Capítulo 5

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- Isso é terrível.- diz Voldemort, assim que eles entram em Grimmauld Place.

Harry não pode discordar dele. Apesar de todas as suas tentativas, enquanto pelo menos está limpo, Grimmauld continua velho e gasto,
frio e sombrio.

Falta papel de parede em alguns lugares e Harry não consegue substitui-lo, por meios trouxas ou mágicos; os móveis estão lascados, mas não se movem, não mais que alguns centímetros.

Monstro não ajudou em nada, sugerindo que Harry se desse bem com a casa, pense nela como um lar.

- Sim, aposto que a Mansão Malfoy era muito mais do seu gosto.

- De fato.

Um silêncio sinistro os envolve. Parte do cérebro de Harry ainda não acredita que ele trouxe Voldemort para sua casa.

Que Voldemort está realmente lá, parado no hall de entrada, tão imóvel e rígido quanto estivera na cela.

- Lestrange.- Harry o lembra, escolhendo se agarrar a noção de que isso é o que estimulou a decisão que trouxe um lorde das trevas em sua casa.

- Um de vocês deveria ter considerado incluir Rodolphus no juramento.- Voldemort lhe dá um sorriso malicioso e Harry estremece.

- Você disse que iria...

- Minha palavra não significa nada, se não estiver em um juramento mágico. Sou um mentiroso, diria qualquer coisa, Harry Potter, para conseguir o que quero. Além disso, nunca disse que te contaria sobre Rodolphus. Você assumiu isso sozinho.

- Eu posso te levar de volta para o ministério.- Harry diz, com os dentes cerrados.

- Estou ciente. Eu estava simplesmente apontando o quão tolo e precipitado você é. Pense antes de agir. Vou precisar de uma coruja.

- Uma coruja?- Harry repete com desconfiança.

- Sim. Não faço ideia de onde Rodolphus esteja. Estou preso desde a batalha. Agora, é claro, podemos seguir a rota de Antonim, tentando encontra-lo, de um lugar para o outro, mas certamente Rodolphus deve ter percebido que há um traidor falando sobre nossos antigos esconderijos quando eles continuavam sendo invadidos.

Merlin.

- Mas você fez parecer que sabia onde ele estava. Você disse que ele não está aqui...

- O que eu acabei de te dizer, sobre mim e as mentiras?- Voldemort suspira, pessoalmente ofendido pela credulidade de Harry.- Suspeito que esteja na França, com alguns de seus parentes, mas pode estar em qualquer lugar. Então... eu preciso de uma coruja.

França? Não na Irlanda?

- Eu quero ver o que você vai escrever.- Harry diz a ele severamente, levando-o pelo corredor.

Apenas casualmente passeando com Voldemort.

Ele tem um flashback de seu eu de quinze anos, de membros da ordem indo e vindo, fazendo planos de como derrotar o homem que agora está entrando calmamente na cozinha onde dezenas de pessoas costumavam comer.

Ele se lembra de ter dezessete anos, amontoado com Rony e Hermione ao redor da mesa que ele mostra para Voldemort, enquanto eles faziam planos sobre como roubar a horcrux de Umbridge.

- Muito bem.- diz Voldemort.

Harry gesticula para ele se sentar, traz caneta e papel, guardados em um dos armários.

É uma caneta trouxa, mas Voldemort não parece incomodado, ele segura com uma confiança e facilidade que vem de prática.

Rodolphus,

Either Must DieOnde histórias criam vida. Descubra agora