Capítulo 31

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"Muitas vezes para cicatrizar a ferida que alguém deixou é imprescindível abandonar, jogar fora, se esvaziar."

Mystic Falls, Virgínia
2011

Humanidade. 1- conjunto de características específicas da natureza humana.
2- sentimento de bondade, benevolência, em relação aos semelhantes, ou de compaixão, piedade.

VAMPIROS SEM HUMANIDADE. Cruéis, frios, violentos.

O motivo pelo qual os vampiros com a humanidade desligada são tão julgados se tornou desconhecido por mim.

Depois de tantos séculos de vida eu finalmente posso ser a criatura que eu mesma criei, uma predadora, um monstro. Um demônio da noite sem alma, que não liga pra ninguém além de si mesmo.

Eu era livre, não estava presa a nada nem a ninguém. Não mais.

Ainda me lembrava dos gritos de Klaus ouvidos por mim ao sair da casa Gilbert.

Usando a velocidade sobrenatural cheguei rapidamente na mansão Mikaelson. Ergui a mão arrancando a porta das dobradiças sem precisar murmurar feitiço algum.

A casa estava vazia.

Subi até o quarto e tomei um banho gelado, parando por alguns segundos e olhando em volta do quarto, pretendia nunca mais pisar naquela casa.

Fui até o esconderijo da lápide de Silas e ela não estava mais lá.

- Aquela vadia. - bufei com raiva ao perceber que a loira original havia levado a lápide que me deu pra esconder alguns dias atrás.

Fechei a porta atrás de mim com força enquanto deixava aquela casa cheia de memórias.

De Mystic Falls até o aeroporto era aproximadamente uma hora de carro. Em breve estaria no destino final.




[...]

Nova Escócia
2011



Há 320 quilômetros da costa da Nova Escócia se escondia a cura para o vampirismo. Na ilha mais escura e desolada que eu já coloquei os pés. E é aqui que eu vim parar após fazer um feitiço de localização e encontrar Rebekah.

Seguia o grupo de idiotas a quase dois dias sem que nenhum deles me percebesse. Que tipo de vampiros eram esses?
A espécie se tornou ridícula.

Era noite, eu os observava escondida por algumas árvores. Algo que eu não pude ver levou Jeremy e agora eles estavam se separando para procurar.

- "Me encontre nessas coordenadas se quiser continuar vivendo sua vida miserável". - Katerina apareceu atrás de mim fazendo aspas com os dedos enquanto citava o texto que deixei em sua caixa de mensagens antes de deixar Mystic Falls. - Muito sutil a sua ameaça.

- Por que demorou tanto? - Perguntei sem dar muita importância a presença da duplicata, ainda encarando o grupo eufórico.

- Primeiro: esse lugar fica no fim do mundo. E segundo: eu estava pensando em porque você chamou a mim, de todas as pessoas do mundo.
O que nos leva ao X da questão... Por que não está com a turma do Scooby Doo?

- Vejamos Katerina querida... - falei me virando na direção da duplicata. - Eu quero matar algum Gilbert hoje e você quer uma forma de se livrar de Klaus pra sempre, me ajuda a pegar a cura e ele nunca mais te perseguirá. - a encarei sorrindo com o canto dos lábios. - Eu mato o irmão da Elena e quem mais entrar no meu caminho. E de quebra destruo todos os sonhos de conseguir a cura desses imbecis.
O que me diz Katerina?

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