20. o fim é o começo e o começo é o fim. (emily pov)

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Ok, essas saídas dramáticas de Sue já estavam me deixando estressada. Já tínhamos uma Rachel Berry suficiente dentro dessa relação e, infelizmente para Sue, não era ela.

Mas, ao contrário de algumas horas atrás, dessa vez eu a segui. Nós precisávamos conversar, por mais que aquele pensamento me assombrasse. A hora tinha chegado e nós precisávamos resolver isso, eu precisava resolver isso de uma vez por todas.

Então sem nem pensar duas vezes, saí correndo do meu quarto, ou pelo menos tentei, pois no momento que levantei da cama, Mary segurou meu braço.

- Mary, eu pre...

- Eu sei, mas acho que a gente precisa resolver isso também, não?

Eu olhei para ela e suspirei, mas antes que pudesse falar qualquer coisa ela continuou.

- Se você sair agora, mesmo que nada dê certo para vocês duas, acabou para nós duas também. E eu sei que tudo isso - Ela disse apontando para si mesma e depois para mim - não passou de uma bobeira para você, mas pra mim não. E por mais que eu goste de você, eu não vou aceitar ser a segunda escolha, não de novo.

- Eu não queria que você se sentisse assim, nunca foi minha intenção. - Eu me sentei ao seu lado novamente - Eu te trouxe para dentro dessa bagunça, mas eu devia ter tomado mais cuidado com os seus sentimentos. Eu realmente não sabia o que eu estava fazendo, e por isso eu sinto muito.

- Foi tão bom ter você de novo como amiga, como você sabe... - Eu olhei para ela completamente envergonhada "Sério Emily?" e ela sorriu levemente

- Amigas com benefício?

- É, isso. Hm... E eu me deixei levar por isso. Mas...

- Você ama Sue.

- Sim.

- Eu não posso botar a culpa totalmente em você, porque eu sabia, eu sabia o que estava fazendo e que não era correspondido. Mas assim como você eu me deixei levar também.

- Eu gosto de você Mary...

- Eu sei.

Nós duas ficamos em silêncio por um tempo. Eu não sabia exatamente o que dizer e Mary parecia refletir sobre tudo e eu sabia que ela precisava daquele tempo, então fiquei ao seu lado. Afinal era o mínimo que eu podia fazer naquela situação, eu não queria perder ela de novo, não queria que ela...

- Você me odeia?

Demorou um tempo até que ela respondesse, parecendo contemplar seus pensamentos antes de chegar a uma conclusão.

- Não, acho que essa fase já passou.

- Sei que é pedir demais, mas...

- Acho que eventualmente, sim. Nós vamos ser amigas, mas não agora.

- Certo.

- Por enquanto, eu acho melhor me afastar até parar de sentir tudo que eu estou sentindo agora.

Dessa vez achei melhor não dizer nada, então simplesmente a abracei e ela me abraçou de volta. Aquele seria o nosso até logo. Me afastei o suficiente para depositar um beijo em sua bochecha e finalmente sai do quarto, dessa vez sem nenhum impedimento por parte de Mary.

A caminhada até a casa de Sue nunca pareceu tão longa, eu sabia que de certa forma isso era meu inconsciente tentando me sabotar.

"Ok, eu ainda não superei a auto sabotagem, mas é uma jornada e não algo que acontece da noite para o dia".

De certa forma, eu estava grata por meu inconsciente estar me sabotando, porque assim eu tinha mais tempo para pensar o que exatamente iria dizer para Sue.

O primeiro amorOnde histórias criam vida. Descubra agora