8º Andar (Quando o amor fala mais alto)

Capítulo 13 (parte 1)

Oi leitoras e leitores, desculpa o sumiço semana passada, mas estou passando por algumas coisas e meu tempo está corrido. Sinto muito mesmo por não ter conseguido publicar semana passada. Bem antes de vocês começarem a ler a primeira parte do capítulo 13 um aviso que semana que não teremos capítulo novamente, e desta vez já estou avisando vocês. Eu vou acompanhar uma pessoa da minha família em uma cirurgia e vou ser a companhia de hospital dela. Vou aproveitar para adiantar alguns capítulos e na próxima semana publicar bônus para vocês para reparar a falta da semana passada sem capítulo e da próxima semana também. Obrigada pelas mensagens de preocupação, esse carinho me alegra o coração e me faz saber que meu trabalho é reconhecido por vocês. 

Encostei na parede do elevador enquanto ele descia, me senti preso e sem ar, aquele minúsculo espaço estava levando minhas últimas forças. Talvez eu devesse voltar e conversar com ela, porém, não consigo raciocinar direito, tudo parece girar e não fazer sentindo.

Era mais fácil eu ter escondido dela isso ao invés dela esconder de mim algo tão importante, não é como não contar que se atrasou para o trabalho ou que furou o sinal vermelho, é um filho, um ser que vai fazer parte da minha vida até mesmo quando eu não estiver mais aqui.

Ter ele não significar estarmos juntos, porque estando ou não ele ainda sim vai existir e vai ser meu filho. Sinto meu sangue ferver só de imaginar que Melissa pode ter pensando em tirar isso de mim.

Não consigo compreender como ela pode ter ido tão longe, quase três meses e esse tempo ela olhava nos meus olhos, conversava comigo e conseguia não me contar isso. Não é possível que ela ainda esteja se vingando de mim depois de tudo que já aconteceu.

Achei que essa droga de vingança havia acabado no momento que ela passou pelo portão na casa dos meus pais no dia do natal. Mas não, pelo visto ela ainda está fazendo de toda oportunidade que tem um motivo para se vingar de mim, se vingar por eu ter mentido.

Como se todas as coisas fossem fáceis de se explicar. Entretanto, sei que não existe explicação alguma para o que Melissa fez. Sei que não tenho direito de exigir nada dela diante de todo o tempo que estive com ela escondendo meu trabalho, contudo, se vocês raciocinarem da mesma forma que eu estou a raciocinar agora, as circunstâncias são outras. Antes, as únicas vidas envolvidas era a dela e a minha, porém, agora existe uma terceira vida.

Caramba!!!! Uma terceira vida, fruto do meu amor por Melissa e do dela por mim.

- Eu preciso parar. – digo alto para eu mesmo, olho ao redor e não sei como, então não briguem comigo, me encontro a dois quarteirões da Cabaré.

Como tomei essa direção? Não sei, não faço a mínima ideia do porque vim parar essa direção. Eu só queria sair e respirar, olhar Melissa estava me deixando sufocado, apesar de tudo eu não viria para cá. Contudo, esse é o lugar mais próximo que tenho e sei que do jeito que estou não vou conseguir pilotar por muito tempo.

Paro a moto no estacionamento de trás, na vaga de sempre. Junto com a chave da Charlene tenho a da porta dos fundos da Cabaré e agora a chave do apartamento da Melissa. Olho-a por um tempo, o chaveiro que ela me deu está junto.

"─ O que está fazendo? – me olhou quando tranquei o apartamento dela e peguei a chave da Charlene no aparador – Vai aonde essa hora?

─ Lugar algum, só colocado à chave da minha casa aqui. – murmurei sem olhá-la. Tirei a chave do apartamento que agora tem meia dúzia de coisas minhas e substitui pela minha nova chave."

Peguei a chave da Cabaré isolando o meu pensamento, tentando afastá-lo de mim. Tantos planos feitos há horas atrás e agora eu simplesmente me encontro em um abismo profundo.