Hermione arranca o livro das mãos de Harry assim que ele entra na casa.
Ela parece cansada e um pouco zangada, o que é de se esperar, tão tarde em sua gravidez.
Com o bebê chegando, ela foi forçada a parar de ir ao ministério, mas isso não a impede de trabalhar, ela só faz isso de casa. Ultimamente, há uma constante troca de cartas entre ela e Voldemort, Harry tendo permitido que Midas entregasse cartas escritas por Voldemort, mas apenas para Hermione.
- Talvez você não devesse ler os livros que o lorde das trevas lhe dá.- comenta Rony.
Ela bufa e segura o livro.
- É sobre centauros, Ronald! Estamos trabalhando em uma proposta de lei para a diminuição de suas florestas. Dificilmente vou ir para o lado das trevas por causa disso!
Rony resmunga algo sobre ela já ter ido, e as formas despóticas que ela tem agido ultimamente, mas felizmente Hermione já está fora da sala até então.
Harry está feliz que ambos estejam tão cansados, porque nenhum deles o questiona sobre sua ausência prolongada.
É a primeira vez que ele sai de casa sem Delphini, e ele está incrivelmente estressado com isso, mas ele não poderá ficar com ela sem parar pelo resto de suas vidas, então ele precisa se acostumar a deixá-la com Voldemort.
No entanto, ele se certificou de que ambos estavam de bom humor antes de sair.
Não que isso signifique muito, com seus temperamentos, isso pode mudar em um piscar de olhos.
Então Harry brinca um pouco com Rose, conversa com Rony, embora ambos estejam distraídos, então nada de importante é mencionado.
Harry está de volta em menos de duas horas, bem na hora do jantar.
- Eu ajudei!- Delphini diz, orgulhosa, inspecionando a mesa e verificando um livro do século dezoito sobre 'Etiqueta no jantar'.- Oh, espere.- ela franze a testa e vira uma página antes de fechar o livro e arrumar os guardanapos de uma maneira ligeiramente diferente.- Pronto, está perfeito agora!
- Bom trabalho!- Harry sorri para ela, desejando que ela ajudasse da mesma forma quando ele está cozinhando, em vez de apenas roubar ingredientes crus do balcão e tentar comê-los.
- Peguei a porcelana fina e os talheres de prata dos armários na parte de trás. Estavam muito empoeirados! Eu tive que limpá-los por uma hora! É melhor você gostar deles.
Harry os odeia. Eles parecem muito formais, o brasão da Família Black gravado em tudo, "Toujours Pur" escrito em todas as superfícies.
- Eu os amo.- diz ele.
Ele havia descoberto o segredo da paternidade. Mentir. Muito.
Voldemort parece um pouco irritado e Harry acha que mesmo que ele a tenha colocado para trabalhar limpando antigos conjuntos de prata, ela ainda conseguiu falar a mil por segundo durante toda a tarefa, porque assim que ela começa a conversar quando a comida é colocada na frente deles, ele estala.
- Não havia nada no livro sobre não falar durante o jantar?
- Na verdade, devemos nos envolver em vários tópicos, desde que não envolvam política ou assuntos pessoais ou...
- Nós vamos ficar em silêncio durante este.- Voldemort sibila.
- Mas devo perguntar a Harry como foi o dia dele.- reclama Delphini.- E elogiá-lo pela comida, mas só depois que eu der a primeira mordida.
Uma veia pulsa perigosamente na testa de Voldemort.
- Meu dia foi bom.- Harry intervém antes que Voldemort tenha a chance de dizer a ela algo terrível ou jogar sopa quente na cabeça da menina.- Como você sabe, já que passei a maior parte do tempo com você. Mas eu me diverti com meus amigos também.
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Either Must Die
RomanceVoldemort sobrevive a batalha de Hogwarts, porque Harry Potter não foi o único a matá-lo como a profecia exige.