It's the strangest feeling

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Yoongi

Não tente fugir, parece ironia eu deixar a frase sair da minha própria boca, porque é exatamente o que quero fazer, fugir e fugir para o mais longe possível de Park Jimin.

Esse anjo em forma de homem.

Um anjo é capaz de levar alguém a ruína? Espero que não, porque sinto que Jimin é capaz de qualquer coisa, não por ser maldoso, mas por meu corpo sempre reagir ao seu e sinto que seu corpo também clama pelo meu, sem ao menos ele perceber isso.

Realmente não sei se ele faz de propósito ou não tem noção alguma do quão lindo ele fica quando fecha os olhos apreciando um momento, meus dedos estão tocando seu rosto e seus olhos estão fechados, sentindo.

Apenas sentindo.

Se ele soubesse o quanto faz com que eu me perca nesse ato dele, ele não o repetiria, mas ele repete, repete sempre e se mostra entregue ao momento, totalmente a mercê do que quer que eu deseje fazer com ele, e eu desejo tanta coisa, desde o primeiro instante que o olhei eu desejei, encobri o impulso com a desculpa de ser para as aulas, aulas essas que nem estão sob minha responsabilidade, mas há dentro de mim uma necessidade de tocá– lo, senti– lo, nem que seja tudo parte de uma encenação, mas é apenas assim que consigo te– lo, apenas assim que posso tê– lo, não sou um adolescente sem responsabilidades para simplesmente me deixar levar por qualquer sentimento, sem falar que Jimin não parece ser do tipo que abre mão de nada por amor.

Amor? Porque estou pensando nisso agora ? Bastou vê– lo chorar para me amolecer por dentro?

Seu choro me incomodou no íntimo do meu ser, não foi um choro de emoção, foi um choro de angústia, como se ele estivesse preso a algo, um choro de dor, me levantei do piano para enxugar as lágrimas que molharam seu belo rosto e ele se entrega ao meu toque como sempre.

– Está tudo bem? – pergunto ainda próximo a ele quase sentindo sua respiração mais forte que o normal.

– Tudo – sua voz esta ainda embargada – E-eu, linda música – Ele se limita a comentar.

– Sim, é uma letra muito interessante – ele assente, quase como se estivesse perdido em seus pensamentos.

– Quer começar a aula ou...

– Queria te escutar tocar – ele me interrompeu, passei minhas mãos levemente por seus braços, analiso sua reação, ele parece não se incomodar com meus toques.

– Fale comigo antes, você parece tão incomodado com algo – ele me encara por alguns segundos.

– Você acha que uma pessoa pode nunca se apaixonar na vida? – a pergunta caiu com um concreto em cima do meu peito.

– Por que pergunta algo assim ? – o direcionei ao sofá no canto da sala enquanto perguntava a ele, me sentei antes para o dar opção de se sentar longe ou próximo a mim, ele sentou com sua perna colada à minha.

– E-eu acho que nunca me apaixonei por ninguém de verdade, foram todos casos passageiros e quando a pessoa foi embora eu sequer senti – seu olhar era de total duvida, uma dúvida genuína.

– Qual a sua idade Jimin?

– Tenho vinte e seis anos – ele respondeu calmo e eu tive que segurar um suspiro de surpresa, vinte e seis anos e ele nunca se apaixonou na vida.

– Atração você conseguiu sentir não é? Ou seus casos foi algo que você se forçou ? – ele pareceu analisar a minha pergunta para concluir sua resposta.

– Senti, a atração eu senti, mas foi difícil, não foi por qualquer pessoa, eu precisei conhecer muito bem elas para me envolver – assenti em compreensão.

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