Capítulo 9

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- Você ficou maluco?- Harry pergunta, mas sua voz sai esganiçada.

Voldemort se aproxima, e isso força Harry a inclinar a cabeça significativamente para manter o contato visual.

Ele está muito ciente do quão perto eles estão. Isso o deixa tonto, deixa sua pele quente e corada.

- Ajoelhe-se.- o comando vem novamente, baixo e áspero, e o abdômen de Harry se enche de excitação.

O que há de errado comigo?

Ele olha para o seu tênis, tentando se lembrar de como respirar.

- Eu, o quê...

Voldemort não diz nada. Ele fica parado ali, alto e imponente, e isso bagunça Harry, o enche de agitação.

Ele não tem poder. Harry lembra a si mesmo. Eu estou no comando.

Harry não se sente no comando, ele olha para Voldemort e vê o poder feito carne, com algemas ou sem algemas.

Harry odeia isso. Harry gosta disso.

Sua mente está toda errada, ele está vivendo com essa culpa, com esse homem terrível e Harry o quer, no fundo, de alguma forma ele quer Voldemort.

Ele está cansado de lutar. Ele lutou contra Voldemort a vida inteira, sem sucesso, e Harry não pode mais lutar.

Ele se sente vazio, roubado de tudo, desde a floresta, e não é irônico que ele só se sinta vivo perto do homem que o matou?

Ele se ajoelha, Só porque ele acha que isso tem que ser sexual, não é?
Ajoelhando-se para isso, está tudo bem. Não é como se ele estivesse se ajoelhando pelos ideais de Voldemort.

Assim que seus joelhos batem no chão, um peso levanta de seus ombros.

A agitação aumenta, ele está tremendo todo, mas se sente mais leve.

A única coisa que é duro nele é seu pênis, se contorcendo em seu jeans.

- Bom menino.- a voz de Voldemort acaba com Harry, o enche de tanta emoção que ele quase chora.

Há um pingo de humilhação, de indignação na parte racional de seu cérebro que está morrendo rapidamente, mas é tão difícil pensar. Ele não quer pensar, ele só quer sentir algo além de culpa.

Ele deve ter fechado os olhos por um segundo, sem perceber; ele os abre quando ouve um zíper sendo aberto.

O que estou fazendo, o que estou fazendo? Medo e emoção batalham pelo domínio dentro de Harry.

Não é a primeira vez que ele vê Voldemort exposto. Houve aquela vez na cela do ministério.

E havia os sonhos, na tenda.

- Eu...- Harry fala, embora sua lingua pareça chumbo.- Eu nunca...

Harry só esteve com Gina e aquela garota trouxa, e ambas eram femininas e suaves.

Não há nada de suave em Voldemort. Seu pênis é tão grande quanto o resto dele, embora Harry suponha que qualquer pênis deve parecer enorme quando está na cara de alguém.

- Tudo bem.- os dedos de Voldemort travam atrás do pescoço de Harry. O toque queima Harry, o excita.- Nós estabelecemos que você é um parceiro muito passivo. Farei todo o trabalho, como de costume. Abra a boca.

E Harry, Merlin o perdoe, obedece.

Ele abre a boca e fica quieto, Voldemort entra.

Não há nada hesitante nisso, nada gentil ou cuidadoso.

Either Must DieOnde histórias criam vida. Descubra agora