CLARA
Eu literalmente, passei os próximos 3 dias indo do alojamento pras aulas, e das aulas pro alojamento. Depois do ocorrido com o Namjoon, até de boné eu andava. Não que fizesse muita diferença, mas de certa forma ajudava. Aqui ninguém costumava dar muita atenção a ninguém mesmo.
Nem me importei de avisar ao meu pai que estava me sentindo ameaçada.
Mas eu realmente estava assustada. A própria Sunny quando ficou sabendo, ficou tão enfurecida que me falou pra avisar a ela qualquer coisa que acontecesse. Ela quem ia buscar livros pra eu estudar na biblioteca junto com a Amber.
E no meio dessa confusão toda, eu não havia tido sinal nem do Jungkook e nem do Sehun. Minha cabeça estava totalmente voltada pros estudos. E de fato eu estava tão compenetrada que nem comia direito. O que me causou um belo mal estar no sábado.
A náusea, deu lugar à uma enorme dor de cabeça e no fim das contas eu nem conseguia ficar sentada. Amber quem me levou à emergência do hospital universitário.
Diagnóstico? Crise de Stress.
O que me obrigou a ficar algum tempo pelo hospital, tomando uma bolsa de soro.
AM – Eu vou na lanchonete, preciso tomar uma coca cola. Já venho!
Eu fechei meus olhos e me peguei pensando sem querer, em como o Sehun havia sido prestativo comigo fazia alguns dias e eu nem tinha dado atenção à ele, após isso. Mas Amber e a própria Sunny me diziam, que em época de prova ele se fecha pro mundo e raramente é visto além das aulas. Então achei melhor esperar.
Foi quando escutei o barulho da cortina que me separava da cadeira ao lado se mover e quando abri, dei de cara com alguém que não estava esperando embora quisesse muito ver.
Jungkook de bata com uma prancheta na mão, me olhando visivelmente preocupado. Eu realmente estava tão ansiosa por qualquer notícia dele. Mas além do soro eu estava ligeiramente sendo dopada pra me acalmar mais então mal consegui brincar.
CL – Ah olha só. Apareceu a margarida!
Ele deixou a prancheta em cima de um balcão e começou a mexer em alguma coisa no soro acima de nossas cabeças. Embora estivesse grogue eu não conseguia pensar em outra coisa, além do fato dele ser o médico mais bonitinho que já havia me atendido.
CL – Você não deveria estar estudando?
JK – Eu estou onde deveria estar. – Ele não parecia muito feliz.
CL – Por que você está dando fora em mim?
JK – Não estou dando fora em você. – Ele então voltou a se virar pra mim. – Só vim ver como você estava.
CL – Porque você só faz isso quando eu to mal?
Ele não me respondeu. Ao invés disso, fechou novamente a cortina nos deixando nós dois sozinhos e sentou na cadeirinha reservada para acompanhantes, bem ao meu lado.
JK – Eu vim ver se você estava bem.
CL – Já imagino que seu amiguinho tenha te falado da conversinha que nós tivemos.
Inesperadamente, Jungkook começou a rir, olhando pra mim.
JK – Fico feliz que você tenha calculado direito, e jogado o copo de água ao invés do cappuccino quente no rosto dele.
CL – Eu errei. – Falei olhando séria pra ele. Aquilo pra mim não havia tido graça nenhuma.
JK – Eu fiquei sabendo.
CL – Ele disse que você estava pagando por ter ido me deixar no alojamento, e que você não pegou algo que deveria ter pego na casa do Chanyeol. – O olhar dele perdeu pouco do brilho mas ele continuou me olhando de forma informal e tranquila. – Você tem noção, de como eu fiquei preocupada Jungkook?
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Uma Irmandade Entre Nós
Ficção GeralClara é uma estudante de design brasileira, que mora em Seul e que apesar de ser bilionária, vive de forma anônima e sem badalações. Quando começa a se relacionar com Jeon Jungkook, um estudante de medicina e membro de uma perigosa Irmandade Univer...