CAPÍTULO 3

1.4K 126 11
                                    

Cassie suspirou baixinho. Então era assim que se sentia quando os sonhos se realizavam. Maravilhosamente feliz! Tão feliz que não conseguia parar de sorrir. A mão pesada dele lhe envolvia a cintura com possessividade e lhe acariciou um seio. Ela estava de camisola, uma camisola fina de renda que não a impediu de sentir o calor do membro dele duro, encostado na bunda dela. Ele dormia, ressonando baixinho, era bom, ela fechou os olhos. Não via a hora de consumarem o casamento, mas ainda estava cansada. E não era como se não tivessem o resto de suas vidas para isso.
Ela quase perdeu a esperança. Simple praticamente a expulsou da Reserva, ela passou um ano em sofrimento, em casa, sem ir a escola, sem ir a lugar nenhum, até que seu pai implorou para que ela se formasse. Em qualquer curso, ele apenas queria que ela fizesse amigos.
E então, Brad apareceu. Bradley o brilhante astro de futebol da universidade. Ele era bonito, gentil e parecia mesmo gostar dela. Começaram a namorar, ainda que Cassie estivesse só seguindo a onda, não conseguia se entregar de todo. Ele não parecia perceber, então, tudo estava relativamente bem. No dia em que decidiram levar o relacionamento pra outro nível, porém, ele lhe deu um bolo. Cassie teve de ser sincera consigo mesma de que não se importava muito com Brad. Ela não conseguiu evitar pensar que se fosse Simple que lhe desse um bolo justo no dia em que se tornariam mais íntimos, ela morreria de tristeza, não simplesmente usaria a noite para terminar de maratonar sua série favorita.
E uma semana depois, ela descobriu que Brad tinha sido atropelado. Ele não portava seus documentos e estava inconsciente quando foi levado para um hospital. Ele quebrou a perna e seu sonho de jogar num time profissional foi por água abaixo. Cassie lhe jurou que passaria todo o tempo com ele, que o ajudaria, seria sua enfermeira, o que precisasse, mas ele disse-lhe que não queria.
Ela então, se removeu em culpa e não quis mais se envolver com ninguém. Decidiu se dedicar aos estudos, até que Simple ligou.
A desafiando a vir a Las Vegas encontrá-lo. Ele não disse que a amava, suas palavras exatas ressoariam em sua mente para sempre:
"Oi, Cassie! Se quer mudar a sua vida, se tiver coragem para isso, para ser feliz, sem se importar com mais nada, venha e me encontre." E  lhe deu o endereço, era de uma daquelas capelas de Las Vegas.
Cassie colocou qualquer coisa na mala, pegou um avião, um táxi e o encontrou na frente da capela.
Ele estava sério, tinha crescido muito nesses dois anos, estava mais forte, muito parecido com o pai dele. Parecia até ter bebido, todavia era compreensível, casar com uma mulher mais de doze anos mais velha e ainda sem a aprovação de sua família, não era uma decisão fácil.
Ela parou a frente dele, ele fez sinal para ela entrar. Um outro Nova Espécie gigante moreno estava com ele, seria a testemunha?
Cassie tinha entrado na capela e um homem de terno de meia idade sorriu para ela, meio nervoso, mas ela retribuiu o sorriso.
Ele indicou onde ela devia ficar, Cassie se lembrava que seu coração estava batendo tão forte, que ela achava que ele lhe sairia pela boca.
Simple disse alguma coisa no ouvido dela e depois disso, tudo foi meio nebuloso, ela se lembrava de que não foi ele, mas o outro que colocou um anel, não no dedo,mas em sua palma, Cassie mesmo colocou em seu dedo. E isso foi só uma das coisas estranhas. O homem que os casou, os declarou marido e mulher, mas de uma forma meio genérica, estranha.
Ela começou a sentir muito sonolenta e foi o Nova Espécie moreno, não Simple que a amparou. Ela não ligou, ele cheirava bem e tinha um rosto muito bonito e simpático, ainda que fosse muito calado.
E era isso que Cassie se lembrava.
Ou não? Eles entraram num avião. E depois num helicóptero?
Vegas não era tão distante da Reserva assim, era o que ela pensou quando entrou no helicóptero. De novo o Espécie moreno sentou entre ela e Simple e Cassie se aconchegou nele. Ele era grande e quente.
Cassie ficou muito surpresa quando pousaram num enorme heliporto de uma luxuosa mansão nas montanhas. Ela tinha dormido toda a viagem, não pensou muito no tanto que estava sonolenta e cansada, mas ainda assim seu coração acelerou só em pensar na lua de mel que teriam naquele lugar paradisíaco. Ela tinha entrado, olhado a suntuosidade do lugar e se voltado para ele e o outro Nova Espécie. Ele não iria embora? Ou seria uma espécie de segurança? Simple, que continuava com o semblante muito sério, se dirigiu a um bar num canto da enorme sala de estar encheu um copo com alguma coisa, e virou de uma vez. Repetiu o processo mais duas vezes, Cassie apontou para as escadas, ela estava meio muda de expectativa, e também com muito medo dele se arrepender, ele acenou e Cassie subiu. O primeiro quarto estava aberto, ela entrou, tirou a roupa, colocou a camisola e se deitou o esperando. E acordou ali, com o corpo dele abraçado ao dela.
