Capítulo 16 (Henrique)

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Desculpem o atraso no capítulo, prometo que o de sexta está pontualmente aqui. Espero que curtam o capítulo do Henrique, ele finalmente aparecendo em destaque na nossa história, já não era sem tempo.



Qual o meu nome? Aprendi que isso não é tão importante quando você tem um sorriso largo e branco e um olhar capaz de fazer qualquer mulher se sentir nua mesmo estando vestida. Mas, em todo caso, me chamo Henrique e sou o atual proprietário da boate Cabaré. Quantos anos eu tenho? Minha idade agora não importa muito, gosto de dizer que abri a Cabaré quando eu tinha dezenove anos e vê-la ser o sucesso que é hoje me deixa um tanto orgulhoso.

Sofro de TDAH, fui uma criança um tanto violenta na escola. Por ser motivo de piada constante acabava batendo nos meus coleguinhas que para mim era mais um banto de meninos e meninas idiotas, embora meus pais acreditassem que isso passaria na fase adulta da minha vida e de fato as agressões passaram, contudo, a TDAH não. Acabei aderindo a alguns vícios e entre cigarro, bebida e sexo, eu preferi me viciar ao sexo que não faz mal a saúde e não tem contra indicações.

No entanto, aprendi a lidar com a hiperatividade e o déficit de atenção, tenho muitos alarmes que não me deixam esquecer o que eu tenho que fazer e acabei me habituando a uma disciplina que me deixa ter uma vida comum.

Na minha disciplina existem regras, regras das quais levei para o meu oficio e tento fazer todos os meus funcionários seguir a risca, mas tem aqueles que tentam burlar. Essas regras me deixam com mais controle e me fazem não ter surpresas das quais preciso de muita atenção para resolve, porque depois de cinco minutos meu instinto faz de tudo para eu poder me livrar logo e poder focar em outra coisa.

Uma das regras são os cardápios e os reservados, nada de sexo nos reservados, embora o Caio as vezes teime, mas eu o relevo e como meu primo ele sabe até onde ir. Sim, eu sei do oral que uma senhora fez nele depois de tirar a dentadura e colocar ela dentro da taça de champanhe, de primeira eu tive ânsia de vomito, isso é nojento, mas, eu comprovei a teoria dele, e realmente é muito bom, quase da para ver estrelas.

Caso se interessem pela Cabaré os horários são os mesmo há anos, abrimos as vinte e duas e fechamos entre duas e três da manhã, varia do movimento, as vezes mais tarde, isso das quintas à sábados, as segundas e terças os garotos fixos fazem os eventos em casas noturnas, eventos e despedidas de solteiras, as quartas abrimos mais cedo e fechamos mais cedo também.

O que mais me irrita é que escolho a dedo cada cara, e vem uma mulherzinha sei lá de onde e quase acaba com o meu negócio.

O que? Já cansei de lidar com chiliques de mulheres que se apaixonam por algum dos rapazes e vem dar show na minha boate. Foi ai que aprendi a separá-los, deixando os que realmente sei que não darão problema como fixos e os outros que vão se render aos encantos da primeira que chorar apaixonada como freelancer, vamos dizer assim.

Nunca pensei que o meu faro fosse falhar. Sempre estive certo que o Don um dia seria meu sócio, já que ele me ajuda a gerenciar a Cabaré, no entanto, sou surpreendido por uma morena o fazendo descer totalmente cedo e sem rumo do palco, deixando mulheres gritando por ele e pior, muitas reclamações de senhoras que já haviam pago por um reservado. Tive um prejuízo de quase cinco mil reais naquela noite, não bastando o Don que não voltou e no mês que ele passou trancado dentro do seu apartamento tive um arrombo de mais de cem mil reais, tirando que ele me aparece aqui com uma merreca para pagar parte da dívida dele comigo, já que eu paguei o hospital para ele.

Fiz isso para ele como amigo, o ajudei porque somos uma família, os rapazes são minha família, nem juros eu cobrei, ele propôs que fosse tirado metade do que ele faturava no dia, em alguns meses ele me pagaria tudo, até eu ser surpreendido e sorte que consegui trazer ele a sanidade.

8º Andar (Quando o amor fala mais alto)Onde histórias criam vida. Descubra agora