Capítulo 23- parte 2

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Harry acorda entorpecido novamente, e tudo bem. Ele fica um pouco aliviado, sabendo que Hermione e os Weasleys estão seguros.

Aparentemente, Voldemort ainda não está matando pessoas e ainda existe um ministério legítimo.

Nas semanas seguintes, Delphini passa a maior parte do dia com ele e a maioria das noites, mas ela sai de vez em quando para ver suas tias e Malfoy. E, embora ela não diga isso, Harry suspeita que ela às vezes vê Voldemort.

Ela o informa, depois de dois meses, que Andromeda e Teddy finalmente tiveram permissão para partir.

Harry se pergunta o que Voldemort fez com Andrômeda, ou o que Andrômeda disse a Voldemort para tranquilizá-lo de que ela não criaria problemas para ele.

- Eu também vou sair!- Delphini está animada com isso, brincando com um novo conjunto de bonecas que Narcissa deu para ela.- Lucius vai me levar para o Beco Diagonal amanhã. Eles vão dizer que voltei da viagem ao exterior, mas você decidiu fazer um tour pela África em seguida, por conta própria.

Harry tenta ficar feliz por ela. Delphini merece sair dessa maldita mansão. Ela esteve trancada a maior parte de sua vida, em um lugar ou outro.

- Harry, por favor! Você deve tentar convencer o pai de que não vai traí-lo, e então você pode sair...

- Sair para onde?- Harry pergunta, olhando para o teto.- Não tenho mais nada lá fora.

Ele está aliviado por Rony e Hermione estarem vivos, mas Harry não consegue se imaginar vendo eles novamente. Mentir para Rony, acobertar Hermione...ele simplesmente não consegue imaginar.

- Então você vai passar o resto de seus dias trancado em seu quarto, com a exceção de passear comigo pelo jardim, mas só depois que eu implorar?

- Não cabe a mim. Seu pai está me mantendo aqui. Eu não deveria ter que convencê-lo de nada.

- Você o manteve preso em sua casa também.- a voz de Delphini diminui, fica mais fria.

- Você sabe muito bem o por quê. Eu o mantive lá para que ele não machucasse as pessoas.

- Você acha que se chegar lá e convencer as pessoas a lutarem contra ele, não levará à dor e à morte por todos os lados?

- Você não é ingênua, Delphini. Você sabe que ele não está me mantendo aqui para evitar uma guerra. Ele não se importa com as pessoas. Ele não se importa com ninguém. Só com ele mesmo.

Ela bate a porta ao sair.

(-)

- O que Voldemort fez agora?- Harry pergunta a Delphini alguns dias depois, observando os Malfoys voltando de algum lugar.

Parece ser bastante sério. Draco está chorando, Harry vê mesmo de tão alto. Ele está se apoiando pesadamente em Lucius, que tem um braço em torno dele.

Narcissa está sombria, rosto contraído, segurando Scorpius.

Estão todos vestidos de preto.

Delphini suspira.

- Papai não fez nada. Astoria morreu. Eles acabaram de enterrá-la.

- O que?- Harry se vira para encará-la.

Ela dá de ombros.

- Existe uma maldição na linhagem da família do pai dela que só afeta meninas. Eles estavam cientes disso e contrataram especialistas para proteger Astoria e Daphne assim que nasceram. Os curandeiros garantiram ao Sr. Greengrass naquela época que estava resolvido, a maldição nunca as atingiria, mas aparentemente eles estavam errados. Astoria adoeceu repentinamente, há uma semana. Ninguém poderia ajudá-la. Ela estava ficando cada vez pior, Draco veio rastejando até Lucius, pedindo ajuda. E Lucius tentou, ele trouxe curandeiros de todo o mundo, quebradores de maldições, mestres de runas, mas ela morreu de qualquer maneira.

Either Must DieOnde histórias criam vida. Descubra agora