Capítulo 09

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"Não importa onde você parou, em que momento da vida você cansou, o que importa é que sempre é possível e necessário "Recomeçar"

1887 Nova Orleans

Abro os olhos e viro minha cabeça confusa, vejo Klaus sentado nos pés da cama, rodando entre os dedos a adaga que antes se encontrava em meu peito. Não disse nenhuma palavra, continuei olhando ao redor, reconheci o quarto, era o que eu compartilhava com Klaus, estava um pouco diferente, mas ainda era ele. Me sentei com certa dificuldade, ainda me sentia meio morta e faminta.

- Bem vinda de volta amor! - ele disse com um sorriso de lado.

- Quanto tempo foi dessa vez? - pergunto com frieza.

- 52 anos. - ele disse com calma.

- Me deixou apagada por 52 anos? - gritei, segundos depois ouvi a porta sendo aberta.

- Rebekah! - me levantei o mais rápido que pude e a abracei com força. - Está acordada!

- Aparentemente Nik resolveu fazer uma reunião de família. - ela disse lançando um olhar raivoso ao irmão. - Kol está acordado, e Elijah deve estar acordando, mas Fin ainda está com a adaga.

- Fin é um chato. - Klaus diz parando na minha frente com sua super velocidade. - Tem alguém que quer te ver!

- Marcellus! - disse pra mim mesma e sai correndo do quarto, ouvi a voz do meu filho, vinha da sala aberta, corri até lá no mesmo momento.

- Mãe! - ele disse ao me ouvir descendo as escadas, correu até mim e me abraçou, lágrimas descendo pelo seu rosto.

- Oi filho. - limpei seu rosto e foi então que percebi, seus batimentos eram mais fracos, tal como os de um vampiro e ele tinha corrido até mim mais rápido que um humano poderia. - Então você fez mesmo a escolha errada! - disse me afastando.

- Mãe, por favor me escute! - ele pediu se aproximando, mas levantei minha mão em sinal para que ele parasse.

- Olá petite tulipe! - a voz soou em minhas costas, antes de me virar eu sabia quem estava ali, a única pessoa que me chamava assim.

- Elijah! - me virei e o abracei forte, me afastei olhando sua camisa branca ainda manchada com sangue, ele havia acordado naquele momento.

- Sempre amei esse apelido! Combina com você. - Rebekah disse descendo as escadas ao lado de Klaus, ela mal olhou na direção de Marcellus.

- O que quer dizer? - meu filho perguntou.

- Signif... - comecei a falar mas Klaus me interrompeu.

- Pequena tulipa! Um apelido que meu irmão tão carinhosamente deu a minha esposa. - ele disse com ódio na voz, saindo logo em seguida.

[...]

Depois do nosso reencontro tenso subi para o quarto e tomei um banho, Klaus havia deixado roupas novas em cima da cama. Me olhava no espelho pensativa.

- Ficaram ótimas em você! - Klaus disse parado na porta.

- Talvez. - disse sem muito ânimo.

- O que você tem amor? Parece perdida em pensamentos.

- Talvez seja a escuridão dos últimos 52 anos que ainda está me assombrando. - disse me virando pra ele.

- Clarissa! Eu não queria te prender naquele caixão, mas foi preciso! Você não deixaria ele escolher a imortalidade se estivesse presente. - ele diz se referindo ao nosso filho.

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