CAPÍTULO 11

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Hush estava sobre Cassie, se sustentando nos antebraços e a beijava. O pênis dele, inchado, enterrado nela e Cassie pensava se alguma vez ela já tinha se sentido tão bem. Ele lhe beijou os olhos, o queixo. Era como se quisesse dizer com os beijos que gostava dela. Ou não. Ou era apenas impressão da parte dela. Afinal, uma parte dela estava muito preocupada com os sentimentos dele por ela, e Cassie poderia estar se enganando, fantasiando.
Bateram na porta, ele lhe tomou os lábios, dessa vez com mais fome, pois seu pênis desinchou, era o sinal para começarem de novo.
"Cassie, o jantar está servido. Se não quiser sair do quarto, diga para Hush vir buscar comida pra vocês." A voz de Leo soou por trás da porta. Cassie bateu em seu braço, Hush afastou o rosto e sorriu. Estava escuro no quarto, mas ela já tinha ouvido que eles enxergavam no escuro.
"Comida. Vieram nos chamar." Ele aumentou o sorriso e a beijou, da mesma forma quente. Cassie se deixou levar pelo beijo, a língua dele lhe lambeu o pescoço, ele lhe mordiscou bem em cima de sua pulsação. Ela esqueceu do jantar. Hush desceu a boca até seus seios. Cassie não imaginava que ter alguém sugando seus seios pudesse ser tão bom. Cada vez que ele chupava, ondas partiam de seus mamilos e percorriam todo o seu corpo. É claro que ele não parou nos seios, desceu a boca até sua barriga, lhe dando pequenas mordidas com as presas, Cassie ficava elétrica. E por fim, ele chegou ao meio das pernas. Cassie não conseguia ficar calada quando a língua dele lhe lambia ali. Sem pressa, torturando seu corpo totalmente excitado, despertado e sedento para gozar. Ele a prendeu contra a cama, ela queria se mover, mas ele não deixava, tudo para prolongar o prazer que ela estava louca para sentir. Ele a beijava, chupava, lambia. Lhe vibrava o clitóris com a língua e com os dedos, Cassie gemia descontroladamente. Até que ele fez aquilo que ela mais gostava, a olhou. Mesmo na escuridão, Cassie sabia que ele a encarava, a boca em sua buceta, os olhos nos dela. Até que lhe introduziu um dedo e desatou seu êxtase. Cassie fechou os olhos, a sensação deliciosa percorrendo todo seu corpo, ela esticada como uma corda de violão.
Hush subiu o corpo e a beijou. Cassie o beijou de volta, seu corpo ainda vibrando de prazer. Ela o abraçou. Abraçou aquele corpo gigante e forte, tentando sentir cada centímetro daquela pele quente, queria colar nele, grudar e nunca mais soltar. Ele repousou o rosto em seu pescoço e também se deixou ficar.
"A comida está aqui na porta, mas é a última vez que me fazem de garçom. Cassie, você precisa de energia, se quer continuar sem sair dessa cama. Diga isso a Hush. Ele está exigindo muito de você." A voz de Leo pareceu um pouco zangada, no entanto, Cassie riu. Hush ergueu a cabeça, curioso.
"Leo está dizendo que estamos fazendo ele de garçom." Ele se ergueu nos cotovelos. Não sabia o que era um garçom?
"Garçom, aquela pessoa que serve as mesas num restaurante." Ele riu. Ela o acompanhou. Hush rindo era engraçado, ele fazia um som estranho, mas contagiante, Cassie riu ainda mais. Ficaram rindo, até que ele a beijou. Mas seu estômago roncou e ele sentiu. Se levantou, abriu a porta devagar, estava gloriosamente nu, e puxou uma mesinha que estava a frente da porta para dentro do quarto.
Ele destampou uma grande baixela e o cheiro de carne encheu o quarto. Cassie foi ao banheiro se lavou e se enrolou numa toalha. Ela voltou ao quarto e ele estava arrumando a mesinha. Cassie acendeu a luz. Devia ser uma coisa espécie não se importar em acender a luz.
A comida estava deliciosa, Hush comia com os olhos nela, como se mal pudesse engolir a comida e já estivesse louco para possuí-la. Cassie estremeceu. Pensar no quanto Hush a queria lhe provocava sensações conflitantes, alegria, euforia contra o pesar que cada vez mais aumentava diante do fato de que iria embora.
Hush colocou mais um pouco de carne no prato dela e cruzou os braços.
"Eu estou cheia, Hush. Tem muita comida aqui." Ela disse, ele franziu as sobrancelhas.
"É sério. Eu estou cheia." Ela alisou a barriga. Hush arregalou os olhos e se ajoelhou ante ela e cheirou sua barriga. Cassie riu. O que ele pensava que estava fazendo? Queria cheirar se ela estava mesmo satisfeita? Hush levantou a toalha e passou o nariz por seu ventre. Cassie esperou, devia ser outra coisa espécie.
