Capitulo 50

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"Terás alegria ou terás poder, disse Deus; mas não terás ambos."

~ Ralph Waldo Emerson

Nova Orleans, Luisiana
2012

Clarissa estava sentada na biblioteca folheando um livro enquanto pensava.
Buscando no fundo de sua mente memórias há muito esquecidas, dos tempos de felicidade daquela família.
Memórias felizes ao lado de Klaus.

Ela já estava ali há mais de duas horas, virando páginas e olhando para o nada.
O aviso de mensagem do seu celular apitou, e quando ela o tirou do bolso, viu o número de Josh no indicador de msagem.

Josh:
"Tem algo no pátio que você precisa ver"

Ela suspirou, deixando o livro de lado.
Assim  que colocou os olhos no pátio do complexo, já pôde ver Klaus e Marcel encarando um corpo sobre uma das marcas de magia sacrificial que estavam espalhadas pela cidade, agachado ao lado do corpo estava Elijah, observando atentamente.

— Uma mulher grávida não consegue ter um minuto de paz nessa casa? — ela perguntou, parando de pé entre Klaus e Marcel.

— Bom dia mãe. — Marcel sorriu, olhando na direção dela. — Achei que estaria na missa.

Naquela manhã, havia acontecido a missa de inauguração da nova igreja de Kieran. Klaus havia ido em nome da família, acompanhado de Marcel. Mas ela se recusou, Kieran a irritava.

— Sem tempo pra amaciar o ego do padre Kieran... então, já sabemos quem matou nosso amigo? — ela perguntou, observando o corpo de Papa Tunde.

— Ainda não descobrimos. — Marcel explicou.

— Quer alguma coisa irmão? Uma lente de aumento, um cachimbo talvez? — Klaus perguntou ao irmão, que ainda estava agachado lá.

— Tem alguma teoria que gostaria de compartilhar Niklaus? — Elijah perguntou se levantando, caminhou até Clarissa abraçando-a, puxando os lábios dela num beijo. — Olá meu amor.

— Bom dia querido. — Clarissa riu sem graça quando os dois de afastaram, desviando o olhar na direção de Klaus por puro instinto.

Ele apenas encarava o corpo em silêncio, mas a tempestade que brigava em seus olhos era gigante.
Clarissa voltou a olhar Elijah, que a encarava, foi aí que ela percebeu que ele a viu olhando na direção do híbrido.
Desde que eles terminaram o noivado, ele tem estado atrás dela como um cão querendo marcar seu território.

— Antigamente quando as bruxas queriam ameaçar elas matavam uma galinha e deixavam na nossa porta. — Marcel disse, na tentativa de amenizar o clima tenso que se instalou no pátio.

— Essa é uma grande e ameaçadora galinha. — Clarissa sorriu, olhando na direção do filho. — Não acha?

— É... — Marcel concordou, sorrindo de volta.

— Papa Tunde venceu facilmente a Rebekah e quase levou Marcel e eu também. — Klaus finalmente falou, olhando o corpo fixamente. — Se ele era a grande arma deles, por que deixá-lo morto no nosso jardim?

— Não fiquem tão animados...— Rebekah disse, juntando-se a família. — Ouçam, uma garota literalmente fugiu de um túmulo hoje quando Sabine estava dando um passeio pela cidade dos mortos, era Monique Deverraux.

— O que? — Klaus rebateu surpreso.

— Os turistas acharam que era um show mas as bruxas estão festejando um milagre santo. — a loira explicou.

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