Cassie se mexeu, o corpo dele se colou ao dela, uma perna grossa se enfiou entre as dela e assim, sua bunda se encaixou melhor na virilha dele, mas ainda que o pênis dele estivesse duro, ele não fez outro movimento. Ela abriu os olhos e tentou enxergar a decoração refinada de que tinha lembrança de quando entrou naquele quarto, mas não deu pra ver muito, só a sombra de um ou outro móvel. As cortinas estavam fechadas, o quarto estava escuro. Cassie preferia assim, na verdade.
"Bom dia." Ela disse, ele lhe beijou a nuca. Não dava pra saber se era dia ou noite, ela não sabia por quanto tempo dormiu. Tudo foi muito rápido e meio confuso, mas esse casamento foi como saltar de paraquedas, não havia tempo para refletir depois que se saltava. E ela saltou.
Ele passou a língua por sua coluna, Cassie tremeu. Ela fechou os olhos com força, afinal o quarto estava escuro, e se deixou levar pelas sensações provocadas pela língua dele em suas costas. Ele estava sendo gentil, lhe dando tempo de se acostumar a ele, sua mão acariciava seu seio de leve. Cassie até gostaria que ele a pegasse com mais firmeza, ainda que a leveza lhe arrepiava toda, mas ela era muito tímida para pedir. Ele a ajeitou do jeito que ficasse deitada de bruços, Cassie gemeu quando ele lhe mordiscou uma nádega e depois lambeu  o lugar que tinha mordido. Foi delicioso. Ele lhe abriu as pernas e pôs uma mão bem debaixo da sua vulva, enquanto lhe beijava as costas e nuca. Cassie sentiu vontade de pressionar sua pélvis contra a mão dele, mas ficou quieta, achou melhor ele levar o ritmo. Ela sentia que ele estava se segurando, para não machucá-la, ela esperou. Um dedo da mão dele na vulva dela lhe alcançou o clitóris e ela gemeu, foi bom. Ele lhe abriu mais as pernas e lhe lambeu a buceta por trás, de forma firme, foi delicioso. Cassie se pressionou contra a mão dele, como pensou em fazer, mas ele segurava seu quadril e pernas abertas. Um dedo entrou nela e girou, Cassie gritou. A língua dele veio depois do dedo e Cassie se surpreendeu, a língua dele a penetrou. Era uma sensação incrível, seus dedos dedilhando seu clitóris e sua língua entrando e saindo da vagina dela, Cassie gritou sua liberação, ele continuou, dessa vez atacando seu clitóris, o chupando, sugando e friccionando a língua, Cassie estava totalmente sensível e esses assaltos a levaram a quase gozar mais uma vez.
Ele, porém, levantou a bunda dela, Cassie ajeitou seu rosto de lado no travesseiro e ele a penetrou com um dedo, lhe alargando. Era a hora! Ela seria dele, seria dele pra sempre! Cassie fechou os olhos.
Ele se ajoelhou na cama atrás dela segurou em seus quadris e foi forçando seu pênis grosso por entre as dobras dela, seria apertado e doeria, Cassie sabia e só conseguia esperar que não doesse muito. Ele entrava e saía, cada vez que entrava ia um pouco mais fundo. Uma das mãos lhe tocou o clitóris e o circulou, Cassie estava quente e as sensações prazerosas se misturavam a pequena dor ardida que a invasão lhe proporcionava. Até que ele rompeu seu hímem, e ela estava quase gozando, sua visão naquele quarto escuro lhe permitiu perceber a enorme silhueta dele atrás dela, era tudo muito excitante, Cassie gemeu. Ele, porém, não fez nenhum som. Começou a estocar contra ela devagar mas firme e a dor que ela sentiu ao ter o hímem rompido se diluiu no prazer que cada vez que aquela coluna grossa e comprida lhe invadia causava. Muito prazer, muito calor, Cassie foi tragada por uma espiral onde cada sensação era maior que a outra, a cada estocada dele nela, até que gritou seu clímax, um êxtase sem igual. Ele também fez um barulho estranho, rouco e se deixou cair sobre o corpo de bruços de Cassie. Ele, logo se sustentou pelos braços ainda que seu peito ficasse colado as costas dela. E seu pênis bem enterrado nela, a tal ponto que ele estava imóvel. Eles resfolegavam, o ar entrava aos sorvos por sua boca e nariz, Cassie estava esgotada. Mas ele não. Ele saiu de dentro dela, a virou e a beijou na boca , de forma intensa, sedenta e apaixonada. Cassie queria pedir pra ele acender a luz, mas os beijos dele impediam que ela dissesse qualquer coisa. E depois de um tempo se beijando, se tocando, Cassie nem pensou mais nisso. Os cabelos dele estavam soltos, eram volumosos, sedosos e ondulados, Cassie entranhou seus dedos por eles, ele quase sempre usava seus cabelos amarrados na nuca, tocá-los assim soltos era a glória. Quando ele lhe deixou a boca e desceu para os seios, Cassie se sentiu pegar fogo.  Ele sugou seus seios, mordiscou os mamilos, apertou, se fartou. Ela estava totalmente de novo na onda escaldante das sensações, quando ele lhe tomou os lábios de novo e a penetrou. De novo! Dessa vez, ele entrou, ainda que devagar, mas com um movimento único. Cassie gemeu na boca dele e ele sorriu contra seus lábios. Ela apertava os músculos de suas costas, dos braços, da bunda, ele entrava e saía ritmicamente, Cassie guardava cada pedacinho daquele momento apaixonante. Quando o clímax veio, ela o abraçou apertado, ele escondeu o rosto em seu pescoço e novamente fez aquele barulho estranho, algo como um gemido rouco.
Cassie não importava. Ele estava ali, como ela sempre sonhou, em volta e dentro dela bem entalado, como se não houvesse forma de sair.
E ela pensou que aquela noite, ou dia, ela não sabia, afinal o quarto estava muito escuro, que aquele momento poderia durar para sempre.

HUSHOnde histórias criam vida. Descubra agora