Capítulo 8 (Estêvão/Mel)

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Aviso para entenderem a leitura: o capítulo está sendo narrado pelo Estêvão e a Mel "simultaneamente", parece confuso, mas não é....espero que gostem....






Quantos palavrões se passam na minha cabeça? Faço um dicionário com eles. Respiro enquanto caminho apressada sem uma direção certa ainda, tento refazer a cena que acabo de ver na minha cabeça, tem uma explicação, tem que ter. O Estêvão não passou à tarde comigo para fazer isso, ainda mais no quarto perto do nosso com a porta entre aberta, ele faz as coisas sem pensar, mas burro a esse tanto sei que ele não é.

Minha vontade é de matar os dois, ele sendo culpado ou inocente. Por azar eu não sou como ele que faz as coisas sem pensar direito e antes de fazer alguma besteira, me afasto e o mais longe que chego é na escada.

Sinto o movimento atrás de mim, incrível como sei que é o Estêvão sem nem ao menos ter me virado, me sinto diferente quando ele está presente. O ouço e pela primeira (vez depois que o vi na Cabaré) acredito nele.

Me levanto me sentindo queimar de ódio da platinada. Ele está atrás de mim como uma sombra, se tentar me impedir eu juro que ele vai sofrer tudo que está se passando pela minha cabeça, cadeira elétrica vai ser fichinha perto das formas de tortura que está se passando aqui dentro.

- Não é o que está pensando. – ouvi a voz da Cobrabella.

- Calma garota, o Don vai resolver. – Marcelo está ao lado dela na cama. Meu sangue subiu ainda mais o vendo adular essa garota.

- Quando foi que viu o Ricardo beijar a Suellen? – digo entrando no quarto me segurando para não dar na fusa dela.

- Melissa eu posso te explicar. – ela disse arregalando os olhos.

- Responde o que eu te perguntei garota. – quase grito, sinto a mão do Estêvão me tocar, mas eu não me movo do lugar.

- Não sei, há uns quinze minutos atrás, vinte, não sei. Eu não olhei no relógio para saber. – fala debochando.

- Em que lugar eles estavam?

- Perto dos fogos de artificio.

- Marcelo, Estêvão, nos deem licença. – falo andando até a porta.

Marcelo me olha antes de levantar, Estêvão tocou o ombro dele e os dois andaram.

- Vou estar aqui na porta. – Estêvão me diz como se fosse que ia gritar por socorro e ajuda.

Eles passam pela porta que eu fecho e trancando.

- Melissa...

- Cala a sua boca – digo em um tom rude, consigo controlar a minha vontade de gritar – Nada do que você falar vai ser verdade.

- Mais é a verdade.

- Sério que essa sua cabeça só teve essa ideia como a melhor? Nada mais criativo? – digo me aproximando da penteadeira do quarto.

- Eu não estou mentindo, o Ricardo estava sim pegando a Suellen.

- Mesmo? – abro a caixa de joias dela e vejo seus anéis, aqueles bem grandes e exagerados.

- Mesmo. – diz sínica.

- Você devia ter combinado com a sua prima isso. – tiro alguns para fora.

- Do que está falando? O que estou dizendo é verdade.

- E eu devo ter cara de trouxa para você pensar que eu ia acreditar isso. – coloquei três anéis dela.

8º Andar (Quando o amor fala mais alto)Onde histórias criam vida. Descubra agora