- Acho que senti alguma coisa!- Harry exclama, animado.
Voldemort parece frustrado.
- Você não pode sentir Legilimência. Não se for discreto. Você só sentiria se eu estivesse vasculhando sua cabeça. Você sentiria dor.
- Mas eu senti alguma coisa!- Harry insiste.
- Você sentiu emoção porque achou que sentiu alguma coisa.
- Ah.- Harry diz, desapontado.- Isso é impossível.- ele murmura.
Ele está realmente tentando detectar Voldemort em sua cabeça, sem sorte.
- Experimente comigo, pai!- Delphini diz de onde ela está sentada no chão, pintando alguma coisa.
Harry comprou para ela um belo conjunto de pintura, e ela gosta de ficar perto deles enquanto ele tenta aprender Oclumência.
Bem, não exatamente. Voldemort diz que primeiro ele precisa aprender a detecta-lo em sua cabeça, e então ele aprenderá a se defender contra isso.
- Não há necessidade de humilhar Harry.- Voldemort sorri.
Harry revira os olhos.
- Espero que você não tente fazer isso com ela.- ele diz a Voldemort.
Legilimência em uma criança...quem sabe o que pode dar errado.
Dois pares de olhos castanhos idênticos olham para ele com exatamente a mesma expressão. Harry não consegue decifrar.
É um pouco assustador.
Até suas cabeças estão inclinadas da mesma maneira, ligeiramente para a esquerda.
- Foco.- Voldemort diz, e Delphini volta para sua atividade.- Eu te disse, a única maneira de me detectar é se você reconhecer quando seus pensamentos mudam, aparentemente sem razão. Quando você pensa em algo que você não teria motivos para estar pensando.
- Sim.- Harry suspira e balança a cabeça como se isso o ajudasse a recuperar a concentração.- OK, estou pronto.
(-)
Voldemort está na cama, com as costas apoiadas na cabeceira, um joelho levantado, um livro apoiado nele.
Harry se acostumou com ele nos últimos dois anos.
Não é como se ele nem sempre apreciasse o quão bonito Voldemort é, mas é de se acostumar com isso ao ser exposto diariamente.
No entanto, há algo sobre ele naquele momento, com seu livro e manto abertos, apenas o suficiente para revelar um pouco de seu peito...
Atinge Harry novamente, como ele parece bom.
Que injusto, também, para alguém tão...tão Voldemort, ser tão bonito.
A boca de Harry se enche de água, e ele hesita na porta, recém-saído do chuveiro.
Harry tosse para chamar sua atenção, mas não consegue. Voldemort não olha para cima.
Antes que Harry faça isso de novo, ele se lembra de Umbridge, então ele para.
Em vez disso, ele começa a se mover pelo quarto sem rumo.
Não há nada fora do lugar, nenhuma calça descartada ou meia perdida que ele possa pegar.
Nada de sacos de batatas fritas, como Harry costumava ter em seu quarto, ou um copo de suco que ele possa usar para fazer barulho.
Nada.
Harry abre a porta da cômoda ruidosamente.
Todas as roupas estão dentro, cuidadosamente dobradas.
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Either Must Die
Roman d'amourVoldemort sobrevive a batalha de Hogwarts, porque Harry Potter não foi o único a matá-lo como a profecia exige.