Capítulo 26

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" Tão difícil dizer "eu te amo" a alguém quando se ama outra pessoa.
Até mesmo o mísero "eu também" parece grande demais para sair da boca quando não vem do coração."

Mystic Falls, Virgínia
2011


Meu corpo se virava na cama num sono violento.
Sonhos, pesadelos ou lembranças?
Era impossível distinguir.
Todo meu corpo doía, fervia como um vulcão em erupção.
O veneno de lobisomem deixava meu organismo mais lentamente que o normal.

Após incontáveis horas virando na cama, meus olhos se abriram, encontrando a claridade da janela aberta.
Sentei na cama esfregando os olhos, em seguida passando a mão no cabelo tentando parecer no mínimo recuperada.
Vasculhei o quarto rapidamente mas não vi sinal de Elijah.
Meus olhos pousaram num bilhete na mesa de cabeceira, ergui a mão e ele voou lentamente até mim. Era do meu namorado.

" Precisei resolver um assunto em Whitmore. Devo voltar em dois dias, não se preocupe.

Com amor, Elijah. "

Coloquei o bilhete em cima da cama e foquei os olhos na pintura que enfeitava minha parede.
Uma brisa leve acompanhada de um cheiro que eu conhecia bem envolveram o quarto.

Klaus estava parado na porta, os braços cruzados no peito e o sorriso no canto dos lábios. Ele parecia calmo.

- Finalmente acordou amor. - ele disse me encarando, o sorriso aumentando cada vez mais.

- Quanto tempo eu apaguei? - perguntei colocando as pernas pra fora da cama.

- Dois dias. - ele falou se aproximando.

- Uau... - falei me pondo de pé e caminhando até o banheiro. - Eu protegi a duplicata, agora quero a minha irmã.

- É, e no processo Connor morreu e agora a Elena sofre com a maldição do caçador. - Klaus disse com ironia enquanto eu saia do banheiro e entrava no closet a procura de uma roupa, aquele pijama amassado estava me incomodando.

- Você me disse pra mantê-la viva, não pra poupar o caçador. - disse saindo do closet arrumando o cabelo.

- Bom... agora a duplicata está presa lá em baixo pra evitar que tire a própria vida. - Klaus disse me seguindo de perto enquanto eu descia as escadas.

- E? - perguntei sem interesse abrindo a porta da cozinha.

- Você poderia falar com ela... já que você lidou comigo por tantas décadas... quando eu estava com a maldição. - Klaus parou diante de mim, segurando o meu pulso enquanto eu tentava abrir a geladeira.

- Foram longos 52 anos. - ri sem graça e tirei a mão dele do meu braço, olhei dentro da geladeira buscando por alguma bolsa de sangue. - Onde estão as bolsas de sangue?

- Elijah acabou com todas elas ontem. - ele disse rindo de lado.

- Ele encheu a cara com sangue? O que aconteceu? - perguntei preocupada.

- Talvez seja porque você se recusava a acreditar que nosso casamento acabou e também me beijou quando apareci pra te curar. - ele disse com ironia.

- Eu claramente estava delirando por causa do veneno. - falei caminhando na direção da porta.

- Onde vai?

- Falar com a duplicata. - saí deixando-o sozinho na cozinha.

Fui até o quarto indicado por um dos híbridos de Klaus, mas quando cheguei lá a porta estava aberta.
A duplicata havia fugido.
Desci e avisei Klaus sobre a fuga de Elena e em seguida sai de casa a procura de uma boa veia pra me alimentar.

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