Ele voltou a cadeira, seu semblante estranho, e disse que não com a cabeça. Não? Ela não entendeu.
"Não?" Disse e ele confirmou.
"Não, o quê?" Ele a encarou. Nessas horas ele parecia frustrado por não poder falar. Cassie também se sentia mal por não conseguir sinalizar.
Ela tentou mudar o assunto, comendo mais, até acabar com toda a comida.
"Viu? Comi tudo." Ele sorriu. Eles se deitaram de conchinha, Cassie suspirou. Ela podia se acostumar a estar aconchegada naquele corpo grande e forte. Dormiram.
Na manhã seguinte, Cassie acordou sozinha. O lado de seu corpo ainda estava quente, como se Hush tivesse acabado de se levantar. Ela suspirou. Seria assim que se sentiria se fosse embora dali. O sentimento não era bom.
Ela se levantou, tomou um banho e notou que não tinha mais nenhuma roupa limpa em sua mala. Se enrolou numa toalha e saiu procurando alguém. Não achou ninguém na cozinha, saiu e viu Vengeance mexendo na churrasqueira. Cassie gostou muito do dia que almoçou na casa dele. Estranhou, porém. O que ele estaria fazendo ali?
"Bom dia." Ela o saudou sorrindo.
Ele se virou e acenou, olhando para a toalha.
"Sem roupas?" Ele perguntou. A expressão séria dele a deixou sem graça. Seus olhos muito azuis e claros pareciam poder enxergar que lhe ia na alma. Ela assentiu. Ele sumiu na administração pelo corredor e depois voltou com um pacote nas mãos.
"Está fechado, é novo." Ele disse e voltou a mexer no fogão. Cassie notou que havia algo volumoso no bolso dele, que quando ele andou, ele ajeitou. Estranho.
"Estou fazendo o almoço, mas ainda há bolo e biscoitos na cozinha." Ele falou sem se virar.
Cassie ia voltar ao quarto, mas aproveitou para perguntar:
"Vengeance, onde Simple está?" Tammy tinha dito que os trigêmeos saíram em missão, sem, no entanto, dizer que missão era.
"Eu não sou Vengeance. Sou Adam." Ele lhe informou e ela o encarou. Não era possível! Ela conheceu Peter, conheceu até Romulus, que eram muito parecidos com Vengeance, mas esse que estava a sua frente, era idêntico a Vengeance.
"Eu não sabia que Vengeance tinha outro filho, eu almocei na casa dele, da última vez que estive aqui, achei que tinha conhecido todo mundo, me desculpe. E só que você é idêntico a ele."
Ele suspirou, seu olhar se mostrou triste.
"Vá se vestir. Se Hush aparece aqui, não vai gostar. Ele não parece, mas é muito possessivo. Já tentou pegar num dos livros dele?" Ele sorriu.
"Meu Deus!" Ela bateu na testa. Ele ergueu as sobrancelhas.
"Esse tempo todo e eu não pensei nisso! Hush pode escrever o que quiser falar para mim! Até eu aprender a linguagem de sinais." Ela sorriu. Que burra ela era!
Cassie ia saindo, louca para se vestir e ir procurar um caderno e uma caneta em algum lugar, quando Adam limpou a garganta. Ela parou e se voltou.
"Hush não sabe ler." Ela abriu a boca.
Como assim, ele não sabia ler? Como aprendeu a linguagem de sinais, então?
"Como assim?" Ela se desanimou. Seria tão bom se comunicar com Hush!
"Eu não sei. Só sei que ele não sabe ler e nunca quis aprender. Talvez, você consiga convencê-lo. Eu ia gostar muito, pois não consigo aprender essa linguagem de sinais. Ainda que talvez, eu não precise mais..." Ele disse e se virou.
Cassie voltou ao quarto. Ensinar Hush a ler. Seria legal, ela estava ansiosa para resolver essa pendência entre eles, queria conhecê-lo melhor, saber o que ele pensava. Ela queria... Hush.
Abriu o pacote, um enorme conjunto de moletom cinza escuro e uma cueca box caíram na cama. Cassie se lembrou das camisetas de Hush, todas com as mangas cortadas. Devia haver uma tesoura ali em algum lugar. Ela mexeu nas gavetas, mas nada de tesoura. Uma mecha de cabelo vermelho, com um laço rosa, porém estava bem debaixo de algumas cuecas e meias. Seriam de Daisy? Ela se sentou na cama. Estava bem guardado, como se fosse algo precioso.
Ela se lembrou de Daisy falando que o consolaria no caso de Cassie ir embora. Ela ia perguntar. E se fosse algo especial? Tudo bem, ele dormir com ela, beijá-la, possuí-la e ter aquela mecha de cabelo em sua gaveta de cuecas?
Cassie se irou. Não! Não permitiria. Se ele a queria, tinha de jogar aquela bosta de cabelo vermelho fora! Ela vestiu a calça gigante, dobrou as pernas, vestiu a blusa, dobrou as mangas e saiu atrás de Hush.
