O rosto dela estava molhado de lágrimas, ela encarou meus olhos por alguns segundos e o fechou, as lágrimas que estavam na borda de seus olhos caíram, ela ficou um tempo assim, talvez três segundos, então ela abriu e senti meu coração inflar dentro de mim com o seu olhar e me senti apaixonar por ela novamente.
- Está chorando meu amor, não chore. - falei tocando seu roto tentando limpar.
- E se eu quiser o Don, você não vai me querer? - ela disse baixo encarando os meus olhos.
Pensei por alguns segundos, certo do que eu responderia a ela.
- Eu te quero de qualquer jeito Melissa, mas ser ele com você não é fácil, me mata por dentro. Eu amo você Melissa, me deixa tentar fazer você me amar e confiar em mim de novo.
Ela desviou os olhos e mais uma lágrima desceu, toquei seu rosto a limpando.
- Eu preciso de um tempo para pensar. O que aconteceu ontem não foi fácil para mim, a forma que o Don me tratou, como eu saí de lá.
- Melissa eu...
- Me deixa sozinha, eu prometo lhe dar uma resposta amanhã, mas eu preciso de espaço e com você aqui eu não consigo pensar em nada.
- Tudo bem. O espaço e o tempo que você precisar. - claro que não era isso que eu queria, mas eu tinha que dar isso a ela.
Toquei os lábios dela e me sentei no colchão saindo da barraca. Na varanda a Brenda estava sentada com a Zilu e no instante que ela me viu se levantou pegando ela no colo com cara de quem iria aprontar, correu fechando a porta da sala de uma vez.
- Brenda! Não faz isso - tentei correr, mas a única coisa que ouvi foi o som da chave girar e o riso dela do outro lado da porta - Abre essa porta Brenda - forcei a maçaneta tentando abrir.
- Não. Você vai dormir com a Mel ou ai fora ao relento.
- Para de gracinha Brenda. Abre essa porta.
- Não vou abrir e a dos fundos também está trancada.
- Brenda abre, eu não estou brincando.
- O que está acontecendo? - me assustei com a Melissa.
- A Brenda trancou a porta. - falei tentando forçar.
- Você vai acordar todo mundo. - Melissa falou com a voz de pouco amigos.
- Boa noite para você dois - Brenda falou com a voz de que havia vencido.
- Brenda volta aqui. - falei e nenhuma resposta, apenas o som da noite.
- Vamos Estêvão, ela não vai abrir a porta. - Melissa se virou descendo os degraus da varanda e eu a segui.
Uma parte de mim iria dar um beijo na Brenda, a outra ia repreender ela por querer bancar o cupido. Melissa entrou na cabana e se deitou, entrei em seguida fechando a barraca me cobrindo desligando a lanterna, ela se deitou de costas para mim. Como dormir ao lado dela sem a tocar? Isso é castigo.
- Como você consegue ignorar o que seu corpo está pedindo? - falei não suportando essa eletricidade que eu estava sentindo.
- Quem disse que eu consigo? Eu vou sucumbir se você não me tocar.
Busquei seu corpo no escuro deslizando a minha mão pelo colchão, encontrei seu corpo e toquei o tecido de sua blusinha e encontrei seu braço, o acariciei até chegar aos seus dedos roçando o meu polegar, ela se virou para mim e deslizei a minha mão pela sua cintura fazendo o tecido subir e sua pele ficar a mostra, a encontrei e apertei contra a minha mão adentrei-a pelo tecido sentindo suas costas nuas, puxei-a aproximando nossos corpos e isso tinha se tornado um novo descobrir.
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8º Andar (Quando o amor fala mais alto)
ChickLitSequencia do livro 8º ANDAR (O AMOR MORA NO ANDAR DEBAIXO) O que você faria para reconquistar o amor de sua amada? Eu errei com a Melissa, mas depois de todas as minhas burradas acredito que finalmente entendi que o amor não supera tudo. Agora eu t...