o AMOR de um CEO

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•Victoria•

Hoje é sexta feira e recebo meu primeiro salário trabalhando na escola de dança.

Vou fazer as contas e talvez eu conseguirei arrumar a Jully e juntando com algumas economias eu conseguirei pagar o aluguel.

Mas em compensação vai faltar o dinheiro da energia e da água... Droga!

Mesmo com esses dois empregos, ainda não consigo me sustentar sem passar aperto.

Eu resolvi passar o dia entregando currículos novamente, só parei para almoçar. Por volta das quatro horas eu voltei pra casa, tomei banho e já fui direto para o ponto de ônibus.

Meu pai me ligou e no mesmo instante eu atendi.

—Oi pai, bença?!

—Deus te abençoe, como estão as coisas?

—Ah, seu Rogério, está bem...

—Você não me passou credibilidade, filha!—Ele diz desconfiado.

—Está bem, eu agora estou indo para a escola de dança que eu te falei...

—Mas tem algo errado ainda, eu te conheço, Vic...

—É só o dinheiro que não está compensando, mesmo com dois empregos as coisas continuam difíceis!

—Quer que eu te mande um dinheirinho, não é muito, mas eu posso ajudar, a sua mãe com a venda de bolos tem conseguido um dinheiro bom pra conseguir ajudar!

—Não, pai! Não precisa, não esquenta a cabeça com isso, semana que vem já consigo outro emprego, pode apostar!

—Você vai ficar com três empregos? Sobrecarregada, Vic?

—Que nada, eu gosto!— Minto, óbvio que vai ser difícil conciliar tudo, mas eu não posso continuar vivendo financeiramente dessa forma.

—Uhum... A sua mãe mandou um beijo, ela está atendendo vários clientes!

—Diga a dona Luana que eu mandei mil milhões de beijos e que eu estou com saudades!— Digo sorrindo.— Que bom que está dando certo a venda de bolos, um dia eu ainda vou dar um restaurante pra ela, pode anotar e também irei abrir uma oficina só sua, seu Rogério!

—Vamos sonhar, que pelo menos sonhar não paga!

—Pelo jeito que as coisas estão, já já temos que pagar pra isso também.

—As coisas estão difíceis, mas tenho fé que a de melhorar. Bom, vou desligar, beijo filhota!

—Beijo, pai!

Desligo a chamada e coloco o celular no bolso, ele ainda está com a tela quebrada, não tenho como arrumar ele agora, mas não tem problema, ele ainda funciona bem.

[...]

A aula hoje foi bem tranquila, e as meninas estão progredindo muitíssimo bem.

Novamente o Miguel veio buscar a Marina, ele devia vir sempre buscar ela, até porque ele veio quase a semana inteira.

—Irmão, você está com febre?— Marina pergunta para ele que havia acabado de entrar na sala.

As meninas foram saindo e restou só nós três.

—Por quê?— Ele perguntou para a irmã.

—Você nunca vinha me buscar, eu tinha que implorar pra você vir e agora você vem quase todos os dias me buscar, que bicho te mordeu?