Capítulo 57

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"Nem tudo depende do tempo, tem coisas que dependem de você. Da sua atitude, da maneira como você lida, da sua escolha. Do seu sim e do seu não. Tem coisas que o tempo não resolve,  quem resolve é você"


Em algum lugar muito, muito longe de Nova Orleans.

A luz amarela estava baixa, a brisa da noite fria soprava na janela de madeira. Trazida pelas copas das árvores que cercavam a casa.

Uma mulher com lindos e longos cabelos dourados balançava um bebê no colo, contando uma história para a garotinha dormir.

— Era uma vez um rei majestoso e uma rainha poderosa e encantadora, eles viviam juntos com o nobre irmão do rei num reino colorido onde a música e a arte eram celebradas, o rei e a rainha não se viam mais tendo um filho de seu sangue, depois que a poderosa rainha os transformou em seres imortais.
Mas eles viviam numa terra encantada, onde todas as coisas eram possíveis. Eles foram abençoados com uma linda filhinha, a quem eles desejavam apenas paz e felicidade. Mas eles tinham demônios que os perseguiam, havia uma fera implacável que queria tomar para si o reino. Aproveitando que a poderosa rainha caiu num profundo poço de desespero e tristeza após a perda da sua filhinha, a fera se armou com um exército de criaturas selvagens, ela  então expulsou os outros seres mágicos da terra. E havia uma feiticeira má, com pedras encantadas que enfraquecia o rei a cada lua cheia. Com todos os inimigos que os cercavam, a melhor decisão foi mandar para a longe a amada princesa, convencendo a todos de que ela estava perdida pra sempre.
O rei e sua rainha, em seu lamento, deram as costas para o mundo. O castelo fechou as portas e o reino desabou. Alguns dizem que a única luz que brilha no castelo ilumina a sombra do poderoso rei de outrora, no quarto que seria para a filha. Enquanto, a encantadora rainha, vivia nas sombras. Recusando-se a falar desde que a princesa foi para longe.
Mas enquanto as feras governavam o reino do Rei decaído, mal sabiam que ele e o irmão nao descansariam até que os inimigos fossem dizimados.
Eles acreditavam que um dia, quando a rainha decidisse voltar do seu poço escuro, eles curariam o reino e levariam a princesa para casa. E seriam felizes, para sempre.

Ao final da história, a menina já dormia. Estava serena quando a mulher a deitou no berço de madeira pintado de branco. Parecia um anjo, mesmo após seus primeiros dias de vida terem sido terríveis.

— Durma com os anjos Hope. — a mulher beijou a testa da sobrinha, e então apagou a luz do quarto.

Klaus estava em seu quarto, rasgando telas, ou tentando, visto que sua força estava esgotada graças aos anéis da lua

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Klaus estava em seu quarto, rasgando telas, ou tentando, visto que sua força estava esgotada graças aos anéis da lua.

— Suponho que tenhamos que dizer que é o seu "período branco". — Elijah disse ao pegar a tela.

— Está faltando uma cor importante na minha paleta. — Klaus esbravejou, apontando na direção do irmão. — O sangue do inimigo.

— Recomendo vermelho veneziano com um toque de ferrugem. — Elijah zombou, recolhendo as telas que o irmão espalhou.

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