Capítulo 13

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- Você não vai machuca-los.- Harry diz isso simplesmente. Ele não faz um apelo, ele faz uma exigência.

A carta para Kingsley ainda está em sua mão, amassada.

Voldemort inclina a cabeça.

- Defina dor, porque você e eu temos definições muito diferentes.

Apesar de não ser tranquilizador, Harry esperava que ele começasse com a variação de resposta 'você não me diz o que fazer'.

- Você não vai fazer nada com eles.- Harry esclarece.- Fale, mas não use nenhuma mágica...

- Impossível. Savage verificará as algemas.

- Kingsley não, da última vez que ele veio...

- Porque ele estava sozinho; ele não seguiu o protocolo e pagou por isso.- Harry se lembra bem disso. E naquela época a magia de Voldemort foi adulterada, ele usou a varinha de Harry e ainda subjugou Kingsley.- Savage vai checar as algemas.

Harry anda pela cozinha, tentando pensar.

- Você não pode transfigurar algo para parecer que você ainda as tem?

- Eu vou.- Voldemort parece despreocupado com a visita iminente.- Mas ele será capaz de dizer a diferença. Havia uma certa assinatura mágica codificada nelas.

Harry passa a mão pelo cabelo, sem dúvida, deixando-o ainda mais arrepiado.

- Então o que vamos fazer?

O 'nós' é muito novo. É profundamente diferente de 'estamos tomando café da manhã' ou 'nós duelamos'.

Este 'nós' coloca Harry e Voldemort de um lado, e o ministério do outro.

- O feitiço Confundus ou a maldição Imperius.- Voldemort diz, e ele manda o resto do pão com manteiga para a despensa, sem nem mover um músculo.

- O feitiço.- Harry diz.

Voldemort lhe dá um olhar divertido.

- Eu não estava pedindo para você escolher, Harry. Eu estava apenas transmitindo as soluções mais simples.

- Eu não quero o Imperius- é um feitiço sombrio e pode ser duradouro.- Então...

- Já chega de exigências por hoje.- Voldemort fala, e assim a diversão e a atitude fácil se dissolvem.

Ele pode saltar através de emoções com uma velocidade vertiginosa às vezes. Isso deixa Harry um pouco tonto.

Harry abre a boca...

Ele não vai prejudicá-los. Ele concordou com isso, não discutiu o assunto. Compromisso.

No entanto, é um caminho escorregadio; muito escorregadio. Os limites estão diminuindo a cada dia e Harry não gosta disso. Em um momento ele está concordando com uma Imperdoável, e com o que ele será forçado a concordar no futuro, para que possa manter os outros relativamente seguros de Voldemort?

Que escolha eu tenho?

- Ok.- diz ele, um gosto muito amargo na boca.

A raiva de Voldemort passa assim, e ele morde sua torrada, satisfeito.

(-)

- Eu prefiro o Confundus.- Harry tenta mais uma vez, apressadamente, minutos antes de Kingsley chegar.- Se você puder.

Voldemort estreita os olhos.

- Isso me faria sentir melhor- Harry continua.

- Eu não me importo com seus sentimentos.- diz Voldemort, sacudindo o pulso e grandes cortinas falsas aparecem para cobrir o espaço vazio na parede deixado por Walburga.

Either Must DieOnde histórias criam vida. Descubra agora