começos nem sempre são felicidades-1

442 36 29
                                    

.
.
.
acordei na minha cama e vestida por sinal, última coisa que me lembro é de Rowena me dando boa noite.

meus sentidos estão desnorteados, posso fazer um feitiço de localização, mas tenho quase certeza que foi ela que me deixou assim.

saio do quarto e escuto vozes um pouco longe, sigo as vozes até a cozinha, eles estão falando de mim, então me recuo no corredor para escuta-los melhor.

Dean: não acredito que ela fez isso- tom agressivo.

Sam: quando ela acordar a gente tira isso a limpo.

Charlie: não, não vão, como vocês disseram... pra gente pode até não ser muito importante, mas pra ela a Rowena era importante.

Sam: a gente avisou...

Charlie: eu não ligo se vocês avisaram ou deixaram de avisar, a coitada tá dormindo por mais de um dia e vocês já vão sufocar ela com esse assunto? deixe ela processar tudo.

Dean: tarde demais, oh s/n? por que você não senta aqui e enfrenta seus problemas?

Sam e Charlie se vira para a porta que eu estava.
Em seguida entro na cozinha.

S/n: o que querem?- eu estava estressada e agoniada por tudo está desnorteado.

Dean: eu digo- falou com um sorriso acompanhado com olhar de ódio.- você fez eu e o Sam de palhaço esse tempo todo, ficando com os dois, que coisa feia s/n, até para isso você não sabe escolher? até a Charlie veio pro bolo.

S/n: como voc-

Sam: por favor não negue- me interrompeu- já sabemos de tudo.- sua voz mostrava decepção.

S/n: o que vocês querem que eu faça?

Dean: poderia tentar se explicar talvez.- sorrindo com aquele olhar.- me diz S/n, por que tão carente?

todo meu aperto do peito foi arrancado e transformando em ódio com suas últimas palavras.

S/n: talvez eu seja a merda de vadia carente, talvez eu tenha gastado meu tempo ficando com vocês do que pensar na minha própria vida, por que é claro que ter um poder escondido por quase 23 anos sua vida é fácil de se acostumar em três meses, mas pra você é fácil julgar né Dean? tá acostumado com toda essa bagunça já que tem essa vida desde que é pequeno, ninguém é obrigado a se acostumar no seu tempo, vê se arruma uma terapia e para de reprimir suas frustrações ás jogando-as em outras pessoas.

Dean ficou calado.

S/n: e mais uma coisa, tá vendo essa mão aqui?- estendi minha mão a frente do meu corpo- não vejo nenhum anel de compromisso nele? eu sou solteira, eu fico com quem eu quiser na hora que EU quiser, acharam ruim? fique comigo, se eu aceitar darei todo respeito do mundo para nosso relacionamento, mas até isso não acontecer eu faço o que eu bem entender, então me faça o favor de me deixarem em paz.

todos se calaram olhando para mim.

S/n: não vão falar nada?

Charlie: não com você com esses olhos.

S/n: que olhos?

Charlie: seu olho tá branco.

Sam: você tá bem?- se aproxima.

assim que se aproximou, meus ouvidos estrondaram em um som alto e agudo, caindo no chão aos gritos com tamanha dor.

Dean correu até mim tentando me ajudar. quando ficou perto outro ruído estrondou minha cabeça, agora mais grosso, como o barulho de mil tábuas sendo arastadas ao mesmo tempo, as misturas desses barulhos me fazia chorar sem nem mesmo pensar.

S/n: SAI DE PERTO, SAI DE PERTO OS DOIS, SAIIII.

conforme eles iam saindo o barulho ia diminuindo.

S/n: o barulho... ele esta vindo de vocês.

Sam: que barulho?

S/n: os ruídos.

Dean: descansa um pouco, bebe essa água aqui- veio ao meu rumo dando a o copo de água, o barulho voltava a cada passo que ele dava.

S/n: PARA PARA, não se aproxima, o barulho vem de vocês.

corri para o quarto desesperada, esses ruídos doíam muito minha cabeça, eu só queria me afastar disso o mais rápido possível.

alguém se aproxima de porta e eu consigo ouvir o barulho só que mais baixo.

Sam: vou te deixar sozinha, mas se precisar de algo eu tô aqui.

ele não insistiu muito, apenas falou e saiu.

pego o celular e vejo que tem uma mensagem na caixa postal.

"vai me odiar por isso, mas quero seu bem, se estiver ouvindo essa mensagem quer dizer que acordou... deve ter notado um pequeno incomodo nos ouvidos e os sentidos bagunçados, os sentidos voltarão ao normal, já os ruídos... bom, falei sério quando disse que você tem que ir embora para progredir, eles te amolece, por isso coloquei esse feitiço em você, eu mesma criei, chamo de: feitiço de afastamento, como o próprio nome diz, ele afasta, você deve está se perguntando "como eu paro isso?" a resposta é simples, embora, fique forte e eu te dou a cura para isto, mais uma coisa, os ruídos aumentarão a cada dia, até vocês não puderem ficar nem 4 metros de distância, eu criei, eu quebro, não perca seu tempo tentando"

aquela megera, um dia eu te mato sua desgraçada.

o que eu faço? não acredito que vou dizer isso mas eu gosto daqui, gosto de toda essa bagunça.

e o diário?

volto até a cozinha e eles ainda estão lá, me paro na porta dando espaço deles.

S/n: Charlie, conseguiu traduzir?

Charlie: consegui, foi bem fácil na verdade, não sei como o Sam não lembrou dessa língua.

Sam: nunca vi esse idioma em toda minha vida.

Charlie: já falei que vimos quando estávamos procurando a cura da marca de caim, não lembra que ainda discutimos?

Sam: Sério, você deve tá confundindo...

Charlie: não estou, tenho uma ótima memória e era essa mesma língua.

Dean: só entrega logo pra ela.

Dean conversava olhando indiferente para o chão, para o alto mas em nunhum momento para mim.

S/n: joga!

vai saber se eu não poderia ficar perto perto dela também.

S/n: é o seguinte... quando vocês chegam perto de mim eu escuto um barulho terrível e acho que não tenho outra alternativa a não ser ir embora...

Dean: a porta é serventia.

continua...

supernatural: Lua de Sangue Onde histórias criam vida. Descubra agora