NARRAÇÃO
Na casa de Sehun, Amanda estava se sentindo desconfortável.
E de certa forma, culpada. O que era algo que muito raramente, ela se permitia sentir. Tudo isso porque Sunny, a estava colocando com a cara na parede.
SN – Você vem de longe, diz a Clara tudo que disse e esperava que ela fosse a pessoa mais racional do mundo? Garota, eu estou com ela faz 6 meses dividindo o mesmo quarto e sei que ela não tem paciência pra certas coisas.
AM – Meu nome é Amanda, não garota.
SN – Eu paro de te chamar de garota, quando você começar a se comportar como se não fosse uma garotinha inconsequente que quer ser a boazinha em tudo e ter razão o tempo todo.
Amanda de cara não havia gostado de Sunny. Mas ela conseguiu o impossível. Fazer Sunny não gostar dela.
SN – Se sua irmã tiver qualquer tipo de problema, porque saiu por ai como uma louca atrás de 2 membros de uma irmandade que eu não confio nem no dedinho do pé... – Ela ia ameaçar mas diante do rosto estável de Amanda ela decidiu mudar de tom.
Sehun estava na mesma sala que elas duas. Sentado numa poltrona, de pernas cruzadas, com o rosto apoiado no braço estudando as duas. Enquanto isso, havia mandado D.O rastrear o celular de Clara.
AM – Alguém soube de tudo que estava acontecendo e não contou a ela, e agora eu sou culpada?
SH – Eu iria contar a ela, ainda essa semana quando confirmasse o que tinha acontecido. – Ele falou frio como sempre. – Afinal eu só deduzi o que houve porque encostei na costas dele no asilo e ele se retorceu de dor.
AM – E isso faz quanto tempo? Porque pelas minhas informações isso já aconteceu faz mais de uma semana.
SH – Ao contrário de você, eu não sou do tipo que age por impulso senhorita Amanda. – Ela o olhou apreensiva. – Eu ainda não conheço sua irmã tão bem, então estávamos vendo como falar à ela pra fazê-la se sentir integrada mas não desesperada e culpada pelo ocorrido.
Amanda suspirou.
SN – Você sabe o quanto ela se ressentiu de você, ao saber que você vinha aqui em Seoul e nem a procurava?
Amanda abriu a boca pra falar. Mas depois desistiu. Ela nem sabia que a irmã tinha essa informação. Na verdade, ia ter que falar com a mãe dela sobre isso. Não é o tipo de coisa saudável a se fazer. E ser uma das responsáveis financeiras por uma empresa famosa mundialmente era um peso enorme pra ela, mas aparentemente, ninguém ligava pra isso.
AM – Você acha que eu fico feliz em vir e ir embora sem falar com ela?
SN – Se ficar você é doente. – Sunny estava realmente de mal humor. – Sabe o que diferencia um bom aluno de um ruim? Não é a nota da prova, mas a dedicação ao estudo. E você está colocando seu trabalho em primeiro lugar quando deveria colocar a família.
AM – EU VIM PRA CÁ POR CAUSA DELA! – Dessa vez ela não aguentou. Gritou ao mesmo tempo que uma lágrima escorria de seus olhos. – SE AGI ERRADO, SE FALEI DEMAIS FOI POR PREOCUPAÇÃO. EU TENHO SIM UM MILHÃO DE COISAS EM MINHA CABEÇA PORQUE SOU A ÚNICA MULHER QUE TRABALHA NA ÁREA FINANCEIRA DAQUELA EMPRESA.
Amanda se levantou e começou a andar ao redor da cadeira com a mão na testa.
AM – Se alguma coisa acontecer a ela aqui, por causa de uma irmandade de faculdade acho que nem preciso dizer o pandemônio que meu pai vai causar.
SN – Eu vou pra casa. – Sunny olhou pra Sehun. – Se ela aparecer por lá é bom que tenha alguém esperando.
SH – Vou pedir ao Chen pra te levar. – Ele se levantou e olhou o celular. – Olha só.
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Uma Irmandade Entre Nós
General FictionClara é uma estudante de design brasileira, que mora em Seul e que apesar de ser bilionária, vive de forma anônima e sem badalações. Quando começa a se relacionar com Jeon Jungkook, um estudante de medicina e membro de uma perigosa Irmandade Univer...