Cassie acordou primeiro que Hush e o olhou dormindo. Ele era tão bonito! Másculo, meio rústico e ainda por cima doce, puro e atencioso. Ela correu os dedos pelas sobrancelhas dele e depois pelo nariz. Os lábios estavam um pouco abertos e sentiu vontade de beijá-los. Ele dormia um sono pesado, claro, eles transaram durante toda a noite. Cassie se levantou e abriu as cortinas. As vezes ela se perguntava o que estava fazendo. Ela devia estar louca! E arrastou Hush para a confusão que era a vida dela.
Ela era solitária. Seu pai era indiferente, Ros estava feliz trabalhando em Homeland, cortesia de Simple, suas amigas da faculdade eram só colegas. A única vez que se sentiu fazer parte de uma família foi quando passou aqueles dias na casa de Simple. Tammy, Valiant, as florzinhas, todos a trataram com carinho, como se realmente gostassem dela. Agora, além de ter perdido Simple, também os tinha perdido.
Ela não sabia quanto tempo ficariam ali, mas em algum momento, viriam buscá-los. E ela e Hush se separariam.
Cassie não pensou muito no aspecto prático ao sair como um raio e pousar em Las Vegas. Passou por sua mente que Simple fazia faculdade ali, ela poderia trancar a dela e ir ficar com ele. Poderiam alugar um apartamento.
Mas com Hush as circunstâncias eram diferentes. Ele era um Nova Espécie que não tinha contato com o exterior. Ele não iria querer morar fora da Reserva, Cassie não moraria lá, pelo menos não agora.
Cassie balançou a cabeça. O que ela estava pensando? Não havia futuro para ela e Hush. Não juntos, pelo menos. Talvez ele até fosse daqueles homens possessivos que não permitiam que a esposa saísse de sua vista.
Como Tammy e Valiant. Ela largou tudo para ficar na Reserva e criar aquele monte de filhos. Para ela era uma vida perfeita, mas Tammy era de outra geração, Tammy se satisfazia em ter amor, filhos e uma casa. Cassie queria se realizar profissionalmente, queria conhecer o mundo e então sossegar e constituir família.
Eles teriam de anular o casamento. Hush era um homem maravilhoso, mas Cassie não o conhecia. Eram de mundos muito diferentes, ele recluso, ela queria vencer o mundo. Nem eram capazes de se comunicar.
Mas só de pensar em deixá-lo, Cassie sentia uma pontadinha no peito, uma dor estranha. Mas devia ser pelo golpe que sofreu com Simple a enganando do jeito que enganou.
E seus sentimentos por Simple? Uma confusão! Raiva, tristeza, decepção...
Ela sonhou perder sua virgindade numa noite quente com ele. No lugar disso, teve... Ela tinha de admitir que foi muito bom. Hush a tratou com reverência, como se ela fosse algo raro, precioso. Cassie estava cada vez mais confusa, não podia negar essa atração por Hush. Ele despertou um sentimento nela que Cassie nunca imaginou existir.
Mas talvez fosse a atmosfera romântica desse lugar. Lá fora, no mundo real, as coisas seriam o que eram: ela e Hush eram diferentes demais.
Braços fortes a enlaçaram por trás, Hush lhe beijou a nuca, ela baixou a cabeça para baixo lhe dando espaço. Ela estava de camisola, ele estava nu. Gloriosamente nu, todo músculos e carne quente. Cassie se sentia derreter com ele lhe tocando os seios por cima da camisola. Ela fechou os olhos e desfrutou dos lábios dele descendo por sua coluna. Hush era insaciável. Ele a tomou tantas vezes de tantas formas, Cassie estava surpresa por conseguir acompanhar o ritmo dele.
Ela se virou, ele imediatamente lhe tomou a boca num beijo cheio de sede, como se estivesse com saudade. Cassie retribuiu o beijo, chegou a mordiscar os lábios grossos dele, aquela boca deliciosa. Ela perdeu a noção do tempo em que ficaram ali, se beijando, se tocando. Até que ele a pegou nos braços e a colocou com o torso na cama, de bruços, as pernas penduradas. Cassie deitou o rosto de lado no colchão e suspirou quando ele entrou. Ela nunca o caberia com folga, Hush devia ser bem diferenciado até entre os Novas Espécies que eram conhecidos por serem bem dotados. O pênis dele parecia uma coluna grossa e macia como veludo. Cassie tentou chupá-lo de madrugada, mas sua boca doeu. Hush estocou com urgência, ele lhe tocou o clitóris com um dedo, ela gritou. Era muito, o pênis dele a invadia, Cassie experimentou o êxtase e Hush a seguiu. O pênis dele inchava. Era algo estranho, não era possível se desacoplarem enquanto ele não desinchasse. Cassie adorava esse momento. Hush lhe beijava as costas, ou os olhos, ou a boca, o que estivesse ao alcance. Ele sempre estava a tocando, seus olhos eram lindos e puros. Ele saiu de dentro dela, Cassie se virou na cama, pronta para mais quando ouviu um barulho, parecendo um helicóptero.
