Definitivamente, aquele era o momento mais estranho de minha vida.
Eu, na presença de meu pai, Sehun, Park BoHyun e um monte de seguranças de ambos os lados espalhados pelo local.
De repente, não tinha mais ninguém ali, apenas nós.
BH – Você demorou pra chegar. – Ele encarava meu pai visivelmente entediado. Mas eu bem imaginei que aquilo devia ser uma insinuação das boas.
AT – Eu tive que esperar pra resolver uns contratempos. – Meu pai estava sentado na cadeira, como se tivesse corrido uns 10km e parado de repente pra descansar.
BH – O que veio fazer aqui?
AT – Meus filhos estão morando aqui.
BH – Ainda?
AT – Eles não vieram com data de retorno BoHyun.
BH – O que você quer pra que eles vão embora de vez?
AT – Dois moleques não deveriam te incomodar. – Ele olhou pra mim. – Você fez algo à ele Clara?
CL – Eu nunca tinha visto ele, pai! – eu estava um tantinho nervosa, por isso falei de um jeito mais forte e visivelmente chateada.
Sehun na mesma hora pegou minha mão direita, deu um beijo nela e pediu com os olhos pra que eu me acalmasse.
AT – Então, ela nunca nem o viu! O que pode ter feito minha filha de apenas 21 anos, pra que um dos maiores empresários da Coreia queira que ela vá embora?
BH – Sua filha não é o problema aqui. Você é!
Agora meu pai pareceu realmente estar disposto a bater um papo. Ele se sentou de verdade na cadeira e mirou no BoHyun.
AT – Me diga uma coisa, senhor Park BoHyun. – Eu acho que não lembro a última vez que vi meu pai com essa cara raivosa. – Se o senhor não tem competência pra ser um bom empresário, que sabe perder vez ou outra, é melhor não se colocar em meu caminho novamente.
BH – Eu sei porque você veio. Sei o que você quer. Mas aqui na Coreia você não entra, Judeu de merda.
AT – Minha conversa, é com seu irmão. Até onde eu sei, ele é o presidente.
BH – Ele é meu irmão mais novo.
AT – E imensamente mais inteligente do que você.
BH – Em breve, muito em breve, você vai lavar essa sua boca com sabão de banha, bem em minha frente. – Os dois estavam sozinhos ali. Porque eu e Sehun erámos dois fantasmas. Eu apertava a mão dele com força e sentia minha garganta fechar. A cena era estranha pra mim. Se Sehun não estivesse ali comigo, ao meu lado, eu provavelmente já estaria chorando.
AT – Você acha, que eu entrei nessa pra perder?
BH – Você ainda não entrou em canto nenhum. A Coreia está fechada pra você. – Ele se levantou e olhou de relance pra mim. – Você vai descobrir isso amanhã, quando sentar pra sua conversa com meu irmão idiota.
AT – Eu espero que exista alguém muito bom acima de você BoHyun. – Ele virou pra meu pai com a testa franzida. – Porque se você não tem, eu tenho. E se olhar pra cima, vai perceber que não se trata de apenas um.
Ele apenas riu de meu pai e se virou, mas não sem antes olhar feio pra mim e Sehun.
Ele saiu, e levou umas 20 pessoas com ele.
Mesmo depois dele sair, eu não me senti aliviada. Na verdade aquela conversa foi um tanto reveladora.
CL – Eles estão fazendo tudo isso por causa do senhor, pai?
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Uma Irmandade Entre Nós
General FictionClara é uma estudante de design brasileira, que mora em Seul e que apesar de ser bilionária, vive de forma anônima e sem badalações. Quando começa a se relacionar com Jeon Jungkook, um estudante de medicina e membro de uma perigosa Irmandade Univer...