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Victoria•

Dia seguinte, 8:40 AM

Liguei para o número que o Miguel me ligou no dia em que ele estava com o Théo. Chamou, chamou, mas ele não atendeu.

Perguntei para a Bru se ela ainda estava na casa da Tereza e ela respondeu que sim, todos haviam passado a noite lá, já eu havia passado a noite no hospital tentando resolver as coisas. Perguntei a Bru sobre o Miguel e ela me informou que ele saiu de casa sem ninguém ver e estão procurando por ele.

Eu havia chegado em casa a pouco tempo, caminho até a janela e olho para a casa da frente, me pergunto se o Miguel poderia estar lá.

Preciso falar com ele urgente...

Saio de casa e atravesso a rua, bato na porta da sua casa freneticamente. Eu só cheguei em casa a uns vinte à trinta minutos, o suficiente para tomar banho e ir falar com o Miguel.

-Miguel, sou eu a Vic!!!- Falei, quem sabe assim ele atende.- Preciso muito falar com você, é de extrema urgência!!

Nada.

Quando penso em desistir, a porta se abriu revelando sua feição abatida.-Eu quero ficar sozinho, ruivinha!- Falou baixinho.

-Tenho certeza que você vai querer ouvir o que eu tenho a dizer!- Falei e entrei dentro da casa dele sem permissão mesmo.

Ele fechou a porta e caminhou até a sala onde eu estava, sentamos no sofá e ele me olhou tristonho, esse olhar é de partir o coração.

-O que houve?- Perguntou ainda com a voz baixa.

Coloquei minhas mãos sobre as suas.- Eu passei a noite no hospital tentando resolver a liberação do corpo, com a funerária e muito mais...

Ele abaixou a cabeça e mordeu o lábio com força tentando conter as lágrimas

-E?- Perguntou com a voz falha.

-Tem alguma coisa errada, Miguel!- Falei de uma vez e ele levantou o olhar pra mim confuso.

-Como assim?

-Ontem desde que eu saí do doce lar e fui para o hospital, eu tenho tentado de tudo para falar com os responsáveis de lá, mas parecia que eu era invisível... Me colocavam em espera e o caralho a quatro, eu passei o dia e a noite tentando, mas hoje antes de eu vir pra casa aconteceu uma coisa...

(Horas atrás no hospital)

"Como assim o corpo já foi liberado?- Perguntei para o médico que finalmente depois de quase vinte quatro horas veio me atender.- Quem assinou a liberação?

-Foi a Íris, dona do doce lar!

-Mmm... Entendi...

-Desculpe mas agora tenho que ir, o hospital está cheio!- Falou antes que eu pudesse perguntar mais alguma coisa e se retirou.

Desconfiada e ainda com muitas dúvidas, peguei meu celular e fui nos contatos buscar o número da Íris, liguei para a mesma e esperei ela atender.

-Alô? Victoria?- A voz dela não está das melhores, obviamente por conta da Talia.

-Íris, me responda uma coisa... Você assinou a liberação do corpo da Talia?- Na mesma hora que fiz essa pergunta senti algo estranho dentro de mim.

-O quê? Não... Nem sequer entraram em contato comigo ainda!- Ela falou fungando.

Travei a mandíbula e respirei fundo.- Ok, obrigada!

o AMOR de um CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora