Casados temporariamente

Capítulo 11

Depois do jantar, Ian foi ter com Beatrice, como prometera a Isabel. Não estava com paciência nenhuma para falar com outra mulher. Tinha tido um dia complicado e a única coisa que ele queria era estar sossegado, talvez até sentar-se a falar com Isabel...

Beatrice estava sentada a uma mesa com um bebé nos braços. Ian sentou-se ao seu lado e forçou um sorriso amável. Ela olhou para ele com uma expressão de desprezo e arqueou as sobrancelhas, desconfiada.

- O que é que queres, Ian? - Suspirou, com aborrecimento.

- Queria falar um pouco contigo. - Disse ele, sentindo-se desencorajado e farto da situação. Sinceramente, não gostava de Beatrice. - Queria conhecer-te melhor. És tão formosa e inteligente.

Ela olhou para ele com uma mistura de vaidade e interesse. Sorriu com malicia e colocou-lhe uma mão na coxa, muito próximo do seu sexo. Mas será que era possível haver uma mulher que não fosse oferecida naquele clã? Afinal, Isabel tinha razão. Beatrice surpreendeu-o. Não era nenhuma tímida, era a das mais ousadas que podia conhecer.

- Meu querido Ian, sinto-me lisonjeada. - Disse, arrastando as palavras. - Mas... e a tua mulher?

- É inglesa. - Respondeu, num tom galante. Na verdade, sentia-se aborrecido e incomodado e só lhe apetecia sair dali. Por que raio estaria a Isabel tão empenhada em arranjar-lhe uma mulher?! Estava farto de ter de fingir.

Beatrice sorriu e subiu com a mão pela coxa de Ian, até chegar aos seus genitais. Ian sobressaltou-se. Levantou-se de um salto e afastou-se dali rapidamente.

Onde estaria Isabel?

Precisava de falar com ela. Estava farto de se meter com mulheres e de ser assediado. Era horrível!

Avistou Edith encostada a uma parede a falar com Blair e a beijá-lo. Apressou o passo e os dois olharam para ele com preocupação, quando ele parou à frente deles.

- Algum de vocês viu Isabel? - Perguntou Ian, ofegante.

- Eu acho que ela foi para o pátio. - Respondeu Edith, franzindo o sobrolho e olhando-o com uma expressão de confusão e preocupação.

- Para o pátio? - Repetiu, surpreendido. Àquela hora da noite era estranho que ela saísse.

- Da última vez que a vi, dirigia-se para o pátio com a filha de Callum nos braços. Acho que ia à procura dele para devolver-lhe a bebé. – Informou-o Edith. - Passa-se alguma coisa?

- Não. Só preciso de falar com ela.

Dizendo isto, Ian afastou-se deles e apressou o passo em direção ao pátio. Quando já estava no exterior, vasculhou, com o olhar, o pátio. E nenhum sinal de Isabel. Estava a começar a ficar preocupado. E se acontecesse alguma coisa com ela?... Bem, não ia pensar nessas coisas por enquanto. Callum estava em casa. Se ela ia entregar-lhe Ariella, só podia ter-se dirigido para a aldeia.

Correu em direção à aldeia e no caminho para lá encontrou Tarah, que se dirigia para o castelo. Ao vê-lo, ela baixou o decote e endireitou os ombros exageradamente.

- Oh! Olá, Ian! - Exclamou ela, com um sorriso malicioso. - O que te trás à aldeia? Será que vieste visitar-me?

- Não. - Suspirou Ian, cansado e saturado daqueles joguinhos. Agora não tinha tempo para aturar Tarah. - Preciso de perguntar-te uma coisa muito importante.

- O que foi? - Perguntou ela, pondo as ancas para a frente e poisando os braços sobre o ventre, cruzando as mãos. - Será que queres perguntar-me se estou disponível?