31 | 𝘗𝘰𝘴𝘪𝘵𝘪𝘷𝘰.

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Nicolle Freda

- Olha... eu não posso. - Digo para Valen, desesperada. - Se der positivo, minha vida acaba! - Me sento no vaso sanitário e deixo as lágrimas escorrerem.

Ela nega com a cabeça, ajoelhando na minha frente e pegando em meus braços.

- Amiga, independente do resultado, saiba que você não estará sozinha. - Ela tenta me tranquilizar. - Mauri te ama, seus pais te amam e eu também. Sua vida não vai acabar, se estiver esperando mesmo essa criança todos nós vamos amar e cuidar dela. Você nunca estará sozinha... - Me olha com um olhar reconfortante e eu enxugo minhas lágrimas.

Era agora.

A hora da verdade, hora que irei tirar essa duvida que está quase me matando. Nós compramos um teste de gravidez, com eficiência noventa e nove. Saberemos se eu estou grávida, ou não.

Tenho muito medo, pois, não sei qual será a reação da minha família. Ser mãe tão nova é uma responsabilidade enorme, além de que, eu nem em um relacionamento estou.

Eu e o Mau somos diferentes...

Nos amamos, vivemos juntos e algumas pessoas sabem, mas, não teve nenhum pedido. Nós não formalizamos uma união, e nem um relacionamento sério.

Só vivemos.

E não acho que só viver basta para ter um filho.

Sem contar que, ele irá assumir? Sei que o sonho dele é ter uma família comigo, mas ele pode estar falando de futuro, estabilidade. Pode achar que agora é muito cedo para isso e talvez... Me abandonar.

- Nic, vamos lá! - A loira estende sua mão para que eu me levante. - É só fazer xixi nesse potinho, colocar o teste e esperar. - Me explica as instruções, porém eu ao menos dou ouvidos.

Estou nervosa.

Muito, muito, muito nervosa.

me aproximo da pia do banheiro e me olho sobre o espelho, realmente meu corpo havia mudado muito. Meus seios estão muito maiores e me sinto cheia, inchada. Minha pele está mais brilhosa e noto várias espinhas que nunca tive antes, pois eram muito raras as acnes que apareciam.

Talvez nem de teste é preciso.

Respiro fundo. Uma, duas, três vezes. Fecho meus olhos, pensando em tomar coragem para isso.

- Pode me dar licença? - Peço a minha amiga que, passa a mão em minha cabeça e deixa um beijo na minha testa antes de se retirar.

Pego o teste em minhas mãos e o bato nas mesmas, em um ato de nervosismo. Junto a coragem que ainda me restará, pegando o potinho e urinando dentro dele, o que pedia na embalagem.

O coloquei em cima da pia, e logo após, depositei o teste no recipiente.

Cada segundo parecia uma eternidade. Caminhava de um lado para o outro daquele banheiro, em uma tentativa nula de aliviar a minha ansiedade, que estava demasiadamente atacada. Cada passo pensava em uma reação diferente de meus pais.

Minhas unhas já não estavam do tamanho de antes, pois, não as tirava de minha boca. o tempo não passava e eu estava ficando enlouquecida.

E enfim, o tempo da embalagem já havia chego.

E agora, é a hora da verdade.

Respiro mais fundo que antes, me preparando psicologicamente para ver o resultado.

- Amiga, o que deu? - Valen grita, curiosa pelo tempo que eu fiquei em silêncio.

- Vou ver... Agora... - Minha voz sai trêmula.

Pego o teste em minhas mãos e o observo... Positivo.

Nesse momento eu perco todas as forças que havia em minhas pernas, cambaleando para trás.

Eu estou perdida... Completamente perdida.

- Nicolle! - Ela entra correndo no banheiro, depois de ouvir o barulho de meu corpo entrando em contato com o box. - Amiga, olha aqui, tá tudo bem. - Diz preocupada, me envolvendo em seus braços.

- Não tá tudo bem, Valentinne. - Digo sem demonstrar nenhuma reação. - Eu tô perdida, sem rumo, sem nada. Como vou criar uma criança agora? - A olho em completo choque, procurando uma resposta em seus olhos.

- Como uma mãe cuida de um filho. - Ela responde me encorajando. - Ninguém sabe o que é ser mãe, mas todas nós vamos aprender um dia. Agora tu se sente perdida, mas vai saber o que fazer, por que tu é uma mulher forte e independente. - Valen passa a mão no meu rosto, limpando uma lágrima que escorria dos meus olhos. - Seu filho faz parte de você agora, Nic... Tu vai aprender a cuidar como uma mãe cuida, ensinar como uma mãe ensina e amar como uma mãe ama.

Aquelas palavras de algum jeito, fora muito reconfortantes para mim. Me fizeram começar a me olhar como mãe, já que agora, não posso pensar só por mim.

Tenho muito medo do que acontecerá daqui pra frente, mas não posso desistir, vou por uma criança no mundo e preciso estar forte por ela.

- Esse bebê tem um pai que ama a mãe dele, e que o deseja intensamente. - Ela me agarra mais forte ainda. - Tem avós que são muito compreensivos e estão dispostos a ajudar intensamente. E o mais importante, uma tia, que cuidara como uma segunda mãe. - Agora ela me faz a olhar cara a cara. - Coragem amiga, eu estou contigo.

Sorri fraco com as suas palavras, que eram muito encorajadoras. Eu não estarei sozinha nisso, pois graças a Deus tenho uma amiga incrível ao meu lado, que não me abandonará.

- Eu vou ser mãe... - Coloco a mão sobre meu ventre e esbanjo um pequeno sorriso. - Eu tenho um bebezinho na minha barriga. - Não consigo aguentar e deixo as lágrimas invadirem meu rosto, mas desta vez, lágrimas de felicidade.

Eu estava feliz.

Sim, eu relamente estava feliz.

E isso é uma felicidade tão diferente, algo inexplicável, nunca sentido antes. Eu sou mãe, estou sentindo o que uma mãe sente... Eu tenho um filho!

- Como vou contar ao Mau? - Pergunto para Valen, que me olha sorrindo.

- Tenho certeza que dá forma que for, ele vai ficar tão feliz que irá encomendar fogos de artifício. - Rimos. - Ele te ama, Nic! Esse é o sonho dele, pode ter certeza que ficará mais feliz do que nunca.

- Tem razão Valen... - A mostro um sorriso mensurado de gratidão. - Fico feliz de te ter ao meu lado nesse momento, eu te amo! - Abraço a mesma, que retribui de imediato.

- Agora vá lá falar a nova notícia pra ele, o papai do ano já é ele. - Ela brinca e rimos.

- Sim, vou fazer isso agora. - Me levanto e me despeço.









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Oi amores, voltei!

Finalmente consegui escrever algo que eu goste, tive uma crise de criatividade, mas agora voltarei aos poucos. Não sabia o que fazer com a história, como iria desenrolar isso, por que não quero que chegue ao fim logo. Tem muito o que rolar.

Quero também, desejar um feliz natal a todos os meus leitores, sem vocês lendo minha história e curtindo eu não seria tão feliz como sou hoje. Agradeço imensamente ao carinho, espero que possamos viver ainda muito mais disso. Eu amo vocês, aproveitem o fim de ano!

com amor Duda. <3

𝘚𝘩𝘪𝘯𝘦 | Mauricio.Onde histórias criam vida. Descubra agora