Olá, gente...... sei que demorei um pouco mais agora retornamos e todo domingo terá capítulo novo aqui e vamos ao final do nosso casal.... esse capítulo está curtinho porque é o final do capítulo 17.....Vamos a leitura....que estamos a meses sem o Estêvão....
─ Eu confio em você Estêvão, mas não vejo saída em lugar algum.
─ Sempre tem uma saída ─ tento passar segurança a Melissa.
─ Eu não vejo nenhuma. Nunca vamos conseguir esse dinheiro, você vai acabar voltando para aquela maldita boate.
─ Não vou voltar para lá.
─ Como pode me garantir isso? Você tem um contrato Estêvão.
─ Eu sei. Mas eu vou pensar em algo.
─ Pensar em que? Oitocentos mil reais é muito dinheiro, nem que a gente venda a nossa alma vamos conseguir juntar essa grana toda.
─ Você não pode ficar alterada assim.
─ E você quer que eu fique como? Eu tenho vinte mil que sobrou do carro, é um começo e eu posso tentar um empréstimo no trabalho, acho que consigo uns cem mil e...
─ Calma, Melissa. Meu amor, respira.
─ Não quero que você volte para lá. Não quero Estêvão.
─ Vou dar um jeito, ainda não sei como, mas eu vou achar uma saída.
─ Não tem saída. Aquele verme miserável do Henrique. Por isso ele disse que você nunca vai sair de lá ─ Melissa levanta do meu colo e anda pela sala. ─ Ele me fez de otária, por isso ele falou que se eu mudasse de ideia não faria o reembolso. Aquele...
─ Não se altere assim ─ me levanto abraçando-a.
─ Ele não tem o direito.
─ Eu sei que é difícil, mas confia em mim, Melissa.
─ Eu confio.
Melissa tentou não transparecer a preocupação, no entanto era nítido a inquietude dela, não nego que eu também estou aflito, conseguir o dinheiro será difícil, mas não volto para a Cabaré.
***
Domingo e Melissa está uma pilha de nervos, passou os últimos dias planejando uma forma legal para contar para os meus pais sobre o bebê e depois de muitas ideias optamos para o mais simples deixar ter uma brecha para o assunto.
Como sempre, combinamos de almoçar com eles e até esse momento em que estamos na mesa ouvindo meu irmão contar sobre a viagem dele Melissa não mencionou nada, só me olha e torce a boca às vezes.
─ Você tem que ir comprar roupas para você meu filho.
─ Sim mãe, já falei com o Estêvão e vou sábado que vem para a capital.
─ Abriu uma loja no shopping e no trabalho falaram que ela está em promoção até o final do mês ─ Melissa diz.
─ Você podia ir comigo Mel.
─ Claro que vou.
─ E você volta quando de viagem? ─ indago curioso.
─ Daqui três meses.
─ Até você voltar já vamos ter certeza sobre o sexo de bebê ─ digo olhando para a minha mãe que no mesmo segundo solta o garfo do prato, desvio o olhar para a Brenda que não se contem em um sorriso gigante e em seguida olho para a Melissa ao meu lado, deslizo a minha mão alcançando a dela.
─ Estamos grávidos ─ ela diz me olhando e sem demora encaramos todos a mesa.
─ Eu vou ser avó?!? ─ Dona Sônia diz se levantando, da a volta na mesa fazendo Melissa se levantar.
─ Sim, a senhora será avó ─ Melissa diz em lágrimas sendo abraçada por minha mãe.
─ E já sabia ─ Brenda diz sentada a mesa e como se nada estivesse acontecendo retorna ao seu prato.
─ Como vocês contam isso assim para a gente ─ meu pai retruca se aproximando de mim me abraçando ─ parabéns meu filho, agora sim você saberá como é bom ter uma família.
─ Não vejo a hora de saber o que é, vamos fazer muitas compras cunhada ─ Ana Clara diz tocando a barriga da Mel ─ titia já ama você.
─ Vocês tratem de me manter informados sobre meu sobrinho ou sobrinha durante toda a minha viagem, vou trazer um presente de cada lugar que eu passar.
─ Senta Mel, você não pode ficar se cansado ─ dona Sônia puxa a cadeira e ajuda a Melissa se sentar e todos voltam aos seus lugares.
─ Calma gente, gravidez não é doença e a doutora Darah disse que está tudo bem.
─ Um brinde a essa criança que trará muita paz, alegria e virá com muita saúde.
Levantamos os copos de suco e brindamos. O almoço segue mais eufórico e a viagem do Ricardo é deixada de lado e o novo membro da família se torna o assunto principal. Planos sobre quartinho, nomes, sobre Brenda querer se mudar para lá para poder ajudar a cuidar depois que chegar da escola, mamãe querer ir na próxima consulta, sobre o bebê não poder usar amarelo nas primeiras semanas e muitas outras coisas que eu não me lembro.
─ É um perigo Melissa grávida nessa moto meu filho ─ Dona Sônia diz quando estendo o capacete da Melissa para ela.
─ Eu vou devagar, mãe. Não se preocupe.
─ O problema não é você e sim os outros motoristas. Você tem que providenciar um carro, quando essa criança nascer não vai poder andar com ela nessa moto. Um Fusca é melhor que essa coisa.
─ Vou providenciar um Fusca dona Sônia ─ digo e lhe dou um beijo na testa.
─ Obrigada pelo almoço dona Sônia ─ Melissa se aproxima e novamente é abraçada pela minha mãe.
─ Obrigada você poder não desistir do meu menino ─ ela sussurra, contudo consigo ouvir. ─ Vocês tratem de vir sempre agora.
─ Pode deixar.
A preocupação da minha mãe poderia ser um pouco exagerada, mas isso acabou me dando uma ideia.
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8º Andar (Quando o amor fala mais alto)
Chick-LitSequencia do livro 8º ANDAR (O AMOR MORA NO ANDAR DEBAIXO) O que você faria para reconquistar o amor de sua amada? Eu errei com a Melissa, mas depois de todas as minhas burradas acredito que finalmente entendi que o amor não supera tudo. Agora eu t...