Jungkook fazia sinal de positivo com a cabeça olhando pro simpático ex oficial do exército coreano.
CL – Já chega de tentar arrumar pretendentes pra mim major.
MIN – Mas ele parece ser um menino bom.
CL – Eu pareço ser uma pessoa boa, mas vou obrigar o senhor a comer tudo que tiver no prato logo em breve quando servirmos o almoço.
O Major olhou pra mim com raiva e cruzou os braços.
CL – O que você está fazendo aqui?
JK – Você me disse pra vir um dia – como se aquilo fosse uma resposta. – Eu trouxe o violão, e quando eles viram pediram pra eu tocar alguma coisa.
CL – Não sabia que você tocava violão e cantava. – Pra que eu me importo?
JK – Tem muita coisa sobre mim que você não sabe.
CL – Pois é. – Eu nem me dei ao trabalho de olhar pra ele, me virei e comecei a andar.
MIN – Ela é brava. Mas se conversar com ela direitinho ela te dá doce.
CL – EU OUVI ISSO MAJOR!
Jungkook veio andando atrás de mim. Teve que apressar o passo pra ficar ao meu lado.
JK – Você não está feliz em me ver aqui?
CL – É sempre bom ter um voluntário a mais. Toda ajuda é bem vinda.
JK – E eu estou feliz em vir.
CL – Isso é ótimo.
JK – Clara. – Ele pegou em meu braço me fazendo parar e virar pra ele. – Eu vim porque eu quis.
CL – Eu imagino que sim. Duvido muito que algum daqueles seus amiguinhos tenham te incentivado a fazer isso.
Ele olhou sério pra mim. Eu sei bem o que estava passando na cabeça dele. Mas eram diálogos que não cabiam de se ter naquele momento.
CL – Você cozinha?
JK – O básico!
CL – Então pode vir. Temos muito trabalho a fazer. E você pode ser útil. Cortando cebolas.
O almoço ficou pronto e Jungkook de muito bom grado nos ajudou a dar de comer à todos. Era um abrigo consideravelmente grande. Tinham cerca de 50 idosos.
Quando viemos terminar de alimentar todos, já eram quase 14 horas. Depois disso, alguns gostavam de tirar uma sonequinha. E é sempre nessa hora que eu conseguia relaxar um pouquinho. Sempre coisa de meia hora até eles começarem a pedir coisas pra fazer, mas então eu ia até o pátio, colocava uma toalha na grama debaixo de um enorme guarda-sol, e deitava.
Jungkook apareceu quando eu estava olhando o balançar das bordas do tecido no guarda-sol e sem falar nada ele se sentou ao meu lado.
JK – Isso aqui é realmente bem relaxante.
CL – Não gosto de perder um único domingo. – Falei preguiçosamente. – É quando me sinto verdadeiramente feliz.
JK – Eu posso ficar vindo?
CL – Qualquer um pode vir Jungkook. É só avisar com antecedência.
JK – Já deixei meu nome na lista.
CL – Achei que você tinha plantão aos domingos.
JK – Pedi pra trocar.
CL – Porque?
JK – Porque decidi fazer meus domingos serem sagrados também.
Eu apenas ri. Passei tanto tempo dizendo a ele que ele precisava escolher um dia pra relaxar que parecia até mentira.
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Uma Irmandade Entre Nós
Ficción GeneralClara é uma estudante de design brasileira, que mora em Seul e que apesar de ser bilionária, vive de forma anônima e sem badalações. Quando começa a se relacionar com Jeon Jungkook, um estudante de medicina e membro de uma perigosa Irmandade Univer...