Capítulo 35

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"Quando me for, levarei um pouco de ti e deixarei um pouco de mim."

Mystic Falls, Virgínia
2011

Mexi na cadeira me sentindo desconfortável, sentia meu corpo doer em todos os cantos possíveis.

Ainda de olhos fechados escutei barulhos por todo o porão. Abri os olhos com dificuldade, a pouca claridade daquele porão úmido ainda me incomodava.

- Aah. - gemi de dor me ajeitando na cadeira enquanto abria os olhos lentamente.

- Finalmente acordou. - alguém segurou meu rosto entre as mãos, quando consegui focar os olhos vi que era Damon. - Ele deixou você chapada dessa vez.

- Quanto tempo fiquei apagada?

- Tempo suficiente pra Elena recuperar a humanidade. - ele falou desviando o olhar.

- Quanto tempo Damon? - falei o mais firme que consegui.

- Cinco dias. - o Salvatore respondeu com receio saindo de perto de mim, pegou o celular no bolso e discou um número.

- Aquele desgraçado. - resmunguei com raiva.

- Ela está acordada. Sim, ok. - ele conversava com alguém no telefone mas graças a verbena excessiva no meu organismo, eu não consegui escutar a outra parte da conversa.

- Quem é? - perguntei.

- Você verá em dez minutos. - ele disse sorrindo de lado.

- Se for Elijah eu juro que mato você e ele. - sibilei com raiva.

- Não se preocupe velhinha, ele vai ficar bem longe dessa casa hoje.

Com essas palavras o Salvatore deixou o porão. Fiquei ali encarando a porta enquanto esfregava uma mão na outra no intuito de me soltar.

Foi em vão.

Estava contando o tempo na minha cabeça quando ouvi um barulho nas escadas. Se aproximava a cada instante, e num piscar de olhos eu o vi.

Parado na porta, dois livros nas mãos e um sorriso de lado no rosto.

- Fiquei me perguntando quando ele mandaria você. - falei me recostando na cadeira.

- Olá amor... - ele sorriu de lado puxando uma cadeira velha pra se sentar. - Acredite ele não queria nenhum pouco, mas convenhamos que Rebekah sabe ser persuasiva.

- Não importa quem eles mandem, não vou voltar.

- É o que veremos amor. - Klaus pegou um livro antigo deixando o outro no chão, o encarei franzindo as sobrancelhas.

- Seu grande plano é me contar um história? - debochei.

- Não é qualquer história. Essa é a nossa história.

- Como se isso significasse alguma coisa... - falei virando os olhos.

- Se lembra quando surgiu a câmera fotográfica? Rebekah não parava de fotografar a gente. - ele sorriu virando o álbum antigo na minha direção.

Era um foto em preto e branco, marcada pelo tempo. Elijah, Klaus e eu estávamos abraçados e sorrindo pra foto.

A fotografia seguinte mostrava Rebekah e eu num bar, cada uma com um copo na mão.

- Ah esse dia aqui não consigo me lembrar bem...

Ele virou o álbum na minha frente novamente enquanto um sorriso estampava seu rosto.

- Rebekah insistiu que fôssemos passar o fim de semana nessa casa de campo, não me lembro onde era ao certo. Lá tinha um lago enorme e o Kol empurrou todo mundo na água. - falei encarando mais uma foto, Kol e eu estávamos abraçados de lado e com a roupa toda encharcada.

Laços do DestinoOnde histórias criam vida. Descubra agora