O local era chique. Mas nem por isso me senti tão deslocada. A moda na Coreia podia ser oito ou oitenta. Mas a verdade é que eu estava com muito pouca pele à mostra. As meninas do local usavam aqueles vestidos curtos, ou saias que deixavam suas pernas magras e brancas à mostra. Eu havia ido ao bar com um macacão preto, mais folgadinho tipo saruel acima dos tornozelos bota e blazer.
Mas pra aquele ambiente, aparentemente, eu não estava condizente. E toda minha roupa agora me fez ficar com um pouco de calor.
CL – Wo, ficou quente de repente.
SH – Tira o blazer.
CL – De jeito nenhum, é o que me deixa mais chiquezinha. Você me trouxe pra uma das boates mais caras de Seul.
Ele apenas olhou pra mim rindo.
SH – Mas e agora o que você quer fazer?
CL – Traz uma cerveja pra mim? – Ele ergueu as sobrancelhas. – Preciso esfriar um pouquinho.
Ele fez ok com a cabeça e se virou. Eu fiquei sentada em uma mesa alta, com bancos altos. De início olhei o local. Tinha uma arquitetura bonita. As luzes eram incríveis, e tinha um mezanino não pude deixar de notar. Mas assim que bati o olho lá em cima, reconheci uma pessoa que definitivamente não queria. Yeonwoo e Jin.
Eu logo baixei o rosto. Mesmo que fosse muito difícil deles me verem com aquelas luzes e o negro predominando, mas eu realmente não queria problemas.
Mas claro, uma garota sozinha numa mesa de boate, fazendo nada acaba chamando certa atenção. E um garoto veio até mim.
– Ai bonitinha, está sozinha? – Não tinha como estar mais bêbado.
CL – Não, pra falar a verdade.
– Estranho – Ele se virou. – Não vejo ninguém te acompanhando.
CL – Se for no bar é bem provável que o encontre.
– Está com algum barman? – Ele riu e veio mais em cima de mim, eu só coloquei as duas mãos em cima dele pra que não ultrapassasse os limites.
CL – Não deveria chegar tão perto assim.
– Ah, bonitinha, deixa de marra...
Então uma mão com cerveja, ficou entre mim e o garoto. Feliz fiquei em ver que era do Sehun. O garoto andou pra trás com o susto.
– Ei, eu vi primeiro! – Disse ele todo cheio de si. Mas Sehun estava com o rosto divertido de quase nunca. Eu peguei a cerveja que ele estava me entregando, e após isso o vi se virar pro garoto.
SH – Na verdade, eu a vi primeiro. – Ele disse simples. Mas mesmo assim eu fiquei tensa. – Mas se ela tivesse me dito não, eu teria entendido o recado.
– Ela não me disse não!
CL – Eu disse que não estava sozinha. – Eu puxei Sehun pelo braço até ele parar em meu lado exatamente. – Se quiser se juntar à nós dois, pode sentar.
Eu senti por cima de mim, Sehun enrugar a testa em dúvida. Mas o cara simplesmente fez sinal de negativo e saiu.
SH – Você tem métodos estranhos pra lidar com bêbados.
CL – Relaxa, só não quero chamar atenção. – Eu abri a garrafa com a mão antes mesmo de Sehun pedir pra fazer. Depois apontei com a garrafa pro mezanino – Tem gente da Namu aqui.
Sehun olhou pra cima. Ficou um minuto olhando.
SH – Quer ir embora?
CL – Não. Quebro brindar e tomar logo essa cerveja. – Ele apontou a garrafa dele pra frente e depois que elas se bateram tomamos um longo gole.
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Uma Irmandade Entre Nós
General FictionClara é uma estudante de design brasileira, que mora em Seul e que apesar de ser bilionária, vive de forma anônima e sem badalações. Quando começa a se relacionar com Jeon Jungkook, um estudante de medicina e membro de uma perigosa Irmandade Univer...