O que vai, volta

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Quando eu cheguei na faculdade segunda feira, todo mundo aproveitou pra falar comigo sobre meu instagram novo.

Jennie estava absurdamente feliz, aproveitando que o professor ainda não tinha entregue as provas pra fofocar.

JN – Aquele foto que você colocou no domingo de noite, comigo e Amber me fez ganhar mais de quarenta seguidores.

CL – Eu não sei qual a graça, as pessoas vêem em seguir quem não conhecem.

JN – Hipócrita!

CL – Calada!

JN – Meu bem, você colocou uma foto do Sehun com direito a curtida e comentário dele. Não se impressione se pintar algum paparazzi por ai atrás de você.

CL – Porque as pessoas gostam tanto dele? – perguntei porque tentava mesmo entender a fama dele.

Sehun era bom de papo? Era. Bonito e rico? Sim e sim. Mas iguais a ele quantos? E o ar blasé dele, meio desinteressado devia ser um diferencial.

JN – O pai dele é um desembargador renomado. Foi responsável por colocar na cadeia um grupo internacional de tráfico de crianças quando ainda era juiz. Ele é premiado em vários países. Foi professor em Havard durante um tempo. Se não me engano a família toda foi pros Estados Unidos nessa época. E o Sehun, por si só já é um herdeiro e tanto. Dizem que ele quase namorou alguém da realeza Inglesa.

CL – Ele me disse que detesta ser famoso.

JN – Ele esta bem íntimo de você então hein?

CL – Ele me trata bem. E aparentemente também não gosta dos Namu.

JN – Ninguém gosta, mas todo mundo queria fazer parte. Dizem que ele tentou entrar e não passou no teste.

CL – Duvido muito.

JN – Independentemente disso. – Jennie que já estava falando hiper baixinho, chegou bem mais perto de mim. – Você por acaso esta usando ele pra se vingar do Namjoon?

Aquela pergunta parecia até lógica. Se eu não fosse eu mesma. Pelo amor de Deus. Até respondi sussurrando.

CL – Eu não faço ideia do que você está falando!

Depois que nossas provas da manhã acabaram, decidimos ir almoçar na cafeteria ao lado da biblioteca. Por piores que fossem as recordações daquele lugar, era onde eles serviam o melhor sanduiche e  o melhor expresso num raio de 3 km. E aqui na Coréia, era difícil achar um lugar com um café digno.

Assim que sentamos eu e Jennie pudemos perceber que alguns burburinhos começaram. Jennie adorava ser estrelinha, mas ao mesmo tempo tinha vergonha.

CL – Você deveria relaxar mais.

JN – Você acha que as pessoas estão falando de você?

CL – Se estiverem, me impressiona que ninguém tenha nada mais interessante pra fazer. – Eu abri o cardápio. – Nesse exato momento, bem que eu queria estar dando uns beijos bem gostosos em alguém.

Jennie colocou a mão na boca. Ela era bem coreaninha, afetada e toda cheia de frescurinhas. Mas também era uma das meninas mais descoladas que eu conhecia. Na verdade a turma de design da gente era famosa na faculdade por ditar tendência. E Jennie, por mais que as vezes parecesse tímida ao extremo, podia ser bem o oposto quando queria.

CL – Vou comer o de sempre e você? – Ela deu de ombros pra concordar. Então de repente começou a puxar meu braço. – Ai!

JN – Olha quem ta entrando!

E lá estavam eles. Meus algozes. Os motivos pelos quais e tinha passado exatas duas semanas num celibato horroroso. Namjoon com a namoradinha coala que não largava ele de lado, o Jin desacompanhado, e o garoto que vivia junto deles e que acabei descobrindo ser um tal de Kim Taehyung, estudante de economia. Jennie virou o rosto pra mim, afim de se esconder.

Uma Irmandade Entre NósOnde histórias criam vida. Descubra agora