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Victoria

Miguel e eu nos estranhamos nos dois primeiros dias da semana, ficamos de cara virada um para o outro, mas do nada, como se nada tivesse acontecido nós voltamos a nos falar tranquilamente.

É de madrugada e eu estou sentindo uma enorme sensação ruim no meu peito. Minha mãe me mandou mensagem perguntando se estava tudo bem comigo a minutos atrás, segundo ela também estava com uma sensação ruim.

Rolei pela cama tentando encontrar uma posição boa para dormir, mas não consigo.

Um grande motivo de eu não estar conseguindo dormir se chama: Miguel.

Eu não sei o quê está acontecendo, sempre, automaticamente, sem querer eu penso nele, penso na nossa noite no motel e do beijo dele no hotel no Rio.

Lembro dos lábios dele passando pelo meu pescoço e um arrepio me percorre.

Mas ele é um poço de confusão, nós ficamos no rio e ele deixou claro que não era pra ter acontecido e que não iria acontecer novamente, aí do nada, ele começa a fazer draminha, me arrisco até a dizer que ele estava mesmo sentindo ciúmes... Eu hein, vai entender...

O que me deixa irritada, é que eu não sei o que está rolando entre ele e a Ayla, não sei se eles estão ficando sério ou se é amizade com benefícios...

Suspiro virando de barriga pra cima e encaro o teto. Meu peito apertou como se algo ruim fosse acontecer...

E aconteceu.

A porta do meu quarto é aberta bruscamente e uma pessoa mascarada invade o meu quarto. É um homem, ele usa uma máscara preta deixando apenas os olhos amostra.

Não consegui raciocinar direito e o cara já estava em cima de mim, comecei a gritar e a me debater, mas ele colocou sua mão que estava com uma luva também preta na minha boca me impedindo de gritar.

Meus olhos estão arregalados, meu coração a mil e um forte desespero me atingiu.

Me debato ainda mais, mas o peso dele está todo em cima de mim. O mesmo tira a mão da minha boca e então aperta meus pulsos com força me prensando na cama.

Sinto meus pulsos doerem pelo forte aperto, sinto que ele vai partir meus ossos com o tanto de força que utiliza.

Mas logo começo a gritar por socorro, ele solta um dos meus braços e coloca a mão na minha boca novamente. Ligeiramente ele tira uma pistola da cintura e se eu já estava desesperada, imagina agora.

Balanço a cabeça em negação e minhas lágrimas rolam desesperadamente.

Meu coração parece que vai sair pela boca, minhas lágrimas rolam como cachoeiras embaçando minha visão. Ele apontou a arma para a minha cabeça, e um grito saiu dos meus lábios, mas foi abafado com a mão dele sobre a minha boca.

O mesmo sentado sobre mim, me mantendo presa na cama, não se move, não fala nada, ele apenas me encara dentro dos olhos, eu não consigo manter contato com ele, sinto que estou tendo um colapso nervoso.

Soluços contínuos saem da minha garganta, minha cabeça começou a doer, meu corpo inteiro treme, nunca senti isso na minha vida.

o AMOR de um CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora