"Toda lágrima que cair por culpa da traição irá regar o fruto da vingança que o destino trará mais tarde!"
1.005 D.C
Sul da FrançaVagamos por um longo tempo, fugindo de Mikael, mas agora estávamos todos juntos novamente como família. É justo dizer que todos nós mudamos profundamente após a transformação; nossas principais características foram amplificadas.
Klaus tornou-se mais agressivo e imprudente, nada lembrando o homem por quem me apaixonei. Elijah elevou seu senso de honra a um nível quase insuportável, mas era ele quem nos mantinha na linha. Rebekah, por sua vez, tornou-se tão impulsiva quanto Klaus, agindo sempre guiada pelo coração, sem nenhuma razão.
Finn permanecia impassível, alimentando um ódio pelo que nos tornamos. Kol, por outro lado, se tornou ainda mais psicopata, bebendo sangue compulsivamente e sem se preocupar em nos expor.
E eu? Meu temperamento explosivo atingiu limites inimagináveis; quando surtava, parecia que havia perdido completamente a humanidade. Apenas Elijah, com sua imensa paciência, conseguia me trazer de volta à realidade.
Apesar de ainda amar Nik, tudo era diferente agora. Ele não era mais doce ou carinhoso; raramente o via pintando ou sorrindo. Após a morte de Esther e nossa transformação, ele ficou frio, distante e, às vezes, extremamente cruel, sem um traço de bondade.
Continuamos a vagar pelo campo, alimentando-nos e tomando cuidado para esconder os corpos de nossas vítimas.
— Talvez devêssemos nos separar para despistar nosso pai. —sugeriu Kol, visivelmente apavorado com a presença de Mikael.
— Concordo, estou cansado de matar e fugir. — Finn completou, demonstrando seu desprezo pela nossa incessante descida ao vampirismo.
— Lembro a vocês, irmãos, da promessa de sempre e para sempre — alertou Elijah, recebendo apenas assentimentos silenciosos de seus irmãos.
Continuamos nossa jornada por mais alguns dias até que encontramos uma caravana repleta de nobres. Assim que os atacamos, percebemos que a carruagem continha roupas finas e pertences valiosos.
— E se fingirmos ser os nobres atacados? — sugeriu Rebekah, e eu sorri diante da ideia.
— Parece uma excelente ideia. — respondi, pegando um dos vestidos do chão e sorrindo para meus irmãos e meu marido. Sim, eu os considerava meus irmãos.
Éramos uma família, unidos por laços que só a vida poderia fortalecer. No entanto, eu não sabia que a visita a esse castelo marcaria o início do fim do meu casamento.
Logo encontramos um servo que estava escoltando a caravana. Imediatamente, senti o impulso de matá-lo; ele poderia revelar nosso plano.
— O que faremos com você? — perguntou Kol, circulando ao redor do homem como um tubarão.
— Por favor, não me matem! — ele implorou, desesperado. — Eu vi o que vocês são, ouvi o que pretendem fazer. Posso ajudá-los! — disse, tremendo e se ajoelhando diante de nós.
— Vamos fazer uma votação. — sugeriu Elijah.
— Vamos matá-lo. — respondeu Kol, esfregando as mãos com um sorriso malicioso.
— Vamos deixá-lo viver. Já basta de matar por matar — Finn interveio, levantando as mãos e se afastando um pouco.
— Vamos poupá-lo. Ele pode ser útil — acrescentou Rebekah, erguendo o servo do chão com um leve sorriso.
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Laços do Destino
FanfictionO encontro de duas famílias pode mudar o rumo de tudo. E naquele dia o destino havia feito um laço firme na vida daqueles que juraram ser uma família só. Clarissa amava o céu e todo o infinito que ele representava, ela amava sua família e amava ser...