Lá fora, Vengeance, ou Adam, era muito estranho olhar para ele, ainda mexia na churrasqueira.
"Onde Hush está?" Ela estava com raiva. Sabia que se o tempo passasse ela ia desistir de brigar, e ela queria brigar.
"Trabalhando." Ele não se virou.
"Como posso achá-lo?" Ela bateu o pé.
"Sem faro? Sem resistência para andar por todo o zoológico nesse sol? Só quando ele voltar." Adam continuou virando os bifes.
"Aqui tem algum jipe?" Ela não ia desistir.
"Sim, o que Leo usa para percorrer a área, coisa que ele está fazendo agora." Ele definitivamente não era Vengeance. Vengeance era solícito, aquele ali, parecia não dar a mínima para a aflição de Cassie.
Ele se virou a encarou, seus olhos ficando distantes por um momento, até que ele riu. A transformação foi assombrosa. De uma carranca, ainda que bonita, seu rosto assumiu uma beleza impressionante. Ele riu até seus olhos lacrimejarem.
"Que bom que eu te divirto." Ele respirou fundo e segurou o lado do tronco. Ajeitando o que quer que ele tinha no bolso.
"Não vou pedir desculpas, você tem de ser muito boba para se importar com uma simples mecha de cabelo." Ele enxugou os olhos, ainda sorrindo. Cassie decidiu que não gostava muito dele. Porém...
"Como sabe que eu achei uma mecha de cabelo na gaveta de cuecas de Hush?"
"Gaveta de cuecas?" Ele riu um pouco mais.
"Ele vai demorar?" Ela sentiu toda a raiva sair dela. Era mesmo muito idiota brigar por causa daquilo.
"Não, ele não está longe. Posso sentir o cheiro dele, daqui a alguns minutos, ele estará aqui." Ela acenou. Estava com fome, olhou para a mesa, onde um porta bolo e um pote de biscoitos estava a espera dela.
Adam porém segurou a mão dela.
"Não é dele. Essa mecha de cabelo era de Rubi. Ela deu para Jonathan, eles namoraram escondido por um tempo. Mas não deu certo, numa das férias dos trigêmeos eles o convenceram a ir numa das festinhas deles, Violet descobriu e contou para Rubi. Diferente de Daisy, que aceita ser subornada, e também apronta às vezes, Violet é uma filhote modelo. Não houve como a impedir. E Rubi terminou. Jonathan jogou essa mecha fora, Hush guardou, esperando que Jonathan se arrependesse."
Cassie abriu a boca e esqueceu de fechar. Hush não tinha mesmo ninguém então. Ótimo.
Ela apertou a mão de Adam.
"Obrigada. Eu ia fazer papel de boba." Ele sorriu, mas o momento se perdeu com o rosnado que partiu do corredor.
Hush estava ali, sem camisa, os cabelos molhados os dentes trincados, olhando ameaçadoramente para Adam.
"Não disse que ele era possessivo?" Adam sorriu. Cassie deu um passo para trás.
"Calma amigão! Eu só peguei na mão dela. Não a tocarei nunca mais, eu prometo." Hush fechou a boca, mas seus olhos estavam duros, maus. Cassie teve medo.
"Que isso, Hush! Somos ou não somos irmãos? Pensei que falava sério aquele dia." Adam dizia as palavras bem devagar. Hush bufou. Ele sinalizou alguma coisa. Adam se aproximou com as mãos para cima.
Ele sinalizou também, de forma desajeitada.
"Isso, irmãos. Eu, você, Jonathan e Noah. Pra sempre." Ele não sorriu, mas acenou. Andou até Cassie a pegou no colo e saiu da varanda.
No quarto, ele a depositou na cama, já tirando a calça que ela vestia. Hush se ajeitou e entrou nela, de forma firme. O arroubo de possessividade a excitou, ela estava úmida quando ele a colocou na cama. Hush tomou a boca dela com fome, chupando seu lábio inferior, o superior e lhe invadindo a boca. Sua língua brincou com a dela, suas mãos seguraram seus quadris enquanto estocava nela com força. Ele, diferente das outras vezes, não estava preocupado com o prazer dela, ainda que as investidas dele a faziam gemer deliciosamente, ele não a esperou, logo estava apertando os olhos, prestes a gozar. Quando o gozo veio, ele retirou seu pênis e a inundou com seu sêmen. Os jatos caíram sobre sua barriga, seios e no meio de suas pernas. Hush se levantou e a admirou ali deitada, banhada pela seu sêmen.
Cassie o olhava, a satisfação clara nos olhos dele fez algo com ela. Hush estava dizendo, de forma muito primitiva, que Cassie era dele. Ela se sentiu poderosa naquele momento. Aquele homem maravilhoso a queria, ela não se lembrava de alguma vez ter se sentido tão incrivelmente bem.

HUSHOnde histórias criam vida. Descubra agora