Capítulo 7

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- Você realmente deveria fazer algo consigo mesmo. Encontre uma carreira. Você é jovem e está definhando nesta casa. Todos os seus amigos trabalham, não é?

Voldemort está parado entre duas estantes, examinando os títulos dos livros.

Harry está fingindo ler, por falta de mais alguma coisa para fazer.

Voldemort realmente ama livros, pensa Harry, ele deveria ter sido um bibliotecário.

Harry abafa a risada que tenta aumentar com a imagem que sua mente fornece.

Bem, ele com certeza seria melhor de se olhar do que a senhora Pince.

- Estou vigiando você.- diz Harry, ignorando as ideias distorcidas que vem a ele de vez em quando.

- Uma péssima desculpa. Estou morando aqui há dois meses, você está desempregado há anos. Não tem nada que você gostaria de fazer?

- Eu sempre quis ser um auror.- Harry responde, depois de um momento.

- Uma escolha terrível.- Voldemort olha para ele, entretido.

Harry concorda. Um auror que não pode matar o Lorde das Trevas, escolhe levá-lo para casa e comprar roupas de grife para ele...

- Foi Crouch, sabe?- Harry diz.- ele me fez querer ser um. O comensal da morte, quero dizer, não o pai.

- Barty sempre teve jeito com crianças.

- O que você estava pensando, com esse plano ridículo?- Harry pergunta, lembrando do desastre.- Havia tantas maneiras mais fáceis de me sequestrar ou obter meu sangue...

- Funcionou, não é?- Voldemort levanta uma sobrancelha, virando-se para encarar Harry totalmente.

- Sim. Mas foi tão complicado.

- Você não deveria reclamar. Fiz de você o vencedor de uma prestigiosa competição internacional; você nunca teria passado sozinho na primeira tarefa. Mais uma coisa que você nunca teria realizado sem mim. Engraçado, como elas continuam somando.

- Sim, tanto faz.- Harry da de ombros. Já insensível aos comentários maldosos de Voldemort.

Também é verdade; "Moody" foi quem facilitou para Harry passar pelas tarefas. Sem ele, Harry teria enfrentado um dragão sem conhecimento prévio. Sem ele, Harry teria se afogado.

Seus pensamentos se aproximam perigosamente da terceira tarefa, de Cedrico, e Voldemort saindo do caldeirão. Então Harry muda de assunto, antes que a dor em seu peito comece a se espalhar.

- Eu odeio o ministério. Então conseguir um emprego com eles está fora de questão. Agora eles também devem me odiar, com... ahm, as circunstâncias.

Ao que parece, ele nunca se dá bem com os ministros. É seu destino lutar com os líderes mágicos por Voldemort.

- Sim. Chantagear as pessoas, leva a ressentimento, Harry.- Voldemort diz. Condescendente.

Harry abre a boca para dar uma resposta, mas Voldemort continua a falar.

- O quê mas? Deve haver algo que você goste, além de ficar deprimido na cozinha ou ficar me encarando o dia todo.

Harry desvia o olhar, mortificado.

- Estou vigiando você.- ele repete.- Não gosto disso.

Voldemort cantarola e se volta para seus livros, ajustando-os até que estejam perfeitamente alinhados.

- Acho que gostaria de jogar Quadribol. Talvez.- Harry fala, só para preencher o silêncio.

- Então vá e persiga as bolas, se é isso que você deseja.

Either Must DieOnde histórias criam vida. Descubra agora