o AMOR de um CEO

•23•

•Victoria•

Cheguei na minha casa com uma insegurança que não tem tamanho, a primeira coisa que eu fiz foi colocar o sofá em frente a porta.

Tomei banho, fiz minha janta, jantei e logo fui tentar dormir. O cheiro do Miguel está por toda minha cama, agarro meu travesseiro e cheiro o mesmo.

O que você pensa que está fazendo, Victoria?

Ele não te quer e ainda por cima está de rolo com outra pessoa, deixa de ser idiota.- Me auto repreendo.

Ali, cheirando o travesseiro eu adormeço.

[...]

Decidi seguir as dicas da Bruna.

Ok, eu não sou o tipo de pessoa que sai por aí ficando com vários, eu gosto de ficar de romance, de amorzinho, mas... Do quê adianta eu querer ficar de amorzinho com alguém e esse alguém meter um par de chifres na minha cabeça?

Decidi ativar o modo Bruna e ficar com alguns homens sem me envolver, eu tenho conversado com quatro, encontrei dois semana passada, mas não chegamos a ficar, só nos esbarramos por acaso.

Três me fizeram perder o interesse, pois eles me lembraram alguns dos meus ex com as conversinhas patéticas, mal sabem eles que eu já levei esse golpe muitas vezes e não irei cair tão fácil assim.

Era um tal de...

“Eu sou diferente de todos que você já conheceu”

Sumia por um tempão e do nada falava: “Estava sem internet” ele online o tempo todo.

“Sou homem, não moleque”

A Bruna pediu para eu fingir cair no golpe e dar o golpe no golpista, mas como sou coração mole, dei logo um pé na bunda antes de me apaixonar.

O único que tem sido de boa até agora é o André, ele me convidou pra sair esse final de semana e como eu não tenho nada a perder, eu irei.

Nesse momento estou na minha mesa trabalhando quando a Ayla sai do elevador e faz menção em passar direto por mim e entrar na sala do Miguel.

Pipipipi, piranha detectada.

—Opa, Srta. Ayla o sr. Miguel não permite que ninguém entre na sala dele sem eu lhe informar antes!— Digo entrando na frente dela.

—Sai da minha frente, menina!— Ela diz com grosseria.

—Só estou fazendo meu trabalho, se quiser entrar na sala do chefe terá que esperar eu lhe informar, mas caso contrário dê meia volta!—Digo sem me abalar com a sua grosseria.

—Sai.da.minha.frente!— Ela rosna pra mim.

Escuto a porta atrás de mim ser aberta.— O que está acontecendo aqui?

—Miguelito, não sabia que você estava contratando crianças para trabalharem para você!—Ela diz e eu sinto o ódio crescendo dentro de mim.

Essa mulher desperta o pior de mim, puta que pariu.

—O que aconteceu aqui, Victoria?—Ele me pergunta ignorando ela.

—Ela chegou e queria passar direto para a sua sala, mas eu impedi da forma que o senhor ordenou quando alguém tentasse entrar sem pedir permissão!

Ela passa por mim se aproximando do Miguel.— Miguelito, explica pra ela que minha entrada é liberada!— Ela beija o rosto dele e limpa o resquício do batom que ficou ali.

—Ninguém tem a entrada liberada, Ayla. Todos que quiserem falar comigo terão que ser informados por minha secretária antes!

Caminho de volta para a minha mesa e sento na cadeira atrás dela.