Sabe aquele momento em que uma escolha idiota, gera uma sucessão de escolhas idiotas? Bom, foi isso que aconteceu.
A vida de Alec Lightwood era simples. Trabalhava num Jornal de Notícias, e era feliz com sua família e seu melhor amigo, Magnus Bane...
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Depois de um segundo sem fôlego, Alec forçou o seu coração a desacelerar o ritmo.
Por momentos, Alec achou que estava delirando. Ele sabia que Magnus não tinha planos para casar com ele, ou com quem quer que fosse.
— É a primeira vez que ouço falar disso. Suponho que isso tenha acontecido quando a gente tinha menos de dez anos? – Alec perguntou, tentando forçar um sorriso descontraído.
— É. Acho que talvez no segundo verão depois que conhecemos o Magnus. – Jace respondeu divertido. – Esse cara me chamou uma tarde, disse que estava pensando e que talvez ele devesse se casar com você.
— Então você tinha nove anos, Mags? – Isabelle perguntou curiosa. – Porque diabos você estava pensando nisso com essa idade?
Magnus envolveu o braço em volta de Alec e com um dedo levantou seu queixo, levando seus olhos para os dele.
— Eu admito, Alexander. Eu tinha planos para te usar para chegar até sua mãe. E achei melhor fazer isso o quanto antes. Não me orgulho disso.
Os pais de Alec eram os melhores pais que alguma vez alguém poderia desejar. E por esse motivo, Alec, Jace e Izzy ficaram felizes em compartilhá-los com Magnus. Até oito anos atrás, quando um acidente de carro os tirou deles.
— Ah... Você não precisaria se casar comigo. Meus pais amavam você como se fosse deles.
Magnus sorriu sem graça.
— É... Maryse tinha o maior coração entre todas as pessoas que já conheci.
— Aposto que ela estava apoiando seus planos, não estava? – Alec perguntou, mesmo já sabendo a resposta.
— Ah, sim. Ela estava sempre me falando todas as vantagens que o futuro marido de seu filho Alexander teria... Como coxinhas ilimitadas e bolo de chocolate. Estou te dizendo, ia rolar, até que seu irmão idiota me disse para esquecer.
— Idiota? Eu tinha dez anos! Estava só protegendo meu irmão de caras que só queriam usá-lo para chegar na nossa mãe. – Jace respondeu gargalhando.
— Ta bom. Idiota pode ser demais. Imbecil? Tonto? Babaca protetor de irmãos?
— Ah, cala a boca, Magnus. Depois de todos esses anos, Alec é tanto meu irmão quanto seu.
Alec e Magnus se olharam desconfortáveis.
Puta que pariu. Depois de ontem, Magnus não pensa em mim como um irmão. Ele me ama. Não como um irmão, e não do jeito que eu queria que ele amasse. Mas ele me ama do jeito que amigos muito próximos se amam, e que compartilharam uma noite de sexo quente, molhado, safado e incrível.
Magnus deu um sorriso cúmplice para Alec, e em seguido olhou para Jace, como se quisesse dizer alguma coisa.
Por amor de Deus, que Magnus não conte nada sobre nossa noite.
