O verbo sentir

4 3 1
                                    


Meu beijo era urgente em pensamento, mas eu estava mais preocupada em sentir o Jungkook novamente. Porque eu achei que o tinha perdido. E de alguma forma, não tinha mais certeza se Jungkook estava mesmo tão disposto a me ter perto dele.

Mas ele me correspondeu.

E pareceu inclusive pensar igual a mim. Porque seu beijo era calmo. Procurava me sentir ao máximo. Suas mãos estavam me puxando pra si. Uma em minha nuca e outra em minhas costas.

Eu me senti de amada de verdade depois de muito tempo, por menos que aquela atitude fosse.

Ele soltava de minha boca, apenas pra pegar folego e começar tudo de novo.

Ficamos assim por um bom, longo e necessário tempo. E eu nem percebi que enquanto me beijava Jungkook foi me levando até a salinha onde ficava o mini refeitório.

Lá não estava frio. Na verdade nossos casacos estavam inclusive nos fazendo suar horrores. Eu mesma tratei de tirar o meu casaco de inverno preto, sob os olhos vigilantes e de certa forma famintos dele, que fazia o mesmo com o próprio casaco enquanto me observava. E mesmo que nós dois estivéssemos ainda com os olhos inchados pelo choro recente, acho que de alguma forma aquilo fez nosso tesão aumentar.

Assim que coloquei o casaco grande no chão, Jungkook mudou de estratégia.

Ele veio em cima de mim, buscando minha boca com a própria boca, mas suas mãos foram direto pra minha bunda. Apertando como ele gostava de fazer.

Foi me levando até a parede. Me deixou encurralada. Suas mãos soltaram de meu bumbum e subiram até meu pescoço. Tiraram meu cabelo que estava na frente de meu rosto e ficou entre meu pescoço e meu colo. Alisando minha pele com os polegares enquanto encarava meu rosto.

JK – Eu não consigo cansar de olhar pra você. – Ele bateu o olho em meu rosto por inteiro, até terminar olhando penetrante em meus olhos. – Se pudesse sonharia contigo todo dia.

CL – Tá tentando me agradar? – Ele sorriu debochado.

JK – Mais do que nunca.

CL – Tem muita coisa em jogo Jungkook...

Ele deu um beijo em minha testa. E se aproveitou que fechei os olhos pra beijar minha pálpebra esquerda. Depois foi até meu ouvido.

JK – Estou disposto a dar tudo de mim em troca de nossa felicidade.

Eu não respondi. Apenas sorri e mirei o chão. Era a primeira vez que Jungkook falava em nós. Nossa felicidade! Aquelas palavras me emocionaram muito. Mas a verdade é que por mais que minha cabeça estivesse tentando digerir aquilo de forma correta, e com sentimento, meu corpo estava pedindo outra coisa. E sentir as mãos de Jungkook descendo até minha cintura e puxar meu corpo até ele conseguiu me fazer ser o menos racional possível.

Ele voltou a me beijar. Dessa vez bem guloso. Sua língua me buscando com tudo. E eu podia sentir sua mão abrindo o laço nada firme que fechava a minha calça de moletom cinza que eu usava pra dormir no inverno. Ali era puro tato. Porque seu rosto estava afogado no meu.

E assim que ele conseguiu desatar o nó, aproveitei pra abrir seu casaco de moletom da puma preto e o ajudei a tira-lo. Depois levantei sua camisa preta e ele imediatamente a retirou por cima da cabeça. Ficando com o abdome trincado todo nú. Se Jungkook gostava de meu rosto, eu tinha que admitir pra mim mesma que sonharia com aquele tanquinho todo dia sem enjoar nunca.

O puxei pra mim com mais força. Entrelacei uma de minhas pernas ao redor dele. Senti-lo era bom demais. Principalmente sua pele. Era lisa e sedosa. Quando ele segurou minha perna que estava ao redor dele e a apertou, senti que estava começando a me lubrificar.

Uma Irmandade Entre NósOnde histórias criam vida. Descubra agora