•Victoria•
Domingo, 01:00AM
São uma da manhã e eu estou sem sono, nesse momento estou na minha cozinha fazendo um chá pra tentar dormir.
Pego uma xícara e despejo o chá dentro dela, quando eu ia caminhar de volta para o meu quarto, vejo a maçaneta da minha porta girando.
Meu coração começou a disparar... De novo, está acontecendo de novo...
A porta é aberta bruscamente revelando um homem mascarado e a mão armada, o mesmo homem...
Eu paralisei no lugar, não consegui me mexer, eu entrei em estado de choque. Ele fechou a porta atrás de si e olhou em minha direção me notando na cozinha, o mesmo apontou a arma pra mim e caminhou na minha direção com passos rápidos.
O medo me atingiu com força, a xícara que estava na minha mão caiu se estilhaçando no chão. Minhas pernas tremeram, minha respiração ficou pesada e logo sinto meus olhos queimarem.
—Por favor... Pegue o que você quiser, mas não me machuque...— Choro desesperada, embora eu sei que ele não veio roubar nada, mas também não sei porquê ele veio.
Dou passos para trás, mas vejo que isso faz ele avançar ainda mais em minha direção, então eu paro e ele também para, mantendo uma distância favorável, mas ele ainda aponta a arma pra mim.
Levanto minhas mãos em rendição, e levo meu olhar para o único ponto visível de sua face... Os olhos.
Aqueles olhos...
Aqueles olhos da pessoa que um dia eu amei, ou que eu pensei amar, aqueles olhos que me levou do céu ao inferno em pouco tempo...
—Paulo?— Um sussurro saiu dos meus lábios junto com um tremor. Vejo as pupilas dele se dilatarem ao me ouvir pronunciar o nome.— Não, não é você...
Ele segurou na barra da máscara e puxou a mesma revelando seu rosto, Paulo estava em minha frente com o rosto avermelhado e cabelos bagunçados.
—Abaixa a arma, Paulo!— Digo com a voz falhando e gesticulando com as mãos para ele abaixar.
—Está com medo de mim?—Ele perguntou com a voz estranha. Mesmo com aquela pequena distância consigo sentir o cheiro do álcool queimando as minhas narinas.
Engulo seco e me forço a não recuar quando ele dá um passo pra frente. Abro a boca pra responder, mas minha voz não sai, então balanço a cabeça negativamente.
Ele baixou a arma segurando ela na lateral do corpo, ele se aproximou de mim ficando a centímetros de distância, fechei meus olhos o apertando com força.
O medo me envolveu em um nível absurdo, as lágrimas misturadas com os soluços saem em desespero. Escuto um clique próximo ao meu ouvido e então abro os olhos vendo que a arma está na minha têmpora, destravada.
—Por que está fazendo isso, Paulo? Para com isso, você não quer fazer isso...—Minha voz sai chorosa e embargada.
—Você me largou igual um pedaço de bosta...—Ele falou com a voz grossa e bruta.
E você me traiu como se eu fosse um pedaço de bosta.
—Eu te amava e o que foi que você fez? Me deu um pé na bunda e ainda por cima ficou com meu amigo!— Ele falou com o maxilar travado.
Engulo o bolo que se formou na minha garganta e digo:— Você me traiu, você sempre soube o quanto eu abominava esse feito, e mesmo assim fez, fez com consciência, estava ciente das consequências e mesmo assim fez!—Falo firme. Eu não devia falar dessa forma com um cara apontando a arma pra mim, mas eu simplesmente não consegui segurar.
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o AMOR de um CEO
Любовные романыA vida da Victoria nem sempre foi fácil, ela teve que lutar bastante para conquistar o pouco que tem. O amor pela dança foi o motivo dela se mudar para São Paulo em busca de oportunidades, mas nem sempre as coisas são como queremos... Victoria é uma...