12 | 𝘕𝘢𝘮𝘰𝘳𝘢𝘥𝘢?

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"O que o amor vira quando chega o fim?
Só que dói um pouco quando eu lembro assim
Mas enfim, mas enfim, acontece"

- Acontece, Jão.

N

icolle Freda

- então, o que devo a honra da sua vista? - pergunta brincando e eu me divirto com seus palavras.

- resolvi passar para dar sorte a vocês, último treino antes do grande jogo... Eu trago sorte, então vim! - brinco também e ficamos um tempo nos olhando.

- poderia vir todo treino, assim tenho mais motivação pra fazer gols. - sorri galanteador e eu claro fico boba com tal ato.

- olha, não é uma má ideia... - umideço meus lábios.

- ei, de volta ao treino, namoro só depois da vitória. - ouvimos o Gabriel "Pitt Bull" berrar atrás de nós, e por incrível que pareça, ele não parecia estar brincando.

- pode deixar, chatão. - Mau revira os olhos e olha para ele. - me deve uma. - bate no ombro do amigo e depois vira para mim. - já volto, linda.

Se passaram uns trinta minutos e eu estava sentada na pequena arquibancada de lá, vendo os meninos finalizarem o treino com algumas jogadas ensaiadas de escanteio e falta. Maurício havia feito um gol de falta e foi direto a gaveta, e havia piscado para mim depois. Lógico que fiquei sem jeito, esse menino tem um certo poder sobre mim.

Quando menos espero, vejo meu pai e D'Alessandro voltarem ao gramado, haviam saído da academia e conversavam com o elenco, que logo foi liberado. Me aproximo do portão, indo até ele.

- gostou? - disse tirando a camisa.

Que cena é essa? O que eu acabei de presenciar ao vivo e a cores? Meu Deus. Na minha opinião, é uma obra prima. Tento disfarçar tirando o olhar de seu abdômen, mas não consigo, ele é extremamente bonito.

- o que? - pergunto assim que me dou conta e ele da uma risadinha, me fazendo ficar vermelha.

- do gol... Gostou? - começa a andar ao meu lado, indo em direção ao meu pai.

- hum... Nada mal, vinte e sete. - brinco e meu pai logo nos vê e se aproxima.

- entrega especial para meu capita favorito. - Maurício brinca apontando para mim, meu pai apenas ri e me abraça de lado.

- é, agora que já está entregue, vou aproveitar ela só pra mim. - da um soquinho no braço do mais novo. - obrigada por entregar ela sã e salva.

- que isso capita, ela cuida mais de mim que eu dela. - rimos e nossos olhares novamente se encontram.

- que isso, na cara dura? Tira o olha da minha boneca. - meu pai finge estar bravo. - vem, vamos que sua mãe está esperando e com enjôos. - me puxa.

Nem consigo me despedir, apenas aceno com as mãos para ele, que retribui com uma piscadela. 

[...]

- mãe, a senhora precisa ir ao médico, não pode mais fingir que é só virose. - digo passando a mão nos seu cabelos, enquanto ela estava deitada no sofá da sala, um pouco pálida.

- eu vou ficar bem, aquele atum deve ter estragado ou algo assim. - diz ainda com os olhos fechados.

- o atum que você comeu com manga? - meu pai pergunta. - amor, vamos no médico, por favor. Isso não é normal. - fala preocupado e acaricia o rosto da mesma.

𝘚𝘩𝘪𝘯𝘦 | Mauricio.Onde histórias criam vida. Descubra agora