"Hush?" Ele a elevou na cama e ficou por cima. Ia a beijar quando ela lhe empurrou o rosto. Ele a olhou, curioso.
"Estou ouvindo um helicóptero, parece estar pousando aqui." Ele suspirou, e acenou. Saiu de cima dela e entrou no banheiro. Ela ouviu o barulho da água, Hush estava tomando banho. Cassie se sentiu posta de fora, pois foi tão bom tomar banho com ele! Não demorou muito, ele saiu com uma toalha enrolada na cintura. Fez sinal para ela ir também. Cassie foi, tomou um banho rápido e saiu. Hush já estava vestido e arrumando a cama. Cassie respirou fundo, a realidade veio mais cedo que ela esperava, mas não poderia fazer nada.
Ele sinalizou alguma coisa, ela estava pronta e tinha guardado tudo. Ele deu a mão para ela e desceram as escadas. Saíram, ele trancou a porta e colocou a chave dentro de um vaso.
A caminhada até o heliporto foi silenciosa, é claro, mas havia um ar diferente entre eles. No heliporto, um Nova Espécie que ela conhecia a saudou. Brass. Ele sorriu e a ajudou a subir no helicóptero. Cassie se sentou e perguntou:
"Você sabe onde fica a minha casa?" Ela iria pra casa, não queria voltar para o apartamento frio que ela tinha próximo da faculdade.
"Você não vai para a Reserva?" Ele sinalizou alguma coisa para Hush, ele baixou os olhos e sinalizou alguma coisa. Brass mudou sua expressão.
"Eu sinto muito, mas não tenho combustível para te levar para outro lugar. Na Reserva, você pode pegar outro helicóptero." Ele falou, não deixando espaço para ela dizer mais nada, pois colocou os fones e ligou a aeronave.
Hush olhou para a janela. Ele também devia estar triste pelo idílio deles ter terminado. Ela estava quase chorando. Não sabia direito por que, mas estava triste.
Ela fechou os olhos. Não dormiu direito de noite, então tentou dormir.
Não conseguiu.
O tempo passou e finalmente chegaram. No heliporto, havia um grupinho de Novas Espécies e quando eles desceram todos vieram cumprimentar Hush. Ele sorria sem graça, estava desconfortável.
Cassie não sabia o que fazer, todos estavam tão felizes! Ela se animou a sorrir mais aberto, fingindo que estava feliz, afinal eles tinham de resolver as coisas entre os dois.
"Cassie! Que surpresa! Quando você conheceu Hush?" Cassie se virou e deu com Violet.
"É uma longa história, Vi. Estou tão feliz de te ver!" Era verdade, Cassie a abraçou apertado.
"Não precisa contar, eu estou muito feliz em saber que você vai morar aqui!" Ela riu. Abraçou Cassie de novo.
"Sai, Vi. Agora é a minha vez." Daisy praticamente empurrou a irmã e agarrou Cassie.
"Eu fiquei muito triste a dois anos atrás, quando... Mas agora você está aqui e seremos inseparáveis!" Ela disse animada.
Um Nova Espécie loiro, felino, que ela tinha visto já, mas não lembrava o nome, abraçou Hush apertado, bateu nas costas dele ruidosamente e a encarou sorrindo. Seus cabelos eram volumosos, cheios de mechas mais claras algumas quase brancas, seus olhos eram verdes, ele, como todos era muito alto, forte e bonito.
"Bem vinda a família! Vim buscar vocês senão Faith viria correndo sozinha. Ela está com muita saudade, Hush." Ele falou sinalizando e Hush sorriu. Ele indicou o jipe.
Cassie abraçou as florzinhas prometeu visitá-las e entrou no jipe. Hush entrou na frente e ela se sentou atrás sozinha. Era o certo. Eles conversariam e ela iria embora. O tempo de beijos e toques se foi. Mas que ela sentia até frio, estando ali atrás sozinha, sem os braços fortes e quentes dele a envolvê-la, ela sentia.
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HUSH
FanfictionHush é um macho espécie que viveu na zona Selvagem durante muito tempo, sozinho, em silêncio, já que nasceu surdo. Leo, porém o chamou para trabalhar com ele no resgate de animais rejeitados, e depois no Zoológico que fundaram. E a partir daí, sua v...