Capítulo 27

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"Um dia, quando o céu estiver desabando, eu estarei ao seu lado."




Mystic Falls, Virgínia
2011






Se eu precisasse escolher uma palavra pra definir a família Mikaelson, essa palavra seria: VINGATIVA.

A vingança foi a forma que a maioria de nós encontrou pra não desligar a humanidade. Nós sofríamos, éramos traídos, enganados, machucados. E no fim, vinha a vingança. A tortura. Ver aquele que nos fez mal desejar nunca nos ter conhecido.

E por mais que tentássemos nos enganar, todos nós éramos iguais. Amamos a vingança. A única forma que sabíamos retribuir a dor, era fazendo doer ainda mais.

Minha amada irmãzinha não era diferente. Rebekah era doce e ingênua na maioria das vezes, mas quando se irritava era pior que Klaus.

Acordei na manhã seguinte do baile com uma ligação de Rebekah. Após dias sem notícias tudo que ela tinha pra me falar era "Venha até a escola, preciso de voce".

E eu?. Eu fui.
Nossa família não gosta de pedir ajuda, então quando acontece, a coisa está prestes a sair do controle.



[...]




Tudo que podia ser ouvido nos corredores vazios da escola de Mystic Falls, era o barulho dos meus saltos batendo no chão com firmeza.

Abri a porta da antiga sala do Ric e entrei, minha irmã havia pedido que esperasse por ela lá.
Coloquei a bolsa sobre a antiga mesa do meu amigo e me sentei na cadeira.

Abri a gaveta da mesa procurando pelo fundo falso, ainda estava lá. Uma garrafa de Bourbon e algumas estacas. Ele estava sempre preparado. Sorri com a lembrança enquanto fechava a gaveta novamente.

Olhei ao redor da sala vazia e senti um arrepio, era como se alguém tivesse me tocado. Levei a mão ao ombro e pude sentir novamente, uma leve brisa sobre a minha mão. A pele do meu pescoço se arrepiou como se alguém gritasse algo próximo demais do meu ouvido.

- É você Ric? - perguntei fechando os olhos e respirando fundo. - Eu sinto sua falta... Queria que estivesse aqui pra me dizer o que fazer. O Damon não é o melhor pra dar conselhos. Você era, você mantinha a gente na linha.

- Falando sozinha? - a voz de Rebekah soou e quando olhei pra porta ela estava lá com um sorriso no rosto.

- Rebekah... - chamei o nome da irmã com alívio e acelerei até ela, abraçando-a forte. - O que aconteceu com você? Por que não deu notícias? Klaus falou que mandou um híbrido atrás de você já faz uns dois dias.

- Me desculpa por te preocupar assim! Eu matei o híbrido do Nik, aquele idiota. - ela bufou com raiva ao pronunciar o nome do irmão.

- Por que não me ligou quando acordou? - perguntei dando um tapa no braço da loira.

- Eu precisava saber mais sobre a cura, Kol estava me ajudando. Tem que me ajudar irmã. Eu quero a cura, e Nik não pode saber. - Rebekah dizia com os olhos cheios de lágrimas, eu podia ver o quanto ela desejava ser humana.

- Como eu posso ajudar? - falei pegando a bolsa de cima da mesa e passando a alça sobre o ombro.

- Tenho alguns convidados pra arrancar informações. - Rebekah disse sorrindo de lado e me estendeu a mão. - Vem comigo.

- Tá bem. - falei aceitando a mão estendida.

Rebekah e eu caminhamos em silêncio pelos corredores. Viramos a direita e no fim do enorme corredor havia uma porta com a placa escrito biblioteca na parte de cima. Minha irmã abriu a porta e estendeu o braço me dando passagem.

Laços do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora