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•Victoria•

Ele segura meu braço, logo o de trás vem e segura no outro. Então eles começam a me arrastar para fora do meu apartamento.

—Mas o que é isso? Por que estão fazendo isso???

Antes de sairmos do meu andar, olho para trás e vejo os outros dois policiais entrarem na minha casa.

Eles não me responderam. Os mesmos me colocaram no banco de trás da viatura, eles estavam me tratando como se eu fosse a assassina mais procurada do mundo... Misericórdia.

Logo os outros dois policiais retornam e eu vejo um deles voltar com minha bolsa, a que eu levei para a casa do Miguel com minha troca de roupa. Eles entram na viatura e seguimos para a delegacia.

Me encolho no banco de trás. Vejo meu olhar assustado pelo reflexo no retrovisor e a insegurança me toma. Estou rodeada de policiais, quatro homens na viatura só eu de mulher...

Não, não... Por favor que não seja nenhuma armadilha... Será que eles estão me sequestrando? Vão abusar de mim? Me afasto um pouco no banco me encolhendo mais ainda.

A atenção dos policiais são voltadas pra mim e eu me sinto extremamente vulnerável.

“Volte aqui, vamos te ensinar como funciona a lei”—O policial diz tentando me alcançar enquanto eu corria pela avenida pedindo socorro.

“Com essa roupa você queria o quê? É direito seu ficar calada, ninguém mandou ser abusada e sair com essa roupa colada!”— Outro falou. Eu estava apenas voltando da aula de dança...

Sinto meus olhos queimarem com essas lembranças, a viatura passa por um buraco e sinto o joelho do policial tocar o meu, me fazendo voltar para o momento atual. Meus pensamentos me traíram, logo comecei a imaginar mil jeitos de fugir, agredir ou até mesmo matar eles caso os mesmos ousem fazer algo comigo.

Quando chegamos na delegacia, eles me levaram para uma sala de interrogatório e eu estou quase infartando sem saber o que está acontecendo.

Em nenhum momento eles me algemaram, o que foi bom por certo lado. Eu não entendo o porquê estou sendo presa, será que eles me confundiram? Só pode!

Fico sozinha naquela sala fechada onde só tem um espelho grande na parede, uma mesa e duas cadeiras. Eu sei que ali naquele espelho há alguém me vigiando.

Estou sentada na cadeira abraçando meu próprio corpo esperando alguém aparecer e me explicar o que está acontecendo.

Um homem entra na sala e logo me mostra o distintivo, ele é o delegado.

—Senhorita... Victoria Amaral!— Ele diz lendo a ficha.— Vinte anos, acusada de roubo, nenhum antecedente criminal... Até então, não é?!

Meu cérebro parece engasgar, eu travo completamente confusa ao ouvir “acusada de roubo.”

—Calma, acusada de roubo?

—Exatamente, está surpresa que foi descoberta, Victoria?

Nego várias vezes com a cabeça.— Não, eu não fiz nada, só pode ser um engano!

—Resposta errada!— Ele diz sentando em minha frente.— Sabe menina, todos os dias escutamos essa mesma frase “Só pode ser um engano” e nunca é um engano.

—Mas...

—Então por que você não começa a falar?— Ele me interrompe.

—Eu não fiz nada, eu juro!!

—Tão clichê!— Ele diz cansado daquela “ladainha.”—Olha só o que temos aqui...— Ele tira uma joia incrustada de diamantes de uma bolsa... Minha bolsa.— É sua bolsa não é?

o AMOR de um CEOOnde histórias criam vida. Descubra agora