💛 UM NEM SEMPRE É A RESPOSTA ERRADA 💛

111 10 23
                                    

- Oi, você é Hanase-kun, certo? - Os dois loiros se encaram por vários segundos. A atmosfera é tensa, embora Akemi pareça imutável com seu sorriso infantil e seus olhos azuis brilhando.

- Sim. Posso te ajudar em algo, Akemi-senpai?

- Estou tão feliz por não ter que me apresentar. É como quebrar o gelo, certo?

- Não haveria necessidade, todos os meus amigos sabem quem você é, então pode-se dizer que eu também conheço você... – ele relaxa um pouco ao perceber o tom amigável com que o mais velho mantém a conversa.

- Isso é bom, porque eu quero falar com você sobre algo importante - Ele pega seu braço e começa a caminhar em direção ao pátio dos fundos.

Seu aroma é doce, como baunilha e caramelo. Além disso, está muito perto dele, o calor de seu corpo penetrando através do tecido de sua camisa e estendendo-se para ele como uma mão invisível. O dilema entre afastar-se e continuar a desfrutar dessa sensação não lhe permite perceber que entraram na estufa, até chegarem a uma parte onde o cheiro de terra úmida se torna mais intenso.

- Não deveríamos estar aqui. Está prestes a escurecer e os alunos não estão autorizados a entrar neste momento.

- Não se preocupe, não vai demorar muito. Não posso te dizer algo assim lá fora, seria muito problemático.

- Vou ouvi-lo, mas tente ser breve. Não quero levar algum tipo de punição quando estamos tão perto do final do ano.

- Eu sei que você é um dos melhores alunos da sua série, eu não faria nada para prejudicar seu excelente histórico - a luz fraca que pisca em seu rosto destaca seu sorriso e sua pele parece tão pálida quanto a lua, fazendo um contraste marcante com o rosa de seus lábios.

- Como você sabe disso?

- Estou no terceiro ano, tenho o dever de cuidar dos meus kohais da melhor forma possível. Não acha que estou fazendo um bom trabalho sabendo dessa informação?

- E-eu acho que sim… - Sua respiração engasga quando ele sente a proximidade de seu rosto na sua frente. Ele sente um formigamento nos lábios, como se estivesse sendo incitado a fazer algo mais que ainda não entendeu.

- Acho que em vez de te contar, vou te mostrar. - Se inclina um pouco, já que o mais novo está vários centímetros à frente dele, e consegue pegar seu lábio inferior.

Suga suavemente e provoca o caminho com a língua. O adversário não resiste em abrir a boca, recebe-o com um desejo que não sabia que estava contendo e segura sua cintura com as duas mãos. É tão quente e doce, tão caótico e lento, tão estranho... tão intenso que queima seu estômago e o faz percorrer pela parte traseira de seu senpai de forma muito questionável. Akemi se surpreende e solta um gemido que pede mais do que está recebendo.

- Do que se trata tudo isso? - Hanase quebra o beijo. Não é experiente o suficiente para prender a respiração por muito mais tempo.

- Eu não queria me formar sem fazer isso...

- O que você disse?

- É muito ruim para você que eu tenha me aproximado? Tentei evitá-lo desde o início, mas saber que vou sair e nunca mais te ver é algo que não gosto de pensar.

- Akemi-senpai, não consigo te entender. Não falamos diretamente antes... nem uma vez.

- Ah, isso é porque eu tentei evitar você para não cair na tentação de corromper um calouro...

- Isso significa que você... já tinha reparado em mim?

- Isso mesmo... quando te vi na cerimônia de boas-vindas, não pude deixar de pensar que era uma pena que você fosse meu kouhai...

Bonito PesadeloOnde histórias criam vida. Descubra agora