu realmente começo a me imaginar lutando por todas essas causas nobres. Eu me enxergo agindo em prol de toda a humanidade pela qual eu tanto ainda tenho esperança. E isso começa a me fazer querer agir. Agir mais do que já ajo. Pensar mais do que já penso. Elaborar mais do que já elaboro. Tudo isso me faz querer mover para frente, expandir meus horizontes, lutar a fundo pelos que mais precisam. Pelos que não têm as condições de tomar um táxi em plena Manhattan e recorrerem a mim. Não que as pessoas que atendo tenham problemas inferiores, mas e as que não têm as mesmas chances? E quanto às pessoas que sequer imaginam que algum dia poderão ser ouvidas e receber a ajuda de que tanto precisam? E quanto a essas pessoas? Quem está olhando por elas? É aí que preciso agir.

Never Tear Us Apart 🔞 Romanogers / SteveNatOnde histórias criam vida. Descubra agora